segunda-feira, 30 de maio de 2011

Corremos, tomamos novos rumos, subimos, descemos, tropeçamos, caímos, levantamos, sacudimo-nos. Berramos, choramos, brigamos, sorrimos, abraçamos, dormimos juntos.
E sempre voltamos ao mesmo lugar: nós mesmos.

domingo, 29 de maio de 2011

O café tá pronto, amor!



Hoje meu café da manhã foi para ti.
E eu poderia arrolar (bem linguagem jurídica ¬¬º) muitos motivos para tanto, mas vou me ater a apenas um.

Enquanto eu passava o café e sentia o vapor úmido e o aroma em meu rosto, eu pensei em algo maior do que estar com alguém que você gosta ou ama - porque, muitas vezes, estamos com uma pessoa pelos favores que ela nos concede ou pelos interesses que compartilhamos. E isso é normal, não é ruim, é corriqueiro, é do ser humano mesmo.

E exatamente neste ponto em que me atenho: na normalidade, no padrão, no comum. Ou melhor, atenho-me ao seu inverso: no incomum, na excepcionalidade, raridade.

Há muitas pessoas ao meu redor que são próximas, pelos motivos exemplificados acima. Mas é raro, é lindo, é uma honra ter uma pessoa perto de mim que não compartilha comigo SÓ interesses e favores. É um presente divino ter uma pessoa aqui do meu lado cuja proximidade se dá pela minha vontade de tê-la por perto, e não apenas por "coincidências".

E a minha vontade de tê-lo por perto, muito perto, surge com o seu caráter.
É difícil encontrar pessoas com caráter, sabemos.
Mais difícil ainda é encontrar alguém com caráter e com atitude - isso pode ser redundante (porque a atitude demonstra o caráter), mas não vou mudar xD~

Por meio das "verdades" necessárias que tu tens que dizer, tu encontras um meio em que possas te expressar. E te expressas com fome de vida e com luz. E é essa luz que me chama a querer estar do teu lado. É essa luz abrangente do teu ser que me diz que não "vale uma pena", vale uma vida, uma nova visão, vale se colocar no teu lugar e esperar o que for.

Atitude.
Sem dúvida, poucos têm.
Poucos me mostram o que tu tens.

E, repito: não estou falando de química, de similaridades corriqueiras, de gostos em comum (morango com chocolate, nhmmmm :~). Inicio falando de sintonia, que me abre para enxergar a tua verdade.

E é uma verdade que pode ser indiferente a mim. É uma verdade para ti, que te faz ser o que é - e o que estás te tornando.

Sempre estamos nos tornando algo. Sempre. Não nascemos prontos, nem morreremos feitos.
Por isso, temos aqui somente um caminho.
E com a tua atitude, além de conseguir ver o teu caráter, eu consigo ver o teu caminho. Um caminho que favorece o aprendizado, que permite o movimento vital, que agrega mais e mais dimensões existenciais.

E pode ser por isto que eu te quero por perto. Em ti, consigo ver mais uma dimensão da minha própria vida, que desenha um caminho de dinamismo de vida e que me dá a honra de ter do meu lado alguém que reconhece seus erros e que toma isso como experiência de vida, aproveitando para crescer e tornar cada vez mais sólido (num processo infindável) o seu caráter. E essa é a minha vontade: ter alguém como você do meu lado.



E aqui eu posso ser bem conveniente (HeHeHe). Tua vida me serve de exemplo; tua vida me impulsiona a seguir o meu caminho; teu caráter mostra ao meu o quanto vale tudo ser quem se é. A dimensão que trazes para mim, então, confirma a minha vida. E, com isso, eu sinto que cresço.

Esse crescimento, importante citar, não é como em outras vezes ou como comumente acontece, em que eu aprendo a fazer o certo com base no que os outros fazem de errado. Não. Esse crescimento que tu me propicias é fundamentado nas tuas atitudes, que demonstram o que é certo ser feito.

Obrigada, Artur.


sábado, 28 de maio de 2011

...



Decidimos nosso caminho com base em nossas conveniências.
E essa decisão, feita cotidianamente, representa, de um lado, a aceitação de determinadas circunstâncias e implica, por outro, a negação de outras. É preciso coragem para enxergar essa inexorabilidade. É preciso fé em si mesmo para que sua escolha se mantenha, apesar de todo o reverso que o estado das coisas pode dar. Se isso acontecer e, no entanto, reconhecermos que tomamos o caminho errado, é preciso caráter para a reconstrução de um novo caminho.


Muitas pessoas se iludem e mentalizam que podem permanecer na dúvida, que não precisam e não vão tomar um rumo. Muitas pessoas se enganam com a mentira de que aceitar ou negar algo não representa, concomitante e respectivamente, aceitar ou negar outra coisa. Confundem-se. E no centro das convulsões iradas, não sabem o que aconteceu. Procuram inutilmente diversas justificativas para explicar tal "complexidade" - a base polar desse mundo é um dos fundamentos para o início de seu entendimento. E, nessa busca enlouquecida por alguma resposta lógica, muitos de nós não veem que permanecer na dúvida já é um escolha; que a aceitação de alguma coisa diretamente contraposta a outra significa a negação clara desta.

As conveniências, então, se perdem; os interesses são questionados. Debatemo-nos com as contradições daqui de dentro.



Mas, reconhecer a nossa contradição como parte de nossa existência é um primeiro passo para um caminho mais acertado, pois ignorar a realidade é um suicídio lento: impede que estado das coisas seja percebido com o discernimento necessário para que se possa realizar uma mudança ou um desenvolvimento.

O caminho mais acertado é o que a realidade descortina-se em nossa frente sem fantasias ou ilusões. Diante disso, enxergamo-nos nus. Não para um momento de vida, como para o banho ou para o amor. Enxergamo-nos nus em vergonha, despidos de nossas máscaras e falcatruas.

