terça-feira, 30 de março de 2010

Fail


Ela pensa, em agradecimento:
"Obrigada por me mostrar,
com suas atitudes,
que sua presença não é imprescindível para minha felicidade"









FAIL















XD~

segunda-feira, 29 de março de 2010

Respeito seu domínio de realidade, babe ;)

 Perceba que não tem como saber... são só os seus palpites na sua mão,
Sou mais do que o seu olho pode ver (vishhh, bem mais)
Não importa se eu não sou o que você quer (não me importa, mesmo),
Não é minha culpa a sua projeção (é problema seu)
Aceito a apatia, se vier,
Mas não desonre o meu nome (porque você não sabe nada de mim).

domingo, 28 de março de 2010

Intersecção entre os Caos Relativos VII - - por coincidência de Maturana e Pentágono


"Nós explicamos nossas experiências como nossas experiências e com as coerências de nossas experiências: explicamos nosso viver com nosso viver, e nesse sentido nós, seres humanos, somos constitutivamente o fundamento de tudo o que existe ou que pode existir em nossos domínios cognitivos.

Nossos desejos, conscientes ou inconscientes, determinam o curso que nossas vidas e o curso de nossa história humana. O que conservamos, o que desejamos conservar em nosso viver, é o que determina o que podemos e o que não podemos mudar em nossas vidas.

Nossas ações não mudarão a menos que o nosso emocionar mude. (...) Vivemos numa cultura centrada na dominação e na submissão, na desconfiança e no controle, na desonestidade, no comércio e na ganância, na apropriação e na manipulação mútua... e a menos eu o nosso emocionar mude, tudo o que irá mudar em nossas vidas será o modo pelo qual continuaremos a viver em guerras, na ganância, na desconfiança, na desonestidade, e no abuso de outros e da natureza" (MATURANA, Humberto, in Cognição, Ciência e Vida Cotidiana).

Agora, brow, escuta esse som... mas presta atenção na letra, malandro:



JUNTOEMISTURADOOOOOO!!!!

XD~






p.s.: o lápis de cor é para escrever a tua história, sacas?

Ser um popota ou não ser, eis a questão



Em outra conversa com meu sobrinho:

- Graaa, ele vai 'virá' o leão depois, né?
- Não, querido. Ele não vai virar leão porque ele é um hipopótamo. Ele tem que respeitar a natureza dele. Ele pode é virar um hipopótamo fortinho, mas não um leão forte.
- Tem que 'respeitá' a natureza dele de popota, é?
- Hipopótamo... é, sim :]

E que caos deve ser querer ser o que não se é.

;)

sábado, 27 de março de 2010

A que você se ajoelha? II

Você sabe por qual razão age como age? Você age por você ou pelos outros?

Você sabe em que época vive?
Vive-se o tempo da maior mercantilização do ser humano da história, como já bradou Joaquín Herrera Flores. Os valores defendidos pelo mundo não são os morais, os de respeito, os de amizade. São os valores monetário, de competição, de concorrência que importam.
E onde você se encaixa nessa história?
Comprando marcas, carros e motos e, com isso, constrói a sua personalidade?
Transformando seu “tempo de lazer” um “tempo de consumo”, no shopping?
Assistindo à televisão, que só sabe falar e impor mensagens subliminares e que não sabe ouvir e nem respeitar a sua diversidade?
Digitando na internet sobre individualidade e respeito, achando que isso basta para sua vida melhorar?
Tratando sua essência como objeto, modificando-a conforme as tendência da moda?

Tornaram-no dócil e útil ao sistema econômico que precisa de mais mercados, marcados abertos, consumidores ativos e força de trabalho humana passiva e alienada.
Atualmente, todos possuem os mesmos meios, as mesmas marcas, os mesmos mecanismos de defesa e de ataque – é a ditadura da uniformização obrigatória: o indivíduo consumidor é o indivíduo exemplar.
Consumidor. Previsível. Sem convicções.
Com preferências, mas sem vontade.
Preso. Obrigado a consumir para ser alguém.
Isso não é viver: isso é ser manipulado.

