quinta-feira, 12 de maio de 2011

Para que chegue a hora



"Ainda que saiba perfeitamente que “tudo está em divina ordem”, que estamos por aqui aprendendo com as experiências, com os percalços, com perdas e ganhos, por vezes sinto dificuldade em ter que aceitar quase passivamente tantos desmandos, injustiças, violências e “faz de conta” a permear nossas vidas e as de quase todos os moradores do Planeta.

A globalização, em seu aspecto negativo, atingiu praticamente todos os países, difundindo práticas perversas de comunicação midiática, de controle da vida dos cidadãos, de idiotização das audiências, dos eleitores e dos consumidores, direcionando cada vez mais para a sombra os valores reais, empurrando, impondo decisões unilaterais em todos os setores, sem levar em conta a Natureza, o degrado permanente das fontes de vida, do meio-ambiente, na louca busca do lucro rápido a qualquer custo. Os inúmeros sinais que a Terra nos envia sequer são compreendidos, cegos que somos pela visão distorcida de que o ser humano é o senhor único e todo-poderoso do Universo.

No entanto, nossa natureza básica é amor puro, o mesmo que rege o Cosmos; com todos os reinos graciosamente e em abundância oferecendo-se para permitir que todo tipo de realização seja possível, que atuemos de forma inteligente, criativa e ordenada a fim de proporcionar a todos o Paraíso aqui na Terra.

Sim, é factível!

Talvez esse possa ser um objetivo que nossa imaginação alcance, que consiga vislumbrar, já que não faltam exemplos bem sucedidos em países pequenos como o Butão, as Ilhas Mauritius ou em outros poucos rincões.

O que faz a diferença são as pessoas, com certeza.

Seres despertos que vibram numa dimensão de respeito mútuo, de sabedoria inata, compaixão, ternura, liberdade, honestidade, unidade e amor incondicional... ou seja, numa dimensão espiritual, onde o outro somos nós, onde não há mais dogmas, conflitos, separação e as poucas leis são as que governam tudo, do micro ao macro.

Precisa-se absolutamente dessas pessoas.

Receio seja unicamente a atuação consciente, mirada e efetiva delas, que permitirá a inversão da atual tendência, o retorno da verdade, do bom senso, da paz dentro e fora de nós.

Acredito que sejam hoje essas pessoas, de toda extração social, de origem humilde ou abastada, de instrução elevadíssima ou básica, independente do local ou ainda da data de nascimento, que hoje estão segurando as pontas, energeticamente, com sua vibração ética em empresas e governos, permitindo uma menor degradação da situação e mantendo viva a chama da esperança de um mundo melhor, onde nossos filhos e netos não tenham de se espantar e envergonhar por nossas ações de hoje, ou por nossa falta de atitude, por nossa omissão.

Mas está mais do que na hora que elas apareçam, dêem as caras e passem a atuar de peito aberto, participem ativamente na reconstrução do projeto inicial, formando uma massa crítica forte e de ideais cristalinos. Não precisamos de líderes natos, gurus, heróis ou mártires -tudo isso tem levado ao que estamos sofrendo hoje-, e sim de seres íntegros, de boa vontade, que estejam saturados de tantas e tantas situações que ofendem, ferem e perturbam a Unidade, a Sacralidade e a beleza da Vida. [...]". 

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