Nus, podemos saber que, em muitos momentos, perdemo-nos de nós mesmos e daqueles quem amamos. Que fomos ou somos contra eles, fomos ou somos contra nós mesmos. Agimos como se não nos importássemos com nossa imagem (perante nós e aqueles de estima), com nosso caráter e, em último degrau, nem com a nossa vida. Percebemos que brincamos conosco e com os outros, não de uma forma divertida, mas de um forma desonrosa.

Nus, tomamos conhecimento de tudo isso.

E, diante do reconhecimento dessa nudez, o que faremos?








Tomaremos um banho purificador e faremos amor ou
 procuraremos outra fantasia para encobrir nossa suposta vergonha
(considerando que vergonha é o próprio ato de esconder quem somos)?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

wouf


Eu me vi questionando a adolescência, o comportamento adulto, indignada pelas injustiças proferidas por pessoas que não tem mais nada a fazer da vida que falar dos outros.
Deparei-me com uma revolta voltada contra atitudes irracionais de pessoas que não sabem o que é o verdadeiro amor (luv iz my religion, babz, liek as my Jizas ;D), que não tem paz em casa e nem conforto em si mesmas.



Observei-me olhando para os gestos daqueles que só torcem pela desgraça dos outros e pela desunião; atenta para os apontamentos daqueles que adoram proliferar mentiras sobre os outros, mas que não são capazes de falar suas próprias verdades (de fato, nem as conhece!).

Vi-me dando a atenção a tudo isso e fiquei triste comigo mesma!

Enquanto meus olhos se voltavam para esses seres e seus comportamentos, eu me afastava daueles que estavam e sempre estão torcendo pelo amor, lutando pela união, torcendo para que a verdadeira fé se espalhe pelo mundo (ou, ao menos, na família).

Não posso dizer que sinto muito por ter feito isso, pois foi bom olhar pela o (i)mundo ue se crê imaculado e ver que tudo continua na mesma: em cada setor da realidade, há um reinadinho. Neste reinadinho, há um reizinho e/ou uma rainhazinha que determinam as regras que devem ser seguidas. quem não seguir, será ueimado na fogueira, apontado como pecador, blasfemado como um demônio, gargalhado como um perdedor, ironizado como um desajustado. Esses estereótipos criados pela realezinha contaminam, então, todos aueles que são preguiçosos demais para pensar sobre tais normas (sempre é mais fácil outro dizer qual é o caminho - se algo der errado, a culpa é do outro, e não sua) ou medrosos demais para se inflarem contra elas (se equivocadas).

Em todos os grupos sociais existe isso. Algumass pessoas não sabem viver sem hierarquia e sem alguém que os mande; assim como há as pessoas que não sabem vivem sem comandar os outros, o que profundamente revela uma insegurança enorme e um medo de se perder o que tem. E o que se tem? Controle e manipulação dos outros. Impõem medo no lugar de respeito. Determinam regras no lugar de consensos. Ameaçam sanções no lugar de depositar confiança.

Enfim, não digo que sinto muito porue vi que o mundo ainda continua o mesmo.
Se eu senti muito é por não ter ouvido mais atentamente às pessoas que estavam junto a mim, mesmo que silenciosas, mas com a presença de luz necessária para contrapor toda essa sombra das realezas fúteis.

Ai, ai, o que posso dizer, então?
Nada mais certo do que ditado que ressoa na minha mente: enquanto os cães ladram, a caravana passa.
A caravana passa, estuda, trabalha, ganha títulos.
A caravana passa, treina, luta, ganha graduações.
A caravana passa, dança, ensaia, vence obstáculos.
A caravana passa, vive, ama, experiencia, conhece-se mais a ponto de reconhecer em si o outro, desenvolvendo melhor a sua humanidade.
A caravana passa, ora, crê, vê a luz.


Enquanto isso, os cães continuam cães: latindo.
E só.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Se até agora falaram sem um motivo real...

... quem sabe com um motivo bem fundamentado se calem *-*

Tudo é Relativo

Tudo é relativo: tudo depende do que você acredita.

Programa bem didático da UNIVESP que explica o pragmatismo.


"Não dá para separar a função do que é melhor para nós do que é verdade para nó, a não ser que se choque com outra função vital para nós".

domingo, 22 de maio de 2011

No War, Yes Dance!


Bom dia, Pai! Bom dia, mundo!
Olá, caos! Oi, harmonia sincrônica!

Hoje eu acendi mais um feixe de luz: levantei antes das 7h, alimentei meu corpo e meu espírito, revi meus erros (com direito à errata) e, se pudesse, dar-me-ia um tapinha nas costas pelos acertos.

Nada efetivamente mudou de teor.
O caos continua caótico, o mundo continua meio sombrio por causa dos fantasmas humanos e um tanto quanto ensanguentado pelas carnificinas físicas e psicológicas que fazemos.
Continuamos não desistindo, mas também muitos não insistem.
Permanecemos preconceituosos, feios à nossa própria reflexão, salvos apenas pela imagem que podemos comprar com as marcas ou formatar com programas de pc. 
Ainda estabelecemos certos e errados, pecadores e santos, e sujamos aquele que é limpo.

Mas algo melhorou.
Os medos passaram a ser vencíveis, já que frutos de nós mesmos.
Há mais poder de realização.
Há mais sede e água da vida.
Há luta, mas há mais golpes aprendidos e esquivas mais aprimoradas.
Há justificativas esfarrapadas, mas também há pedido de desculpas por elas e outro pedido de "deixa eu fazer de novo, mas, desta vez, melhor".

Sinto que eu deveria parar um pouco para ser grata por essa melhoria, o que faço bravando O.M.G.! ou não a deixando para viver depois. Mas só consigo é viver naquele momento, pois tudo é tão espetacular que eu me afobo para isso.  E vivo. E ando excepcionalmente um tanto quanto desconcentrada por estar assim.

Mas nos momentos em que é necessário concentração, um universo se cria ao meu redor e nada mais interessa, nem carros, nem pessoas, nem outras luzes que não seja aquele que está sendo vivida ou compartilhada naquele momento. Concentração de intensidade e de presente: presente que se ganha e presente de agora. Concentração como forma de agradecer pelo presente e sua intensidade, e sua magia, e sua parceria. Concentração para não perder um minuto que seja de tudo isso.

