terça-feira, 30 de novembro de 2010

4ever alone


As pessoas xingam, fazem bico, irritam-se, gesticulam maldições, pisam forte, saindo em marcha, choram - tudo como crianças, como se fossem indefesas e não pudessem mudar seu ponto de vista e seu destino.
Procuram meios de atacar, de machucar aqueles que entendem como seus algozes -
mas, de fato,  seu pensamento ou seu coração é que lhes faz sofrer. 
Tudo isso porque é mais fácil culpar o outro do que a si mesmo.
Tentam criar uma ferida nos outros e querem enfiar-lhe o dedo para doer, assim como lhes doem o fato de não poderem obter o que tanto fantasiaram.
Deixam escorrer pelos dedos algo que nem imaginam.
E, nessa onda de ataque-defesa (como se a vida fosse o eu contra todos), 
preveem ataques futuros e, quando não somente se protegem desse devaneio, 
atacam ferozmente a pessoa que agiu de forma similar ao que fora imaginado 
e que daria sequência ao ataque contra si. 
Mas era um ato, somente, e não nada que configurasse um ataque.

Ouvi, esses dias, que um leão só ataca quando tem fome ou está ferido de fato.
O ser humano ataca quando está ferido hipoteticamente - o que o faz se afastar dos demais. 

Não é esse o objetivo.


domingo, 28 de novembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Heartless

Ele fica de mimimi com a ex e deixei de comprar uma puta promoção de hotel numa praia paradisíaca por causa disso - o que postergou eternamente, também, o meu pedido de namoro.
Eu, de bicicleta, atropelo uma vozinha que, na verdade, também me atropela - o que deixa meu corpo todo dolorido e ralado com o mortal que eu dei na frente do batalhão (!)
Numa loja, a atendente pergunta como meu corpo é tão lindo e meu cabelereiro me chama de gostosa.
Meu querido sobrinho que eu tanto amo está em casa - o que me impede de estudar porque ele brinca muito "alto".

Eu não sei o que pensar do dia de hoje. Vou omitir-me até entender se ele vai ser prevalentemente bom ou incessantemente mau.



ow could you be so
Cold as the winter wind when it breeze yo
Just remember that you talking to me yo
You need to watch the way you talking to me yo
I mean after all the things that we been through
I mean after all the things we got into
and yo I know some things you things that you aint told me
Ayo I did some things but thats the old me
And now you wanna pay me back
You gon' show me
so you walk round like you don't me
You got them new friends
Well I got homies
But at the end its still so lonely
 
 
 
 
Bem feito, Kanye West, bem feito, seu puto ¬¬ 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Processo



O ontem... o ontem passou, foi chuvoso, foi escuro, cheio de sombras e aterrorizador.
Mas o ontem, memorável por tempos, foi noite de crise.
Por conveniência à sobrevivência diária nesse sistema sobre o qual rimam meus caros rappers, colocamo-nos, nós, os sensíveis, máscaras e escudos para que nossos bravejos contra a violência que mutila nossa humanidade sejam abafados e para que possamos vencer mais um dia nessa autoconspiração letal.
Devo ter feito algo errado (como escollher uma máscara ou não fixar bem o escudo) porque, ontem, eu fui atingida por atos desmensurados e frutos de um contexto fictício. Em verdade, ontem minha insensibilidade frente à organização política da sociedade caiu - logo ela, que é parte principal da manutenção da minha sanidade.
Não sei se por causa de um olhar de reprovação (visto que estou cagando no celite para esse tipo de atitude), não sei se porque vi um homem chorar ao perder seu lar (por causa do contexto econômico e todas as contigências de uma empresa má administrada por outrem) e porque um outro, ao vê-lo implorar "por amor de Deus", deu-lhe os ombros, ou porque ouvi o relato de uma mulher que não pode ter filhos por causa da inércia de uma seguradora de saúda, ou ainda por conta da história de uma criança de 2 anos, molestada pelo pai com a conivência da mãe, ou por causa de insensibilidade de alguns pares frente ao clima de ontem (que, sim, só eu sentia, porque muitos não se protegem: muitos se cegam), já que têm problemas mais importantes para cuidar (como pagar o carro que trocaram ou pensar na roupa para um casamento), quem sabe porque o que é injusto é aplicado como se fosse lei entre os homens (e não é?) e  ninguém pode fazer porra nenhuma nada para isso mudar (não por enquanto).
Pode não ter sido o exterior, pode ter sido pelo interior mesmo...
Este ano está sendo pesado: viagens, estudos de toda ordem, dificuldade de concentração pelo ambiente, responsabilidades não programadas. Ando carregando pesos de toda ordem, uns altamente necessários, outros úteis, bolsas, malas, livros, pessoas, burro de carga. E sei que são com poucas ajudas com que posso contar, já que muitos não me veem quando paro para respirar, ajeitar minhas coisas e reanalisar a bússola. Talvez para me tornar mais forte. Talvez para me tornar (mais?, porra) independente. Ou mais desapegada (o que é visto por muitos como desumano). Ou mais desvinculada de tudo isso, não sei.
Vivi muito objetivamente até então, em virtude do que não parei para sentir muita coisa. E, agora, quando estou me abrindo ao meu subjetivo mais emocional, caio. E bonito: de quatro.
Ontem, lágrimas borraram toda a minha maquiagem feita para o trabalho (só para "melhorar", vê-se, assim, a má qualidade da maquiagem). Mas que um urso panda (com os olhos enegrecidos com o lambuzeiro do lápis, delineador e rímel), meus pedaços separaram-se e retornou-se à questão: para que tudo isso? por quê? tem certeza?
Como em um trabalho de meio e mecânico, senti-me, ontem, a inutilidade personificada. Do que valem todas as ações, todas as leituras, todas as batalhas, as escritas, os tempos perdidos pensando e cogitando o melhor caminho para os outros? Enquanto isso, você é extirpada de seu centro e transformado em mera peça da engrenagem que convalida os comportamentos mais mesquinhos e incongruentes que você já viu. Está ali no meio, na grande roda, girando e dando a mão àqueles que são insensíveis (por natureza) às suas condições de existência e desenvolvimento. O problema é que só eles têm o poder de mudar aquela situação.
Mas eu posso mudar todo o contexto. Só precisava saber como e procurar uma outra resposta, pois estou enjoada do famoso "faça sua parte e pronto"... cansada, mesmo, com pesos reais nos ombros e com o interior abismado e destroçado.
Resolvi olhar para fora como uma forma de exorcizar e diluir tudo isso que aconteceu ontem e tudo que acontecia, ainda, no meu espírito. Resolvi abrir-me... e recebi uma porta fechada com a placa "agora não posso". Provavelmente porque o universo novamente me dizia como deveria ser minha atitude naquele momento: parte de mim queria ficar sozinha, outra parte queria se abrir. Considerando os últimos acontecimentos, preferi abrir-me. E deu no que deu.
Mas isso foi o mínimo de ontem - apesar de que, para alguém, talvez, tenha sido o máximo e gerado consequências inimagináveis. Whatever. Foi o mínimo que coroou o ontem.
Nem um chocolate adiantou. Pensei no vinho ali guardado, mas o que eu menos quero é outra solução paliativa. Creio como errado os comportamentos que, simplesmente, desconsideram os obstáculos e fingem que nada acontece; então, não seria eu a agir dessa forma.
A calada da noite ainda ouvia meu choro quando eu não sei quem me levou. 
E acordei hoje, momento também passado, mas que me trouxe afirmação e interrogação que perduram ao presente. Afirmação e interrogação de luta e de indignação, que, potencialmente eficazes, socam-me a alma, produzem dor e mais lágrimas.
O ontem ainda não terminou. 
O ontem ainda é hoje.

