terça-feira, 17 de maio de 2011
Ditado impopular
Não sei em que pé está.
Piso em ovos.
Ando com o freio de mão puxado.
O freio de mão puxado estragou o freio e desenfreou-se um questionamento alheio "o que eu fiz por mim?".
Os ovos se quebram, não piso mais tão suave. Piso com a certeza de que o que tem que ser quebrado, será.
O pé em que está é o que eu escolho estar, é o que você escolhe estar. Mas se você se mobiliza e duvida, eu escolho sem você mesmo.
Larguei a barra da saia.
Chutei o balde.
Mas não perdi o juízo: foi largando a barra da saia que eu costurei a minha calça e o meu corset. No chute, o balde foi destruído e o que ele escondia veio à tona: a verdade.
Bater de frente.
Jogar aberto, colocando as cartas na mesa.
Encarar tudo e mostrar as cartas do jogo e conferir que só tem a ganhar - não para os outros, mas para si.
Se não for assim, os ovos continuarão incomodando, o freio continuará puxado, o pé será uma dúvida eterna, a saia será uma prisão, o balde esconderá a vida, o juízo será o dos outros, a batida sempre será em máscaras, o jogo sempre será sujo e as cartas sempre estarão na manga.
Depois não adianta chorar pelo leite derramado.
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