O único comportamento que consigo ter, então, é agir em agradecimento. É tratar a parceria da forma mais delicada e forte o possível, do mesmo modo com que eu a sinto. É um ciclo, sim, que pode se esvanecer em qualquer um dos seus elementos - mas, em mim, só tende a aumentar.

Só não posso me dispersar e me perder dessa melhoria, pois, como falei, ao redor ainda remanescem as mesmas complicações de outrora. Mas o que me impulsiona a não recear movimento alheio algum é que, mesmo com toda escuridão ao redor, criamos luzes, mesmo com todos iguais ao redor, somos únicos, mesmo com todo ódio e separação ao redor, unimo-nos e dançamos do jeito que só nós sabemos fazer.










Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuhhhhhhhhhhhhhhhhhhh...
xD~

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Rap Genuíno: Projota e Rashid

Caos beat

É o beat in repeat de sexta.
Porque a semana foi intensa: forte, triste, pesada, surpreendente, decepcionante, feliz.


Tá repetindo aqui pra dar força e ajudar na persistência...

Vento



O vento me traz de volta, sempre...
porque essa brisa suave que me refresca e me enebria com sonhos bons nascem no teu peito.


quarta-feira, 18 de maio de 2011

Assim Seja



Quando te ligo, você me desliga do mundo
Expressa tudo que vivo
[...]
Os verdadeiros ‘tão por inteiro, sempre tiveram critério
Necessidade de ser sincero,
Eu espero no mesmo rumo e mais sério, inserindo simplicidade
Sempre assumo e assimilo sua verdade

A música me transportou
Levando o amor por onde eu vou
Que assim seja (que assim seja)
Que assim seja e só que seja melhor
A música me tornou
Homem de valor
Paz interior
Que assim seja (que assim seja)
Que assim seja e só que seja melhor
[...]

Vou seguir com cuidado
Não quero ser questionado
Sei que o valor da minha vida tem o suor do meu trabalho

Eu sei que a luta é que vale, o que tem
Tudo vai tudo vem, que assim seja, amém!

Só sei que vou deixar tudo no seu lugar
E se um dia for mudar, que mude para melhor
Só quero um bem maior, não pior que tá
Era de encontrar pra melhorar
Se estou de mal a pior, seja na mesa do bar
Em qualquer lugar, sempre quero estar
Com quem vai me tirar da pior

Só vou te procurar
Se quiser voltar pra gente voar e desfrutar o que não vimos a sós [sempre]
Mas se eu não te achar vou continuar desejar que você possa achar
Enquanto eu caminhar só
No destino vou vagar até gente se encontrar
Até cupido inicial, que sabermos de cor
Grande amor... grande amor.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ditado impopular


Não sei em que pé está.
Piso em ovos.
Ando com o freio de mão puxado.
O freio de mão puxado estragou o freio e desenfreou-se um questionamento alheio "o que eu fiz por mim?".
Os ovos se quebram, não piso mais tão suave. Piso com a certeza de que o que tem que ser quebrado, será.
O pé em que está é o que eu escolho estar, é o que você escolhe estar. Mas se você se mobiliza e duvida, eu escolho sem você mesmo.

Larguei a barra da saia.
Chutei o balde.
Mas não perdi o juízo:  foi largando a barra da saia que eu costurei a minha calça e o meu corset. No chute, o balde foi destruído e o que ele escondia veio à tona: a verdade.

Bater de frente.
Jogar aberto, colocando as cartas na mesa.
Encarar tudo e mostrar as cartas do jogo e conferir que só tem a ganhar - não para os outros, mas para si.

Se não for assim, os ovos continuarão incomodando, o freio continuará puxado, o pé será uma dúvida eterna, a saia será uma prisão, o balde esconderá a vida, o juízo será o dos outros, a batida sempre será em máscaras, o jogo sempre será sujo e as cartas sempre estarão na manga.

Depois não adianta chorar pelo leite derramado.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O preço



Para ter segurança, criamos estatutos, regras, limites, definições, quadrados, cercas, prisões.
Dentro dessas criaturas, sabemos o que esperar, sabemos como agir, sabemos em quem confiar e até onde confiar. Fantasiamos uma vida planejada milimetricamente e não nos abrimos aos upgrades existenciais.
Petrificamo-nos naqueles estatutos e muros: não saímos por medo, aconchegamo-nos em seus cantos e em suas regras que, diante da dinamicidade da vida, nem fazem mais sentido.
Ignoramos a complexidade e a riqueza da vida a favor de nossos limites definidores e seguros.
Queremos garantia de vida, garantia de amor, garantia de fé, garantia de trabalho. Entregamos um cheque-caução no preço de nossa alegria: condicionamos nosso ânimo ao que queremos que aconteça, nos termos daqueles limites.
É a segurança, sim... mas em defesa de quê? Contra o quê?
Em defesa de nós e contra nós mesmos, que ainda não aprendemos a experienciar a vida de forma livre e em favor da plenitude de nosso espírito. É o ciclo: pela segurança contra nós mesmos, perdemos nossa liberdade, desvirtuamos quem somos. Essa perda gera insegurança, razão pela qual precisamos de mais segurança, precisamos controlar os outros, precisamos saber o que eles vão fazer, precisamos entender seus comportamentos.
Mas mal sabemos que os outros não poderão fazer nada contra nós (a menos que permitamos)... somos nós mesmos que nos fazemos mal.

Ouch!






domingo, 15 de maio de 2011

Expressão da semana



DEIDEOMBROS


Imagem daqui.