miss*taken



Equivocas-te quando tu dizes "cara, nada nunca é" porque não pensas no caráter do que realmente é ser.
 Perdes-te no dinamismo da vida, do cotidiano, que é um processo no qual tudo depende de ti também.
Agora, se não for para o cotidiano ou a vida de outrem te levar em conta, 
avisa para que isso possa ser resolvido (já que és considerado):
passa-se, se quiseres, a considerar suas ações e suas omissões como indiferentes para mim.







E isso é o mínimo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

I'm a riot


Engana-se quem pensa que todos os seus conhecidos o conhecem. O rótulo de tal grupo não condiz com os seus atributos.
A pesada maioria de seus conhecidos não o conhecem - no máximo, sabem dos interesses em comum e, por isso, sedimentam-se unidos a ele.
Passando o interesse, desfazem-se os laços naturalmente e, quando isso não acontece, há desavenças irracionais entre ambos para justificar o afastamento.

No fundo, passamos tanto tempo procurando alguém que nos conheça e nos diga quem somos porque temos medo de olhar para nosso abismo - que só anda sem luz porque não colocarmos o brilho dos nossos olhos nele.
E, pelo olhar dos demais, somos influenciados pelas mais diversas opiniões. Considerando o potencial e o efetivo egoísmo humano, tais considerações nos transformam em massinhas moldadas ao alvedrio dos outros - o que pode ser interessante no início, pois somos recompensados por corresponder às suas expectativas; mas, com o tempo, sentimo-nos vazios demais por não termos a própria opinião do que somos para nós mesmos e fracos por depender sempre do olhar alheio.
O pior acontece quando elevamos os pensamentos das pessoas que amamos (?) e esses são comiserações negativas de nossa identidade. Sofremos, então, porque somos maus, porque somos inúteis, porque incomodamos ou porque não somos quem a pessoa queria que fôssemos (por incrível que pareça, o ser humano fareja inconscientemente quem não é verdadeiro consigo mesmo e se afasta).
Mas não somos maus de fato. Não somos inúteis. Não incomodamos.
Só não somos o que a pessoa queria que fôssemos.
É a preferência dela. Como livre, ela tem todo o direito de pensar o que quiser.
E, tal como ela, nós também: a nossa preferência é sermos nós mesmos.
Na maioria das vezes, as pessoas não tecem considerações negativas de nós por maldade: ou elas nos veem de forma cega, ou elas somente estão amando a si próprias ou o que acham que são e deixando de lado aquilo que pode ser discrepante de sua existência, qual seja nossas tendências ou nosso ser em si.

Não seremos condizentes em essência com quase ninguém. E isso não é ruim porque permite com que a sintonia com as raras pessoas que nos são semelhantes ou que, sendo-nos diferentes, nos amam na nossa diversidade, seja muito mais enriquecedora e intensa do que o catálogo de 1.000 amigos virtuais.

Mas o mais importante é ser fiel a si mesmo






They call me hell
They call me Stacey
They call me her
They call me Jane
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name
They call me quiet girl
But I'm a riot

Grafite decora paredes de casa

Os grafites saem das ruas e as pinturas deixam as telas e vão direto para as paredes das casas. Essas apostas prometem conferir ar original, personalizado e despojado aos ambientes. Uma opção e tanto para quem quer inovar.
Engana-se quem pensa que o colorido desses trabalhos deve ficar restrito aos quartos de jovens. Pode fazer parte de cozinhas, banheiros, salas. Só depende da preferência individual.
Para evitar erros quando o assunto é excesso, é interessante escolher apenas uma parede, como sugeriu o grafiteiro e artista plástico Marcos Costa, da Bahia. Ele ainda acrescentou a importância de investir em móveis clean, porque não entram em conflito com a obra.
Espaços pequenos podem ficar com aspecto ainda menor com cores vibrantes e muitas informações. Mas isso não os impede de fugir da mesmice. A artista plástica Erica Mizutani, que trabalha com pinturas surreais combinadas a algumas aplicações (miçangas, jornais japoneses), indica detalhes menores e poucas tonalidades.
A parede que servir de base para o grafite ou pintura deve estar lisa e bem pintada. Erica lembra que, se estiver muito porosa, o gasto de tinta é maior, por exemplo.
As criações levam em conta o estilo dos artistas e o desejo dos moradores. O preço do m² varia de R$350 a R$500.

