segunda-feira, 2 de maio de 2011

Duo



O movimento de fazer qualquer coisa está na minha nossa mente.  E no momento que você usa tal conhecimento para dançar, você pode contar uma história de amor, de aventura, de guerra, no meio de uma batalha.
É só a tua alma cabeça estar sincronizada com a música e a técnica vai se misturar com o feeling.
E é assim que eu tento dançar sempre: se eu penso em chuva, imito a chuva; se eu penso em amor, faço amor com a dança; se eu penso em sol, irradio luz.
Além da técnica, tem-se o instinto. O instinto transcende o bem e o mal e a técnica e a coreografia e invade a existência. Mostra como se vive, mostra como se sente...
Eu amo a batida, amo a levada. Parece que meu coração pulsa junto, mais lento ou mais rápido. O sangue ferve ou esfria, vontades ora surgem, ora se dissipam. Inspira o inspirar e alivia o expirar. É a vida que sua, que se move, que se cria, que se manifesta em sua essência: o movimento de emoções.
É a sensação de, realmente, estar viva.
É ótimo sentir em um grupo - a sincronia do todo, a concordância do ritmo, a complexidade da união perfeita de passos diversos.
É perfeito sentir isso em par - quando a sensibilidade floresce aguçadamente e um simples olhar faz toda a diferença, como quando me olhou naquela hora...
Eu dançava, olhando para o nada, e eu parei em você, sentado, olhando na minha direção, não sei se pra mim - preferi não pensar nisso. Só sei que você me parou, como se tudo tivesse parado, tudo em mim, tudo ao redor. Só via você. Só sentia seu ritmo. Só entendia a sua linguagem - a da dança. Seu olhar me puxava para você, mas a realidade me sugou... Volta, dança, sonha e acorda, porque tudo isso é real.



* Créditos de grande parte da composição do texto a ser autorizada ;)

Nenhum comentário:

Postar um comentário