Caos acadêmico

Hoje recebo a informação de que há uma outra formatação para o projeto de pesquisa. Uma mais baita. E para um ser envolto na complexidade que se preze, RAMÁS deixará que o seu trabalho seja simples se há outras opções.
Resultado disso são mais de quatro horas na frente do computador, porque há prazo até terça (estabelecido por mim mesma ¬¬).
E o que acontece com quem não acha o pendrive e já está altamente cansada de rever o mesmo trabalho é isso:



Eita porraa!
Repimboca que não acaba mais :~
E meu sexto sentido alertava: eu tava alisando demais o projeto para quem já tinha terminado :~²³

Extremos identificáveis



Sábado, 18h30.
Uma multidão animada enche o silêncio exterior que me acompanha. Permito a intromissão positiva de seus sons em meu ser. Um grupo mais animado ainda em meu redor - ou eu ao redor dele. Todos empolgados para o enfrentamento e superação de mais um obstáculo, para o alcance de uma meta - que eles podem abandonar amanhã ou daqui a dois anos ou nunca, mas que, hoje, faz parte da batida de seus corações e, pelo menos hoje, eles precisam experienciar. É emancipador, livre, uma melhoria em suas estimas, uma definição de sua personalidade.
Não se rebaixaram às palavras venenosas que lhes lançaram; não demonstraram medo dos gigantes que disseram que iriam enfrentar. Demonstram coragem, atitude, orgulho de serem o que são. Humildade. Fé e esperança em quem são. Nem todos têm a capacidade de fazer isso. E isso é contagiante.
Tão contagiante que gera um movimento cíclico: a atitude expressada é aplaudida e acende a luz em outras pessoas, que se emocionam, mesmo que inconscientemente, com o que está acontecendo. Não é só mais uma apresentação, não são só passos contados e "surpresas" e improvisos. É luta por si, é luta pelo que acreditam, é atitude frente a uma gama imensa de marés contrárias. É a vida ansiando pela vida.
A plateia identifica-se, pois é desse tipo de manifestação de vida que está carente no dia-a-dia. É desse tipo de pessoas que falta o mundo. Pessoas que tenham peito e colhão para chegar a um local de plena visibilidade e apresentar a todos no que acreditam... e porque acreditam.
E a plateia retribui. A retribuição, em forma de gritos espalhados, palmas e gestos, indica o seguinte: Também acreditamos em vocês. Também acreditamos no que vocês fazem e acreditamos na luta por si e na coragem para vencer. Continuem! Não parem!
A vitória ainda não é declarada. Mas há a sensação de que uma declaração dessa se faz desnecessária porque a importância do que aconteceu supera qualquer enunciado institucional... e dá força para não desistir, para tentar novamente, em todos os casos.

Domingo, 00h45.
Chego em casa. Todos os sons ainda fazem parte de mim, toda a vibração ainda me percorre. Mas, nesse momento, preciso de algo diferente, apesar da luta ser a mesma: por si, pela coragem no que acredita, pela esperança em mim e no que faço.
A dimensão que preciso é outra.
Agradeço as representações de vida de hoje que até agora me acompanharam. Agora, preciso apenas de seus significados, pois os meus representantes vitais são outros (por enquanto). Convido o silêncio novamente a me fazer companhia e trago-lhe as suaves batidas de um violão clássico. E-mail,word, livros.
A cada presença na frente do computador (ou perante uma banca), não se nega que há vozes contrárias dizendo que "isso não é música" e pessoas que já se levantaram e foram embora, deixando-me a minha própria sorte. Não há plateia.
As batalhas travadas internamente são solitárias. É só você e você, prazos (que você mesmo marca para si e que você mesmo deve cumprir para os outros) e expectativas (não só as suas, mas de todos que sabem de sua condição). Não há muita torcida.
A inspiração é oferecida por aqueles que também batalharam e batalham, incessantemente, até o fortalecimento de seu caráter, até a vitória - cujo objetivo muda com o alcance. Acendam as luzes para nós, "não pelo que a gente faz, mas pelo que a gente ainda vai fazer" é o lema, por mais que o nós seja você, seu foco, seu coração, sua responsabilidade.
E esse é o resultado da fé que se teve na escolha anterior: acreditar em um caminho que se trilha sozinho, em silêncio. Uma subida íngreme que corre paralela a outros caminhos sem elevação, onde muitas pessoas estão paradas ou retornando ou caminhando sem rumo e que gritam que você está errado. Mas você não se importa, você segue. Vê, ainda, lá embaixo, as pessoas que te ignoram ou que te cumprimentam com soberba. Mas isso também não importa porque o que você está não precisa ser provado: é fato incontroverso. Você não precisa arrotar para os quatro ventos o que você é (temporariamente) e onde você está para ser tratado melhor. O tratamento que lhe é merecido é o tratamento que o ser humano merece: com respeito. Você não precisa de elevações físicas ou politicagens ou "social" para seu alpinismo na sociedade.
Na vastidão isolada do caminho, você se recorda de quando iniciou a subida e viu aqueles que estão lá em cima aplaudindo suas palavras, emocionando-se com seu perfume e parabenizando-lhe pela visão ímpar. Você transcende e sente o amparo das pessoas que não tiveram a oportunidade divina que você está tendo, mas que conseguem enxergar o que você faz. E segue. Não desiste. Vale a pena por ter uma resposta dos outros. Vale a pena por ter uma resposta de si mesmo, por descobrir-se mais um pouco, a cada dia.
Nesse caminho, a luz tem que ser a sua. Se você não tem, tem que aprender a produzi-la porque não há iluminação e nem outros para te iluminar. Isso porque você só achará a luz dos outros quando achar a sua própria luz. aí, a luz deles não vai servir para te ajudar, mas para se agregar à sua e para iluminar cada vez o caminho.

A iluminação muda.
Os atores mudam.
Mas o caminho é o mesmo: o da fé, da luta por si, do caráter de quem pode perder mas não desiste e não se conforma nem se formata à imposição dos outros.

sábado, 14 de maio de 2011

Vale a pena ler de novo







E só de pensar que a maioria das pessoas temem aquelas que não temem dizer "preciso de um tempo comigo mesma" ou "gosto de ficar sozinha também", não me é estranho que essa maioria tema as pessoas que sabem pensar e insugir-se contra o que lhes faz mal.

sexta-feira, 13 de maio de 2011


Sabe o que é mais engraçado?
Quem não tem nada a dizer é quem mais fala!
Tsc tsc tsc...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Begin to change

 
 
God bless us everyone
We're a broken people living under loaded gun...







