Surgiram os calmas
Os agoras
Os esperas
Os não seis
Vieram, assim, as dúvidas
De até quando
De até como
De até onde esse porquê
Essa vazão fluida
Encontrando barreiras
Quer ser sentida, vista, exprimida
Se sente ameaçada
Talvez, por quase nada
Mas o suficiente para ...?
O medo é perder
Não o quê
Mas "se"
Perder-"se"
Nas palavras meio tortas
Nos sentimentos não lidos
Nos planos não vívidos
Mais um limbo a se enfrentar
Mais um limbo a se suportar
Até o quando sempre o for
Porque só se tem o agora
O agora é de planos
Quando se for
Terá partido:
Com projetos feitos
Ou com sonhos desfeitos.
O agora sempre é importante
Por mais que você me diga "calma"
Porque o agora é o que sempre há.