 Fonte: Terra






Notícia requentada: já grafitei meu quarto e alguns outros recintos há eras.
E já tenho mais duas encomendas: tudo na faixa.
Hoeheohoe
... Talvez a novidade seja a cobrança pelo serviço okko
¬¬

Exorcizando Nietzsche IV

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.
Friedrich Nietzsche 


 

N-na-now th-that that don't kill me
Can only make me stronger
I need you to hurry up now
Cause I can't wait much longer
I know I got to be right now
Cause I can't get much wronger
Man, I've been waiting all night now
That's how long I've been on ya
 

Exorcizando Nietzsche III

Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.
Friedrich Nietzsche
 
 
 
 
 
 Pouco tempo pode ser demais para quem sabe o que quer xD~

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Exorcizando Nietzsche II

O egoísmo é esta lei da perspectiva do sentimento, 
de acordo com a qual as coisas mais próximas são as maiores e as mais pesadas, 
ao passo que todas as que se afastam diminuem de tamanho e de peso.
Friedrich Nietzsche





Por isso, ama-se mais o que lhe é semelhante do que aquilo que lhe é estranho: é uma outra forma de se amar. O outro coaduna-se com o eu em determinados interesses, reforçando as suas essências e fortalecendo o que são.
O segredo da plenitude relacional é conseguir ver todos os demais não como outros, mas sim como eus diferentes.



Saúde!




riariariariariairiairair

Exorcizando Nietzsche I



Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.
Friedrich Nietzsche


Na verdade, penso que só existem aquelas que desconhecem ou mascaram a sua outra face, 
fadando-se ao engano de serem unilaterais.

sábado, 20 de novembro de 2010

AMO cérebros!











LL

  
Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão,
continuaremos a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é necessário ser um.
Fernando Pessoa

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Qto[?]

Nem toda prostituição comercializa perna aberta





  




 

Viva por tudo ou morra por nada

Ontem, conversava com alguns amigos sobre a historicidade pessoal e muitas opiniões foram convergentes, inclusive sobre pessoas que ganham TUDO na vida.
É comum ouvirmos reclamações acerca dos "males da vida", da "horropilante tragédia que é a história de alguém", do quão difícil é superar-se. Mas, quando queremos entender a razão de tão trágica a vida de alguém, encontramos algumas poucas dificuldades como conseguir um computador mais evoluído ou uma roupa que custa mais do que os pais podem pagar ou, ainda, como é difícil encontrar um jeito de se dar bem sem precisar se esforçar.
Respeitamos a subjetividade de cada um que assim já nos reclamou, mas não vemos com bons olhos essa inércia perante a vida porque nós mesmos sabemos o que é ter esperança e fé em nós mesmos. E isso não é difícil, já que a única coisa que precisamos fazer é amar quem nós somos e confiar em nós mesmos - você é praticamente obrigado a se amar e a confiar em ti, sob pena de colapso em sua própria existência.
Muitos, no entanto, dizem que se amam. Mas não se amam, pois pouco se conhecem já que preferem se mascarar por trás da internet e não se esconder do que a vida lhes coloca para seu crescimento como HOMEM e como MULHER. 
Nesse compasso, chegamos a uma conclusão: ingratidão. Ingratidão quanto à vida e e quanto à todos aqueles que estão ao redor dessas pessoas e que são constantemente tachadas de "inúteis". São inúteis porque os ingratos não enxergam a sua própria condição e não veem a valia que tais pessoas têm em sua vida, visto que trabalham somente para o contorno do seu umbigo e não são capazes de ver, realmente, um contexto existencial do grupo em que está inserido. Não, não são egocêntricos, são ingratos cegos que não conseguem ver a necessidades dos outros, nem mesmo de seus próprios pais.
E podemos dizer isso porque já fomos ingratos, já fomos cegos, mas lutamos contra essa condição de escravidão de culpar os outros pelas nossas desgraças aparentes. Vimos que a aparência era formada pela nossa ignorância e nossa pequenez em nos considerarmos mais que todos.
Não, não nos escondemos.
E até ponderamos sobre a gravidade de nossas histórias: será que não foi fácil enfrentarmos a nossa realidade? Não, não foi fácil. Somos pessoas que fomos abusadas quando crianças, negligenciadas sobremaneira pelos pais pela vida, esculachadas por "amigos" (porque não éramos da mesma manada) durante a escola, tachadas como out pelos que se enganam com os prazeres supérfluos da vida, que temos que correr atrás, todo dia, para colocar comida na mesa. Passamos fome para poder comprar livros, tirar fotocópias, transportar-nos. Não ganhamos mamadeira de quem era responsável por nós, ao contrário: ouvimos "corra atrás do que é teu e saia daqui" - isso quando tínhamos alguém para nos dizer alguma coisa. E corremos, ao invés de chorarmos pitangas em uma barra de saia ou calça quaisquer.
Assim, unimo-nos para lutar contra situações que tendam a nos paralisar, principalmente contra circunstâncias colocadas por pessoas que param no tempo, sentam no meio-fio e lamentam porque não receberam um doce naquele dia. Unimo-nos e não vamos ceder a pessoas que ambiciam em nos manter parados na estradas. Ou sigam juntos ou, então, continuem nesse comodismo que justifica o uso de qualquer bengala para se manterem inertes e passivos.
Aprendemos, portanto, a viver e não fugimos do descontrole nem dos obstáculos.
Só não aprendemos a ter paciência com quem não quer lutar, com quem se aliena, com quem demonstra claramente que despreza sua vida e suas dádivas com porras quaisquer.


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Cause we are the ones that wanna play,
always wanna go,
but you never wanna stay,
we are the ones that wanna choose,
always wanna play,
but you never wanna lose.



Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar

Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam, e essa abstinência uma hora vai passar...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Carta aos meus - por Projota


Vejo um tanto de vidas que vem e que vão, pensava que fosse a morte
Até que vejo que as vidas que são em vão: um sobe e desce de alma sem corpo
Com tanto corpo sem alma aqui só vagando sem direção
[...]
Você escolhe um
Bem, Mal, Fraco, Forte, Com Muito pouco, Nada, Tudo, Ser, Não ser, Morrer, Viver
Ou só fazer peso na terra
Deus te deu arma, não te pediu pra ir pra guerra
Deus te deu alma, Você decide o quanto erra
Não importa qual Deus vocês escolher, mas precisa acreditar em algo
Mesmo que seja em só você

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Espírito independente

Cansada


Algo é fato: presente não é o passado
Tudo de hoje é diferente do de ontem
E tudo pode se fazer novo ou se fazer engodo.
O viver de agora é diferente do de outrora
Mas há a ilusão de que tudo permanece na mesma alusão
Não, não restaa mesma sensação, se analisada lucidamente a percepção.
O chão, molhado pela chuva, seca; a flor, ao murchar, despetala
A noite segue o dia e a fome se sacia.
Planos envolvidos em contextos, corações aos arremessos
Nada se mantém, nada se contém -
O que muitos ignoram e se fazem (com)passivos
Lamentando que não viram o interstício.
Não se vê as horas passarem, não se percebe pensamentos mudarem
Perdem-se em obrigações que, de fato, não existem
E acreditam, ingenuamente, que ainda vivem.











cansada ¬¬

domingo, 14 de novembro de 2010

u n your s2

 

Pois você e seu coração
Não deviam se sentir tão distantes
Você pode escolher o que aceitar
Por que você precisa desmoronar e tornar tão difícil?

Identificação e não-identificação



Ultimamente, venho pensando muito sobre o que faz com que eu me identifique com outra pessoa, sem me impor nenhuma resposta. Apenas tento sentir o que emana das relações que possuo. Além da liberdade de expressão e respeito peculiares, descobri no som que ouvi (e vi) no blog do Shock que a resposta está nitidamente na palavra identificação... mas de quê?

Identificação de alma. É, sim, outro verbete que precisa de delimitação para nosso intelecto, mas que não precisa de uma palavra para os sentimentos e a intuição.

Identificação transcendente a toda explicação lógica, com possíveis similaridades com valores, com objetivos de vida (por mais separados que sejam os caminhos), com jeitos e risadas. Identificação com lágrimas que agora correm aqui por causa do sorriso que nasce da alma mesmo: mais uma vez, faço o refino das minhas vontades e vislumbro o que realmente me faz bem.

A responsabilidade pela vida me faz bem, assim como qualquer atitude para criar condições melhores de cada viver. Identifico-me, pela alma, com quem compartilha desse sentimento... e sinto que os gozadores eternos andam em dimensões diferentes da minha caminhada - e eu não quero nem devo parar para trocar qualquer coisa com eles, pois não me patrocinam nenhuma sorte de evolução para minhas vontades escolhidas lucidamente, todo dia.

Gosto da luta, gosto do conflito dialogado, gosto do esforço e da dedicação. Não crio, contudo, obstáculos para que minha vida seja conflituosa, não. Mas não me embaraço diante de uma barreira: se desnecessária, ignoro-a; se necessária, conquisto-a.

Há alguns consideráveis anos já escolho minhas batalhas com vistas ao que me faz bem. Em retorno, o universo me traz, todo dia, pessoas inabaláveis que compartilham essa mesma ideia. Mas não conversamos sobre; apenas sentimos. E ajudamo-nos. É uma parceira silenciosa, constante e enriquecedora. Se não for assim, eu prefiro ficar longe.

Em algumas ocasiões, no entanto, encontro-me com os gozadores, aqueles que fogem de um obstáculo, que não se impõem perante a vida, que não se constróem nem para si mesmos. Apenas se abandonam ao curso do rio ou param à sua margem para um trago. E só. Gozam a vida. Não são mais, nem menos. Mas diferentes de mim. E sei que não vou acrescê-los em nada; e vice-versa. Mostram-se a não-identificação, o meu oposto.

Mas a existência desses últimos não me abala, mas sim me permite a refinação dos meus intentos.
Mostram o que eu não quero para mim. E, por isso, agradeço.

Alcool is going to kill you

 

Se beber, não dirija.
Se dirigir, não beba.
Se dirigir e beber, não culpe nada alheio a si.
Se beber e não dirigir, não culpe nada alheio a si por suas alcoolices.
Se beber e não dirigir por causa de sua timidez, não busque conversa comigo. Considero (talvez erroneamente) pessoas verdadeiras as que não precisam de nada além de sua naturalidade para poder se relacionar. Pessoas que usam o álcool como impulsionador de liberdade não me apetecem.
Se beber e não dirigir por dias contíguos, assuma sua responsabilidade de conter seu possível vício e de gastar seu dinheiro em algo tão passageiro e potente gerador de dores de cabeça (físicas ou metafóricas).
Se beber e não dirigir por meses ou anos a fio demasiadamente, não se arrependa por ter diluído sua consciência: você teve escolha, a cada momento. Ou se arrependa, podendo mudar sua atitude. Ou se arrependa, mantendo seu comportamento leviano e lamentando-se contra o mundo por sua promiscuidade etílica.

Abuse moderamente dos artifícios à sua disposição. Que nada se sobreponha à importância de sua própria vida.



sábado, 13 de novembro de 2010

Inteligência é o maior afrodisíaco que um homem pode oferecer - Via Blog da Michele

Nem de longe é a beleza de um homem que encanta a mulher. Para a sorte de vocês (ou azar, vai saber...), nosso barato é diferente, e pode ser definido, entre outras coisas, como "virilidade". Essa definição tem muito pouco a ver com coçadas supostamente discretas nos testículos, cuspidelas na sarjeta ou exaltação do sistema nervoso diante de 22 homens suados correndo no gramado, imbuídos do espírito de encaçapar a gorduchinha. 

Vai muito além da testosterona exacerbada.

Tem a ver com autoconfiança, sempre. E com perspicácia, qualidade muito rara num homem. Ou você pensou que seria fácil? Não ligamos pra barriga, careca ou pneuzinhos, até porque sabemos muito bem que nada disso atrapalha, tanto quanto o seu oposto pode ser absolutamente desprovido de encantos se não vier acompanhado de um perfil psicológico substancioso. Mas o que afinal de contas isso quer dizer, nunca te explicaram. Então lá vai. 