 
 
Não negar a realidade que dói é o primeiro passo para a transformação.

Para que chegue a hora



"Ainda que saiba perfeitamente que “tudo está em divina ordem”, que estamos por aqui aprendendo com as experiências, com os percalços, com perdas e ganhos, por vezes sinto dificuldade em ter que aceitar quase passivamente tantos desmandos, injustiças, violências e “faz de conta” a permear nossas vidas e as de quase todos os moradores do Planeta.

A globalização, em seu aspecto negativo, atingiu praticamente todos os países, difundindo práticas perversas de comunicação midiática, de controle da vida dos cidadãos, de idiotização das audiências, dos eleitores e dos consumidores, direcionando cada vez mais para a sombra os valores reais, empurrando, impondo decisões unilaterais em todos os setores, sem levar em conta a Natureza, o degrado permanente das fontes de vida, do meio-ambiente, na louca busca do lucro rápido a qualquer custo. Os inúmeros sinais que a Terra nos envia sequer são compreendidos, cegos que somos pela visão distorcida de que o ser humano é o senhor único e todo-poderoso do Universo.

No entanto, nossa natureza básica é amor puro, o mesmo que rege o Cosmos; com todos os reinos graciosamente e em abundância oferecendo-se para permitir que todo tipo de realização seja possível, que atuemos de forma inteligente, criativa e ordenada a fim de proporcionar a todos o Paraíso aqui na Terra.

Sim, é factível!

Talvez esse possa ser um objetivo que nossa imaginação alcance, que consiga vislumbrar, já que não faltam exemplos bem sucedidos em países pequenos como o Butão, as Ilhas Mauritius ou em outros poucos rincões.

O que faz a diferença são as pessoas, com certeza.

Seres despertos que vibram numa dimensão de respeito mútuo, de sabedoria inata, compaixão, ternura, liberdade, honestidade, unidade e amor incondicional... ou seja, numa dimensão espiritual, onde o outro somos nós, onde não há mais dogmas, conflitos, separação e as poucas leis são as que governam tudo, do micro ao macro.

Precisa-se absolutamente dessas pessoas.

Receio seja unicamente a atuação consciente, mirada e efetiva delas, que permitirá a inversão da atual tendência, o retorno da verdade, do bom senso, da paz dentro e fora de nós.

Acredito que sejam hoje essas pessoas, de toda extração social, de origem humilde ou abastada, de instrução elevadíssima ou básica, independente do local ou ainda da data de nascimento, que hoje estão segurando as pontas, energeticamente, com sua vibração ética em empresas e governos, permitindo uma menor degradação da situação e mantendo viva a chama da esperança de um mundo melhor, onde nossos filhos e netos não tenham de se espantar e envergonhar por nossas ações de hoje, ou por nossa falta de atitude, por nossa omissão.

Mas está mais do que na hora que elas apareçam, dêem as caras e passem a atuar de peito aberto, participem ativamente na reconstrução do projeto inicial, formando uma massa crítica forte e de ideais cristalinos. Não precisamos de líderes natos, gurus, heróis ou mártires -tudo isso tem levado ao que estamos sofrendo hoje-, e sim de seres íntegros, de boa vontade, que estejam saturados de tantas e tantas situações que ofendem, ferem e perturbam a Unidade, a Sacralidade e a beleza da Vida. [...]". 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Vem Ni Mi



Não gosto de discutir, mas aceito a necessidade de discussão para se entrar em um consenso. Só é possível o alcance deste se os seus participantes estão abertos um para o outro, favorecendo a compreensão mútua e a criação de uma verdade consensual.
Contudo, isso nem sempre é fácil porque, na maioria das vezes, as pessoas discutem para impor suas ideias, independentemente se sua validade e integridade. Muitas discutem defendendo tradições mitológicas e desagregadoras sociais, teorias que nos afastam uns dos outros, pensamento que causam o dissenso por puro egocentrismo: separar-se daquele que é "sujo", inferior, maculado, do mundo, diferente.
Posso falar sobre o tema porque, por mais que sejam claros estes e outros pensamentos, nem sempre senti abertura para poder manufestá-los, para poder ser eu mesma. Tive que resistir às mais diversas aversões para eu poder encaminhar o que meu ser entende como favorável à evolução humana.
Discuti por horas, anos a fio, não para impor minhas ideias, mas para a sua incolumidade e para impedir que fossem esmagadas pelos egos e preconceitos alheios e alguns próprios, que me foram inseridos sem a minha lúcida consciência (redundância fundamentada).
Já fui tachada de "porra loca" por pretender lutar contra o sistema; apontaram-me como drogada por eu ter mais de cinco piercings (e olha que eu nem bebo, nem fumo, ...). Já me chamaram de burra por eu ser loira; de falsificada por eu tingir os cabelos; de velha por eu usar óculos; de pirralha por eu não querer dar no primeiro encontro (primeiro e último).
Ouvi que sou malvada por não entrar nos joguinhos psicológicos de um carinha e por preferir dizer que ele não precisa fazer isso. Disseram que eu estava "pagando de gatinha" por eu usar shorts e tênis e que eu estava dando uma de "mulherão" por eu usar vestido longo.
Duvidaram que eu me formasse. Apostaram que teria meu primeiro filho antes da maioridade (e quando eu nem tinha beijado ninguém - só tinha recebido uma cartinha inocente de amor). Questionaram satiricamente meus esmaltes branco e laranja - sem falar no pink, que hoje é moda. Riram jocosamente do meu jeito de falar, das minhas pernas grossas e das minhas expressões.
Apontaram-me como excluída por eu andar de roupa larga e porque não pago pau para grifes. Olharam-me estranho porque eu andava de moto e olhando-me estranho quando eu digo que ando de patins. Alguns ainda questionam sobre minha formação educacional e profissional porque gosto de andar de bike, de correr, de ir a pé ao mercado, de praticar arte marcial e gostar de funk e samba.
Disseram que eu não era capaz e que era mimada - mesmo lutando pela comida do dia e o cobertor do futuro. Brigaram porque eu estaria vendo o mundo com um prisma cor-de-roa e porque não existe paz entre humanos e nem amizade entre homem e mulher. Afirmaram que eu estava com o demônio porque eu dancei hiphop numa apresentação da igreja e que a paz entre os humanos só existiria se eu me confessasse os pecados que eles mesmos cometem em seus quartos (e que eu não acho erro).
Fui vista como a ovelha perdida por eu ir contra a hipocrisia das igrejas e por não baixar a cabeça para ninguém - somente para Deus.

Engraçado como as pessoas projetam nos outros suas próprias malícias e preconceitos. Assim, condicionam a vida das outras pessoas de acordo com os seus olhos, que são falhos, viciados, atormentados pelo mal que há dentro delas e que não reconhecem - por causa da velha história: é mais fácil apontar nos outros...
De muitas dessas pessoas, afastei-me; com outras, as poucas que valiam a pena ou que era obrigatório o convívio, lutei pelo reconhecimento da minha liberdade e do meu caráter. E sempre para pegar o aprendizado necessário de lidar mais um pouco com a minha própria sombra, como o meu espinho na carne, a ferida na coxa - na qual, por sinal, está tatuada uma figura maligna a qual não temo.
Já andei do lado da sombra, dentro e, em épocas de crise, embaixo dela. Não temo o mal, nem a dissensão, o preconceito, a discórdia, o apontamento. Já me jogaram aos leões e de lá saí muitas vezes ilesa, graças a quem sirvo.
Não temo a língua ferida, a patada irônica e o veneno rasteiro. Se já lidei com o meu próprio mal com Deus, quem mal vou temer?
Não me enquadro, não me anulo: eu me expando, eu me (re)dimensiono. Não me imponho o desfavorável, mas luto pelo esforço do que vale a pena. E, se a minha essência não valer para mim (em analogia ao Rashid), não deveria nem ter nascido.
Se, ainda assim, novamente, quiserem me jogar no fogo, saiba-se que isso já aconteceu... e saí de lá várias vezes, e sempre forjada para suportar mais.




Agora, fazer-se de próximo e amigo e, nas entrelinhas comigo ou pelas costas com os outros, promover uma verdadeira implosão de piadinhas filhas-da-puta sobre mim, é contraditório e traiçoeiro. Aqui, segue-se o princípio já falado:
se não sabe me DEFENDER para melas cuecas que vivem para putaria, irresponsabilidades e risadinhas infames,
 NÃO SERVE PARA ESTAR DO MEU LADO.

No difference





segunda-feira, 9 de maio de 2011

Lembranças de um futuro bom


Hoje usei aquele perfume que ainda não usei quando nos encontramos, mas, mesmo assim, ele me lembrou você.
Passei-o e ele marcou o moleton que eu vestia, fazendo-me lembrar que eu o tinha colocado,  fazendo-me lembrar que você se colocou na minha vida.
Senti falta, hoje, daquelas diversões que dura o dia todo... aquelas que ainda não tivemos. Senti falta, durante elas, das conversas que, sim, já tivemos, mas sem muito compromisso, como um bate-papo, sem algo grave para decidir, apenas o momento para viver.
Lembrei do sorvete e do café que ainda não tomamos... e da viagem que ainda não fizemos.
Pensei naqueles seus olhares, tanto o da sexta na confraternização quanto aquele que você ainda não me deu... aquele que você só me honrará quando souber quem eu realmente sou.
Lembrei de quando ouviremos as músicas que se dançam mais devagar, como esta música aí embaixo... de quando sairemos e dançaremos com uma galera um monte de estilos.
E das vezes em que eu vou te fazer flutuar só com uma ideia, só com um desejo verbalizado, só com uma forma de liberdade falada? Sim, pensei nessas coisas também.
Tu consegues lembrar dos momentos de estudo que teremos? Não sei se vais curtir filosofia, sociologia, hermenêutica, Nietzsche... mas curtiremos a dogmática juntos: CPC, CC, CF, CDC, CP, CPP, Leis esparsas, extravagantes, especiais, etc.
Não sei, mas já lembrei das festas com o pessoal, principalmente para comemorar o duo, ou a sua formatura, ou a minha aprovação em outro concurso.
Para isso, é preciso que tu te lembres de como é ter uma inocência de acreditar, primeiro, numa verdadeira parceria para tudo, e, depois, fé para crer nos teus desejos completos (não só nos incompletos e desvinculados de relacionamento).

Posso estar sendo idealista, mas lembro de tudo isso com muito carinho e com muita vontade de que todas essas coisas aconteçam...
E não que eu não tenha pressa de que isso ocorra: a calma que eu tenho e a vontade de aproveitar cada momento é porque eu tenha certeza disso tudo. (ponto).



Frio

Cada lágrima que escorre da minha voz
É minha metade
Metade de mim está em tudo que faço
Ofereço a vocês em milhões de pedaços
De rimas, abraços, olhares profundos
Dias e noites sonhos que vão pra outro mundo
Suspiros, amores, luta, suor e beijos
Tenho fé em tudo que desejo
O que eu quero pra mim quero pra todo universo
Mas todas as minhas lágrimas não cabem num verso...




Com cansaço até na alma, tira-se toda a roupa e deixa-se apenas uma pequena peça ou outra.
Cai-se no macio na cama e aconchega-se, agradecendo por ter um lugar onde dormir.
O sono logo vem, mas não demora muito para o acordar assustado no frio da madrugada.
Precisa-se de proteção, de roupa, de agasalho, até de uma meia. Precisa-se de tudo para conter o frio, que, ali, faz mal e projeta uma doença com espirros e nariz trancado.

Confiou-se na sensação imediata de bem-estar, sem a visualização das consequências, as quais, em algum momento, te jogam na cara o que foi esquecido, o que foi deixado para trás, o que foi negligenciado. Tudo por causa do calor momentâneo e do bem-estar. Ao levantar da cama, contudo, os pés sentem o vazio e a frieza do chão, que estremecem todo o ser: esta é a realidade.
 