Voltemos à virilidade. 

Acho que poucas coisas nesta vida são mais eróticas e provocantes do que a inteligência. E quem a tem também possui senso de humor - porque somente os inteligentes não levam nada muito a sério e sabem se divertir mesmo com as intermináveis chatices cotidianas. Então temos inteligência e senso de humor, que somados à malícia (outro atributo dos neurologicamente privilegiados) arrebatam as mulheres e tornam um homem ainda maior aos nossos olhos. Porque não basta pregar a gente na parede. Isso todo ser munido de um bom falo é capaz. É preciso, para se diferenciar da varonil multidão, despertar nosso impulso primitivo racionalmente ativável. 

Eternamente alunas. 

Vocês olham uma mulher e pensam: "Meu Deus, que peitos, que nádegas, que cinturinha escultural, que boca mais lasciva...", e já começa o devaneio e o desejo de abater. 
Nós, não. É impossível uma mulher (minimamente inteligente, claro) olhar para um homem esteticamente interessante e, sem nenhuma conversa, desejar ser invadida. Não. Eis aqui a diferença: nosso desejo de invasão não prescinde do intelecto (você já deve ter presenciado o olhar admirado e sensual das alunas de um grande professor). É preciso passar primeiro pela porta da razão para chegar à porta da alegria. E quanto melhor for o instrumento pensante do sujeito, maiores as chances de acolhida de um outro também interessante e mais mecânico agente.

Porque mulher gosta mesmo é de ser surpreendida, e isso só acontece quando se depara com alguém mais esperto do que ela. Todos sabem o jogo que estão jogando, esse interminável gato-atrás-do-rato que motiva nossa vidinha. E é preciso reconhecer as suas regras, o que requer maturidade [para mim, é o principal]. Homem que baba demais, no chance. Os que bajulam e não convencem, também. Os cafas, cruz-credo! A gente tem olho clínico pra eles e passa longe quando os vê. [...] Os posudos e pretensiosos não duram mais do que uma noite. Restam então os inteligentes. 

Estes, sim, sabem do que somos feitas. E sabem que, por trás de toda empáfia, vaidade ou sedução, está um bichinho indefeso em busca de acolhimento, louco por um colo. A virilidade está nisso, na consciência masculina de que não somos assustadoras nem lascivas, mas apenas mulherzinhas assustadas [eu não diria assustadas, mas sedentas por uma boa parceria] e ávidas por um olhar que nos descubra. E nos devore, de preferência.

(Autoria dada a Kika Salvi)
Fonte: Blog da Michele 


 

Deborah Secco usa bolsa de R$ 15 mil e dirige carro de R$ 116 mil





Fonte: Ig Famosos


Eeeeeeeeee daí????
Minhas bolsas não custam nem a metade de um salário mínimo e servem para a mesma utilidade.
metade de um salário mínimo!
E há humanos que sobrevivem com menos da metade de um salário mínimo e isso não dá notícia, né?
:D

Corinthians vira líder do Brasileirão






Ser fiel tem suas compensações :~

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Eu estou aqui, porra!



Tu estás aí, eu sei, mas não sei se tu sabes que eu estou aqui.
Levas minha imagem e meu calor para ti tão intensamente que me leva a questionar se preferes mais a minha representação à minha carne e ao que tudo ela pode produzir.
Eu te vejo aí - só não consigo te tocar. E, assim, não consigo fazer com que tu me toques.
Ficas rodeando, cantarolando, escrevendo, pintando formas e estruturas que estão arraigadas em ti, mas não sinto que me alcanças. Não sinto que me sentes.

E eu lanço minha nebulosidade decodificada no teu colo e tu, mais uma vez, silencias. E continuas, parece que como um diálogo interno, entre você e minha representação, enquanto eu remanesço olhando a cena e não entendendo. Cheia de tantos mimos para te presentear, só me abrirei quando eu sentir que estás, de fato, fitando a mim, e não ao meu fantasma, pois não saberás o que segurar se olhar para um norte diferente.

Sem falar que podes te perder aí dentro, enquanto admiras algo que eu não vejo, o que pode te levar a perder o que há aqui comigo.

Eu estou aqui, porra!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Tolerância e união


Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunista, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas, como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... 
Já não restava ninguém para protestar.
Martin Niemöller

 Aquela senhora, já perto dos seus oitenta anos, lamenta-se, gemendo e de olhos fechados, pela dor sofrível de uma doença. Respira fundo, olha para sua filha e sua neta, que dela cuidam, e desculpa-se:
- Eu não queria incomodar, minhas filhas... eu não queria incomodar...
- Pare com isso mãe, não fale esse tipo de coisa!
Calam-se e um segundo de silêncio eterno toca o ar.
- Vó... sabe o que é isso?
Outro silêncio.
- Isso é família.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Acendam as luzes e acordem

Não tive sorte, eu tive vontade
E as coisas aconteceram, não perdi nenhuma chance: algumas delas que me perderam

[...]
Pensa na gente hoje, vê!
Como você chama isso?
Eu chamo de fazer acontecer o compromisso 

A luta, vitória, disputa, em memória, conduta, história, não desculpa
Olha, não discuta
Chega de esmola, bituca!
Falta pouco pra nossa glória... então, me escuta:
O contrário me insulta... não éramos nada
E hoje nós somos a história, então vai, desfruta!
Cada um de nós é o melhor em campo, irmão
Cada um é único em campo, portanto, levanta e vai pro jogo
Ou você acha que a oportunidade vai te buscar no banco?
Somos pretos e brancos, os mesmo há tantos anos
Foi difícil sim, mas temos uma voz
E hoje ela fala alto, então, por favor acendam as luzes pra nós




Por mais que as pessoas acreditem em todos os tipos de bens materiais possíveis
Muitas vezes eles são tristes, tristes mesmo com essas parada
O que vocês conquistaram, interiormente?
O que você conquistou, cadê sua luz, cadê sua luz?
Hora de acordar ao despertar... é a luz, famoso dia
É de ter exatamente o que a gente costuma dizer, "foco na missão"
Coração, disciplina, caráter, responsabilidade, muito simples
[...]
Você voltar ao começo de você saber, o que te fez estar aqui.

Acendam as Luzes, Mc Rashid

Há tempos venho percebendo que minha identificação se dá com pessoas que lutam, que brilham contra as tendências do "ter" e do "aparentar ser", tão presente na internet atualmente.
Aqui, você aparenta ser muita coisa e, se não se manter sob vigilância, confunde-se.
Confunde-se porque as qualificações que o exaltam aqui dentro são as mesmas que que são pressuposto para sua aceitação. Aqui, você não é igual de fato, igual de direito. Você vive em uma paridade de consumo.
Você está conectado superficialmente com todo mundo, mas não se relaciona verdadeiramente com mais de 5 (!) pessoas - e, ainda, quando se aborrece, apenas fecha a janela, bloqueia a pessoa, exclui alguém de sua rede social. Você não tem intersubjetividade - você não quer se relacionar com ninguém - você quer se relacionar consigo mesmo.
É uma masturbação que não lhe mostra como você é ou ensina sobre si e sobre seu corpo; apenas reafirma o que pensa ser certo e você permanece da sua parca visão restrita por seus limitadíssimos sentidos - que ainda são dominados por mitos culturais de concorrência e lascividade.
Você perde sua liberdade de andar na rua, de viajar, de tocar realmente os outros, em troca da segurança de estar protegido por uma tela, por uma apelido, por uma foto de seu melhor ângulo. Segurança contra o medo de ser rejeitado, contra uma realidade em que não dá para aparentar por muito tempo, pois logo descobrem  as falácias que criou para sua aceitação.
Aqui, a ilusão se mantém.
Aqui, a alienação se reforça e se perpetua.
Dentre todos esses códigos binários, encontro-me com raras pessoas que, como eu, lutam pela lucidez frente a tudo isso.
Pessoas que sabem que a cada dia, a cada momento, a cada respirar, são criadores de suas vidas e escolhem, sim, a inércia ou a mudança.
Pessoas vivas, e não zumbis. Que se preocupam.
Não com a porra da roupa da moda ou a música tendencialista do verão - mas se preocupam em melhorar as condições do que ainda insistimos em chamar de vida.
Resistimos, num só caminho.

.

Uma coisa a maturidade conquistada e os amigos de fé me dizem:
não perca seu tempo nem se preocupe com aventuras pueris e representantes de desrespeito.
E eu concordo, sem dúvida.



 

domingo, 7 de novembro de 2010

on our own

MPF prepara laudo sobre suspeita de racismo no Twitter

O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo recebeu nesta quinta-feira (4) os documentos enviados pela seccional de Pernambuco da Ordem dos Advogados do Brasil e pela procuradora regional Janice Ascari sobre mensagens contra nordestinos publicadas no Twitter.
O caso foi passado à procuradora federal Melissa Garcia Blagitz de Abreu e Silva. A equipe técnica responsável por crimes na internet do MPF vai agora formular um laudo sobre o caso para enviar à procuradora federal. O documento deve ficar pronto na próxima semana, segundo a assessoria de imprensa do MPF.
O caso começou no domingo, após a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República. Alguns usuários contrários postaram mensagens ofensivas a nordestinos. Entre as mais republicadas estava a de uma jovem identificada como Mayara Petruso, estudante de Direito, que chegou a figurar na lista de assuntos mais comentados do Twitter.
Agora, a procuradora Melissa de Abreu e Silva pode decidir se o MPF investiga o caso, se o repassa à Polícia Federal ou se o arquiva. O presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, pediu que a autora das mensagens responda pelos crimes de racismo e de incitação pública ao crime de homicídio.
O presidente da OAB de São Paulo, Luiz Flávio Borges D’Urso, divulgou uma nota de repúdio às “declarações atribuídas à estudante de Direito” Mayara Petruso nesta quinta-feira. “Não podemos tolerar atitudes xenofóbicas, racistas, preconceituosas e intolerantes nas redes sociais. Insultar ou pedir a morte, de quem quer que seja, receberá nosso repúdio, especialmente vindo de uma estudante de Direito que, ao invés de buscar a paz social; por divergência política incitou outras pessoas ao ódio, cujo alvo foram os nossos irmãos do Nordeste”, afirmou.
D’Urso pediu que o caso sirva de exemplo “aos demais usuários dos sites de relacionamentos, para que tenham responsabilidade sobre as opiniões que expressam e o que escrevem”. A reportagem tentou entrar em contato com Mayara Petruso durante a quarta e a quinta-feira, sem sucesso. As informações são do G1.

“Para não aceder à humanidade, as
pessoas se atiram nas profundezas sombrias
da doutrina zoológica que é o racismo.”

Franz Kafka

sábado, 6 de novembro de 2010

Auto-Estima: Você se valoriza?

Auto-Estima: Você se valoriza?

- Você está solteiro, filho?
- Sim, senhora :D
- Mas por quê?
- Como "mas por quê"? Isso é ruim, por acaso?
- Não, mas um cara gente boa como você é difícil estar solteiro...
- Hm... e por que você está casada?

i said maybe



Quando não se tem noção de que se é um ser criador e capaz de mudar as coisas ao redor, é o que resta: ser resignado e achar que o universo conspira ao desfavor. 
Daí, a culpa é de todo mundo, e, lógico, do universo - menos sua.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

msn ** oin



[20:16:37] A l i n e . diz:
Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.
[20:16:54] A l i n e . diz:
minha dedocatoria para vc, mas eu nao tenho aonde enfiar, ops quero dizer escrever
[20:17:09] Grazy diz:
oin **
[20:17:15] Grazy diz:
eu deixo no meu blog ^^
 
God bless us everyone...we're a broken people living under loaded gun

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

noite

"Coração nascimento" - por Caio Garrido

 
 
Não... Não é do Milton Nascimento que vou falar... (...) Nem do Coração de Estudante... (os estudantes e professores agradeceriam se fosse).
É do Capitão Nascimento, que vinga o nascimento do Dilmão...

Por vezes pensei que falar de política é falar de um rascunho usado... Não adianta mexer que vai piorar...