 

domingo, 8 de maio de 2011

Qual sua posição?

Diário de Bordo - Rashid


Encontre mais músicas de RASHID em Myspace Music


Explodo egos se egos tornam o coração
Cego, resgato cérebros em cada composição
E qual a sua posição? Perante esse mundo de ganância
Comércio de substâncias ilícitas, ambulância
Milícia, ou militância?
Consegue enxergar que o que separa os homens é mais que distância!?
Passe um dia enxergando através dos meus olhos
E entenderá cada tema que eu abordo

Não há caminhos: há um só...

Acho que a gente não pode se dividir no tempo...
A gente tá aqui nesse tempo e tá andado... mesmo que vc vá pra lá, volte... no final, você só trilhou um caminho, que é o caminho que vc escolheu...
Vc tem opções, mas vc trilha um só caminho....
Essas escolhas, dúvidas e opções te dão o teu caminho.

sábado, 7 de maio de 2011

The club can't even handle US


Não sei definir a sensação de ser envolvida em uma névoa de lucidez em que o mundo para ("em que o mundo não mais existe") e tudo o que sobrou não importa naquele momento. Na verdade, não a pretendo definir, pois posso pecar em reduzi-la em significado... reduzi-la só em palavras.
Mas não posso fazer isso; não posso reduzir a condição especial do que está acontecendo a meras palavras. Representa bem mais do que meros sinais gráficos; é mais do que sonoridade vocabular.
É pele, química, feeling, flavor. Parceria. Comprometimento com a vida. Duo.
É a sinestesia total: toque (tato), cheiro (olfato), olhar (visão), gosto (paladar), som (audição). Toque movimentado, ritmado, irresistível. Cheiro de boca, de perfume, de abraço, de suor. Olhar que imobiliza, que chama, convida, intima. Gosto de "aqui tem mais". Som do flow, da respiração, do track, da voz.
E não só total; apresenta-se como plena. Satisfaz, acalma, sossega, invoca, firma.
Resultado de você ter alcançado a minha alma... não por me demonstrar o que você tem ou deixa de ter ou por refletir uma imagem socialmente aceita. O alcance aconteceu quando sua liberdade de ser se encontrou com a minha, quando pouco nos importávamos com o que estamos sendo (agora, daqui a um ano, nesta cidade ou em outro país),quando nos importávamos com o que realmente somos.
E o que realmente somos está bem além do que as instituições dizem.
Mas ainda não é isso... não é só isso. Eu lhe disse hoje (ontem) que estou meio anestesiada, como se eu não soubesse definir tudo isso. Contudo, tal não seria um termo apropriado; na verdade, é um termo totalmente equivocado.
O que chega perto é o que já comentamos: é a sensação de estar sendo cheio de vida, em que os desejos que mais completam são realizados. Isso porque a vida põe o universo em movimento para satisfazê-los,  pois consegue ouvir o meu coração manifestar as suas vontades, agora que ele está mais ofegante, e assim fala mais alto... tudo por conta dessa pulsação que você não acha, mas que eu encontro aqui comigo.
The club can't even handle US right now

Intersecção de Caos - Quando eu Morrer (Rashid)

 
Composição posterior

Eu quero deixar um legado
De quem deu a vida e teve a honra de um soldado
Que não agiu pelos outros, que não andou armado
Mas que fez do amor um comportamento, um ato
História de conquista e trabalho suado
E se fosse para ser só mais uma, eu me satisfaria ficando calada

Eu tô cansada
Minha condição não me permite ser mais um em um milhão
Nessa posição tenho que ter uma postura, eu sei
Não me deixar levar por caminho sem rumo
E não me satisfazer com as migalhas do chão
Por isso eu ouço rap como inspiração
Por isso eu danço como comemoração
Por isso eu escrevo como uma forma de libertação

Eu sou a rua porque eu vivo isso de coração
Eu sinto o caminho e sua humildade
Não me finjo de rua pra ter consideração
Meu espírito tá focado, vagabundo
Nunca quis ganhar só dinheiro, agora quero despertar o mundo

Foco na missão: não falo em tamanho, falo em dimensão,
Conseguir as 'atenção', extensão de cada track, dedicação
Vários vão brincar de ser diferente
Enquanto aqui é diferença em ação

Não quero ser estrela... não dessas aí tem um monte no céu
Eu vejo vários se confundir no camin', vão se emocionar e se iludir com os blin blin
Não, eu sei que eu não vivo assim: enxergo nos meus irmão e sei que eles também se enxergam em mim
Jão, me preparei e vim
São, convicção de que eu tava certo, parceiro
Acreditando no meu coração, vencendo decepção
Fortalecendo a fé naquilo que é união
Ignorei os 'falso'
Afinal, se eles não existissem pra que serviriam os 'verdadeiro'

Objetivo claro é o que há!
E só cabe a você escolher aonde que cê quer ficar
Eu decidi e desse dia em diante eu disse que suportaria não importa o quanto massante fosse à situação
Suportaria a negação, mas não a invasão
Suportaria a oposição, mas não a escravidão
Manteria o foco de honrar quem eu sou
Manteria o foco de lutar contra qualquer formatação

Eu não vou desdenhar minha história igual muitos fizeram
Eu não vou me dar por vencido igual muitos se deram
Não é questão de ser convencida
É que se não fosse pra ser assim, preferia nem ter nascido.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

ATÉ QUE ENFIM! ATÉ QUE ENFIM!!!

SHOW DO RASHID + PROJOTA EM JOINVILLE!!
Será dia 27 de maio, no FOOT BAR.


Maiores informações: pelamor, me consigam o flyer!!!!