Mas hoje, ao me deparar na tela de cinema com a brutal intensidade com que o personagem Nascimento ataca o Secretário de Segurança Pública, vertendo toda sua vingança contra o Sistema que estrutura as sinapses da corrupção brasileira, levou-me a uma espécie de deleite instintual.

O Sistema é um arcabouço de politicagem de densa gramatura, que corrói o ventre da sociedade brasileira. Todo nosso ódio em relação aos poíticos mendicantes de voto é traduzido na melancolia de se votar nessa infeliz eleição. É fato fúnebre ser obrigado a votar hoje em dia. Não porque a utópica democracia não exista, mas porque apesar de tudo temos de tentar votar no menos pior, e pior, não temos um candidato menos pior. Por isso tamanha inflexibilidade na nossa vontade de votar. É extremamente melancólico ir às urnas.

E para deixarmos de ser melancólicos, temos de rir. Usando as palavras que saem da boca de um corrupto personagem do filme Tropa de Elite II: "Quem quer rir tem que fazer rir". Capitão Nascimento sabe bem disso. Hoje foi o herói nacional pra mim. Através da estória "ficcional", nos remeteu a um estado de beatitude vingatória contra o Sistema in-operante. Quando somos impedidos por obstáculos reais de satisfazermos nossa instintualidade (que seria fazer com Dilma e Serra o que Nascimento faz com Guaraci), realizamos nossos desejos através da simples evocação de impulsos, antes impedidos de se realizar, e encontram acesso através de uma atividade onírica-óptica semi-alucinatória de um filme, por exemplo.

Como diz Freud em "Os Chistes e sua Relação com o Inconsciente", os chistes ( "Freud define o chiste como um "jogo desen­volvido" em que se procura "ganhar uma pe­quena dose de prazer à custa das atividades livres e sem obstáculos do nosso aparelho psí­quico e, mais tarde, apoderar-se desse prazer como um ganho casual".") tornam possível a satisfação de um instinto (seja libidinoso ou hostil) face a um obstáculo. Evitam esse obstáculo e assim extraem prazer de uma fonte que o obstáculo tornara inacessível."

Através do filme, atravessamos esse obstáculo. E assim satisfazemos nossas necessidades mais básicas.

Talvez o dia de hoje ainda seja o rascunho de um filme com fim programado. Pois, como diria Gabriel García Márquez, uma engrenagem de repetições irreparáveis, uma roda que continuaria a dar voltas até a eternidade, só não roda eternamente por causa do desgaste progressivo e irremediável do eixo.
 
Fonte: Psique Ativa 

"Que valores são esses?" - por Ana Luisa Testa




Esse vídeo nos mostra o que no dia a dia acaba passando longe de nosso senso crítico: o que será que os valores atuais são capazes de fazer com nosso psiquismo? E como isso se reflete em nosso corpo?
A anorexia não é uma doença nova de forma alguma. Na idade média por exemplo algumas santas faziam jejuns prolongados em uma negação do próprio corpo, mas buscando uma elevação espiritual e um contato maior com o divino. Depois, na época renascentista, o padrão de beleza já era outro: mulheres com curvas, cheinhas, que representavam saúde e boa condição financeira.
Apesar de sempre existirem hoje o que ocorre é o aumento dos distúrbios alimentares. Obesidade, anorexia e bulimia. Todos denunciando um vazio em uma sociedade que tem buscado acabar com a angústia de formas erradas. O ser humano é o único animal adulto que varia seu peso entre 30 kg e 400kg.
Uma recente demonstração dos valores os que estou me referindo pode ser lido em vários sites. É o caso do “rodeio de gordas” da Unesp. Se nem a “nata” intelectual da sociedade é capaz de enxergar o que está fazendo, eu já não sei muito bem quem poderá nos salvar.
Será mesmo que o valor de uma pessoa está em seu manequim pequeno?  Não está. E aqueles que correm atrás desse manequim pequeno com toda sua alma podem acabar perdendo seu corpo para a morte. Como se a conquista desse manequim infantil pudesse trazer de volta uma felicidade. Não traz. E o perigo é que, ao invés da pessoa se conscientizar de que pegou um caminho errado para achar o pote de ouro embaixo do arco-íris, ela pensa que é porque não está magra o suficiente, precisa mais!

F a N t A s I a


 Você pretende brincar comigo por causa da minha ludicidade:  eu lhe dou um dado e digo escolha jogar e tentar a sorte ou escolha sem jogar.
Você se diverte com isso, como numa brincadeira. Ri, pega o dado, diz que joga, mais não joga; joga, mas não deixa o dado parar e pega-o novamente. Guarda o dado no bolso, faz de conta que nunca existiu e subverte o diálogo.
Jogar com a liberdade, contudo, não é brincadeira. Para mim, ao menos. Articular a liberdade é a própria vida. A minha vida. E, por vezes, enquanto o vejo jogando, engano-me pensando que brinca sem o meu assentimento. Mas, enquanto o olho e perco meu tempo, você brinca com minha autorização... até que eu, então, recolho meu tempo, pego meu dado e vou-me, fazendo a minha escolha - que, sem dúvida, é a melhor.
Enquanto você se vê com uma cor opaca em seu dia, eu venho lhe trazer as cores de uma paleta de sombras que ficam ótimas em meus olhos. E você acha isso ótimo e incrível, porque não consegue ver a coloricidade do teu redor. Mas isso é o meu cotidiano. São os meus olhos normais,  do modo que eu quiser, com as cores que me forem convenientes.