E segue o que nos espera:







Você veio para ler a história ou para escrever?
Me diz: o que realmente te faz feliz?
Sei que nem todos lá no fim do túnel buscam luz
Fica difícil se a escuridão que te conduz


Só faltou o Marechal :~

quarta-feira, 4 de maio de 2011

let's explore your talent

Sabe quando tu ouves uma das tuas músicas preferidas?
E começa a tremer com a batida?
E a deslizar nos tons e sente uma vontade imensa de dançar?
Uma vontade de dançar do jeito que for, do jeito que o corpo mandar, onde for, naquele momento único em que a música te entorpeces?
Uma vontade de dançar para alguém, para um único alguém que te inspira a estar sorrindo, cantando... dançando!

... eu sei como é xD~



Not everybody knows how to work my body
Knows how to make me want it
Boy you stay up on it
You got that something that keeps me so off balance
Baby you're a challenge, lets explore your talent

 
e é um put* tesão!

Céu e inferno são os outros, assim como nós mesmos



Só há entendimento dentro da intersubjetividade (Habermas).
Para tanto, a relação intersubjetiva não deve sofrer ruídos:
deve ser empática, autêntica, transparente (Rogers).
Para tanto [2], deve-se abandonar os mitos culturais que contaminam os relacionamentos, tais como a falácia na natureza maléfica e/ou pecadora do ser humano (amplamente difundida pelos dogmas eclesiásticos e, cientificamente, pela teoria freudiana); a falsa alteridade gerada pela sociedade da informação e do espetáculo (saiam dos seus computadores e vivam!!!!); os mecanismos de defesa egóticos, surgidos pelo medo de que devemos sempre nos defender de tudo e de todos (o homem é o lobo do homem, como diria Plauto e, posterirormente, por Hobbes).
O ser humano, de per si, não é bom nem mau. A sua existência (seu contexto sociocultural) precede sua essência (bondosa ou maléfica). E, ainda assim, sua essência vai depender do que o ser humano quer que ele seja.
Sim, nós escolhemos. A todo momento.



"O inferno são os outros"

As outras pessoas são fontes permanentes de contingências.
Todas as escolhas de uma pessoa levam à transformação do mundo para que ele se adapte ao seu projeto. Mas cada pessoa tem um projeto diferente, e isso faz com que as pessoas entrem em conflito sempre que os projetos se sobrepõem. Mas Sartre não defende, como muitos pensam, o solipsismo.
O homem por si só não pode se conhecer em sua totalidade. Só através dos olhos de outras pessoas é que alguém consegue se ver como parte do mundo. Sem a convivência, uma pessoa não pode se perceber por inteiro. "O ser Para-si só é Para-si através do outro", ideia que Sartre herdou de Hegel. Cada pessoa, embora não tenha acesso às consciências das outras pessoas, pode reconhecer neles o que têm de igual.
E cada um precisa desse reconhecimento. Por mim mesmo não tenho acesso à minha essência, sou um eterno "tornar-me", um "vir-a-ser" que nunca se completa. Só através dos olhos dos outros posso ter acesso à minha própria essência, ainda que temporária. Só a convivência é capaz de me dar a certeza de que estou fazendo as escolhas que desejo.
Daí vem a ideia de que "o inferno são os outros", ou seja, embora sejam eles que impossibilitem a concretização de meus projetos, colocando-se sempre no meu caminho, não posso evitar sua convivência.
Sem eles o próprio projeto fundamental não faria sentido”, in MILHANO, Marisa. A liberdade segundo Jean-Paul Sartre.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Na Casa da Prima


Olá, pessoal!

Estou participando do blog Na Casa da Prima, com minha querida prima Jé *-*

Não é um blog como o Genealogia do Caos: Na Casa da Prima é um lugar de mulherzinha, de maquiagem, de mimimis e de cremes de rosto e em cima de sorvete!

Para quem quiser, ainda fazemos sessão terapêutica amorosa, no estilo "Fala que Eu Te Escuto Falar de Amor".

Ainda estamos engregando os posts, mas já vale dar uma conferida ;)

Mimimi :*

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Duo



O movimento de fazer qualquer coisa está na minha nossa mente.  E no momento que você usa tal conhecimento para dançar, você pode contar uma história de amor, de aventura, de guerra, no meio de uma batalha.
É só a tua alma cabeça estar sincronizada com a música e a técnica vai se misturar com o feeling.
E é assim que eu tento dançar sempre: se eu penso em chuva, imito a chuva; se eu penso em amor, faço amor com a dança; se eu penso em sol, irradio luz.
Além da técnica, tem-se o instinto. O instinto transcende o bem e o mal e a técnica e a coreografia e invade a existência. Mostra como se vive, mostra como se sente...
Eu amo a batida, amo a levada. Parece que meu coração pulsa junto, mais lento ou mais rápido. O sangue ferve ou esfria, vontades ora surgem, ora se dissipam. Inspira o inspirar e alivia o expirar. É a vida que sua, que se move, que se cria, que se manifesta em sua essência: o movimento de emoções.
É a sensação de, realmente, estar viva.
É ótimo sentir em um grupo - a sincronia do todo, a concordância do ritmo, a complexidade da união perfeita de passos diversos.
É perfeito sentir isso em par - quando a sensibilidade floresce aguçadamente e um simples olhar faz toda a diferença, como quando me olhou naquela hora...
Eu dançava, olhando para o nada, e eu parei em você, sentado, olhando na minha direção, não sei se pra mim - preferi não pensar nisso. Só sei que você me parou, como se tudo tivesse parado, tudo em mim, tudo ao redor. Só via você. Só sentia seu ritmo. Só entendia a sua linguagem - a da dança. Seu olhar me puxava para você, mas a realidade me sugou... Volta, dança, sonha e acorda, porque tudo isso é real.



* Créditos de grande parte da composição do texto a ser autorizada ;)

domingo, 1 de maio de 2011

So Alive



Everyday is a new day
I'm thankful for every breath I take
I won't take it for granted
So I learn from my mistakes
It's beyond my control sometimes it's best to let go,whatever happens in this lifetime
So I trust in love, so I trust in love
You have given me peace of mind



 
 
 
Alguma coisa aconteceu no meio daquela multidão e naquele eterno instante...