Você me tem como íntima porque eu inspiro sua alma lúdica, que habita insoldável e adormecida em seu viver. Crê que eu o conheço em sua intimidade e vice-versa. Não: não o conheço nem você me conhece. Eu só conheço a liberdade lúdica, enquanto você a soterra em suas dúvidas e lógicas de mercado.
Não obstante contemplar a minha excentricidade, tacha-me de fantasiosa. Minha fantasia de futuro-pretérito de compromissos que tenho ou que não tenho. Minha fantasia, contudo, detém todas as cores que meus olhos e, na minha vida, é real e presente, pois assim a escolhi.
Enquanto a você, minha fantasia é apenas uma miragem, pois não trata sua (des)ilusão como algo possível, mas se contenta com a forma com a qual os outros jogam.
Meu dado. Minha liberdade. Meu contexto e minha saciedade.
Ache os seus e permita-se escolher, realmente, e verá que o meu lúdico e o meu colorido é mais real que a sua fantasia monocolor.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

[seus] primeiros erros

Se você não entende, não
Se não me , não me entende 
Não procure saber onde estou nem quem sou
Se o meu jeito te surpreende



Nessa cidade que só chove, meu corpo vira sol *-* 


 

Tornozeleira Eletrônica - Nova abordagem



Fonte: Blog do Bruno Azevedo

CNJ reorienta cartórios sobre separação e divórcio

A Emenda Constitucional 66 - que eliminou o prazo de separação anterior ao divórcio tornando direta a dissolução do casamento civil - fez o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) reorientar os cartórios que emitem escrituras públicas de separação e divórcio consensuais.

Por meio da Resolução 120/10, os conselheiros do CNJ revogaram o artigo 53 da Resolução 35/07, que regulava o lapso temporal de dois anos de separação de fato para a realização do divórcio. Como o requisito de separação prévia para encerrar o casamento desapareceu com a EC 66, essa contagem de prazo tornou-se desnecessária.

A outra alteração ocorreu no artigo 52. A emenda permitiu aos cônjuges separados judicialmente converter a separação judicial ou extrajudicial em divórcio diretamente no cartório. E ainda os dispensou da apresentação de certidão atualizada do processo judicial, bastando a averbação da separação na certidão de casamento.

A EC 66 eliminou a exigência de prévia separação judicial por mais de um ano ou de separação de fato (quando o casal não vive mais junto) por mais de dois anos para acabar com o casamento. Ao fazer isso, abriu a possibilidade de se dissolver essa união civil diretamente pelo divórcio.

O CNJ considerou necessário afastar qualquer dúvida sobre a aplicação da lei que deu aos cartórios o poder de reconhecer o divórcio (11.441/07). Ela foi editada para tornar mais rápido e econômico o processo de dissolução do casamento civil, além de ajudar a descongestionar a Justiça. Os ajustes promovidos na Resolução nº 35/07 foram pedidos pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).

retirado do site do IBDFAM

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Olha quem tá aí... olha quem tá aí... XD~

Olha quem tá aí... olha quem tá aí...


Barbixas aqui no Sul *-*

Jaraguá do Sul (SC)
Dia: 8 de novembro
Horário: segunda 21h
Ingresso:R$50,00 (inteira) | R$ 25,00 (meia com apresentação de carteira de estudante)*
Convidados: A CONFIRMAR
Duração:provavelmente 70 minutos
Classificação: 14 anos
Local:Teatro SCAR
Rua Jorge Czerniewicz, 160 - Czerniewicz [Como Chegar?]
Informações: (47) 3370-6488 / (47) 3275-2477

*Ingressos à venda:
Bilheteria do Teatro SCAR
Rua Jorge Czerniewicz, 160 - Czerniewicz
Horário: 9h às 18h

  
Joinville (SC)
Dia: 9 de novembro
Horário: segunda 21h
Ingresso:R$50,00 (inteira) | R$ 25,00 (meia com apresentação de carteira de estudante)* [Compre Online]
Convidados: A CONFIRMAR
Duração:provavelmente 70 minutos
Classificação: 14 anos
Local:Teatro Juarez Machado
Rua José Vieira, 315 - Centro [Como Chegar?]
Informações: (47) 3026-1812 /(47) 3029-3030

*Ingressos à venda:
Fiji Lounge - Bar & Chopperia
Avenida Visconde de Taunay, 788 - Atiradores
Horário:das 14h às 20h
Bilheteria do Teatro Juarez Machado
Rua Duque de Caxias, 315 - Centro
Horário: somente no dia do espetáculo uma hora antes.


  
 

  

Oi! Tudo bem? Você me vê?


 Você sabe conversar ou quer apenas qualquer pessoa para te ouvir, te ver e te dar atenção?

Pergunto isso porque, há uns três dias, eu estou me vendo como psicóloga de cerca de quatro pessoas sem querer... no afã de ajudar amigos a resolver seus problemas, a amizade se desvirutou e tornou-se sessões clínicas - e eu não sou formada nisso. Eu posso ter alguma espécie de dom para retratar os relacionamentos humanos e seus dramas de controle, mas não é esta a minha profissão. E mais, já que relação pressupõe reciprocidade, cadê a troca?

E sabe o que é de mais engraçado?  É a forma com a qual tais pessoas querem te magoar, mesmo inconscientemente. Fazem joguinhos para ver até onde você se importa e, para isso, lutam, atacam, pisam, ignoram. E depois dizem: "desculpa, tudo isso porque eu estava mal".

Ah, tem algo que supera ou chega no mesmo patamar que isso: essas pessoas convidam-no ou vem falar contigo quando não tem mais nada para fazer e quando não há mais ninguém para ouvi-los. É impressionante: você é a tábua de salvação, sim, a última bolacha do pacote, o gás da coca e mimimis. Mas quando tem um pacote novo ou uma outra garrafa na geladeira, nem olham para tais qualificações suas.

Há algum tempo venho deixando de lado pessoas que me procuram só pelo fato de precisarem falar com qualquer um, ou por precisarem ser admirados ou considerados. Sim, eu considero, eu admiro e eu sei ouvir. Mas sei falar, também. Enquanto tais pessoas lançam sobre mim o peso de serem quem são ou a glória de sua imagem, eu digo "não tenho o que trocar contigo", e me afasto.

É simples e é cruel. Sou malvada, como diria um desses tais. Mas mais cruel seria se eu não me importasse com a minha pessoa. Nego-me, como sempre me neguei, a ser um muro de lamentações e, ainda, um pedaço de carne para satisfações.

Mas, ah, o que reclamar se a intersubjetividade é rara entre os seres humanos? 
¬¬
Só mais uma coisa a dizer: bem feito!