Pense.
Busque uma vida melhor.
Uma vida em abundância: em que você não precisa comprar... e nem se vender.

A que você se ajoelha? I

Você é sensual, sabe “valorizar” seu corpo, mostrando o que é bonito e atraente: é o clichê “o que é bonito é para se mostrar”.
Você é sexy, insinuante... seu corpo é aparelhado para despertar desejo, luxúria.
O que você busca com isso?
Qual o seu objetivo ao se tratar dessa forma?
Será que a mensagem que você emite é a mesma que você quer emitir?
Querida, seu corpo foi feito para que tenha vida, vida em perfeição, para toques sinceros e gestos amáveis, mas você o trata como pedaço de carne à venda e ao consumo, que pode ser usado, abusado... e descartado.
Suas ideais, seus pensamentos, seus anseios são para serem expressados e respeitados, mas você os abafa e se transforma num padrão, em mais uma igual, em mais uma.
Seu ser nasceu para o amor e você transmite querer sexo, querer usar, querer ser usada.
Você nasceu para fazer a diferenças, para enriquecer sua individualidade, para tornar-se um personalíssimo, mas...
Não reclame se você se sentir um lixo ou um nada – se você se trata como tal, como exigir tratamento diferente dos outros?
...
Você quer amor, você quer proteção, você quer conforto, você quer o que é real.
Saiba buscar da forma certa.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Eu te encontrei...

... então, agora, me encontra!




E pode acenar para mim ^^

Outsider

Sobre anarquismo...

"Crítica dos Preconceitos Ideológicos e Morais. Uma das suas facetas mais conhecidas pela sua crítica irreverente à sociedade. Com a sua crítica demolidora dos preconceitos sociais pretendem destruir todas as condicionantes mentais que possam impedir o indivíduo de ser livre e de se assumir como tal".

Puxa, reconheço a descrição de algum lugar...

XD~

quinta-feira, 25 de março de 2010

Dá tempo e dá grau

[No relógio da rodoviária marcam 18 horas e 27 minutos: dá tempo para escrever...]

Entre toda essa epistemologia, esse pensamento sistêmico, esse sistema dialógico (perfeito!), hermenêutica e política (politicagens), a estrutura intencional mantém-se: a busca por resposta tranforma-se em um rol de questionamentos, que, por sua vez, podem (ou não) indicar a melhor conveniência para o momento,  ideologia menos pior a ser adotada. Parte-se, de novo, para novas perguntas.

Nos movimentos cíclicos de interrogações e soluções possíveis - que, tomados numa visão ampliada (ou seja, sob outro prisma) gerando uma espiral evolutiva - há a resistência. E a força tangencial que impele o mover, que obsta um despontar.

Mas, percebe-se agora, tais resistências, as podas, os nãos, os quais, outrora, eram motivo de choro vitimizado de perplexidade do por quê do empecilo, são hoje um impulso maior ao vertical, dando ao caminho espiralizado maior espaçamento e, portanto, concendendo-lhe uma subida mais ágil, um upgrade, em seu papel de mola propulsora.

N. da A.: atirem pedras, fechem portas, neguem carona, estejam fechado à novidade e à mudança - essas defesas são compreensíveis em virtude da possível insegurança a ser gerada com a trasladação de hábito. Entendam, contudo, que nada impede o desenvolvimento porque a história que uma pessoa quer escrever não é impedida pela falta de uma caneta: pega-se o spray da bolsa ou a parte de tijolo jogada no chão.

terça-feira, 23 de março de 2010

Boa noite, meme




Melindrosas e melindrosos: não leiam.

"'Tivesse ele jamais nascido!' está dizendo: este que não vive no tempo certo, que não é capaz de viver no tempo certo, pois não é capaz nem de mando, nem de obediência -, para este seria melhor que absolutamente não existisse, que "jamais tivesse nascido". Sim, porque na verdade, em sendo assim, ele é como um traste, um treco, um troço qualquer, mas não um homem. Isso porque ele é como uma folha jogada ao vento e varrida para todo e qualquer lado, ao sabor ou caprinho dos ventos - sem estória própria, sem destino. Ele até nasceu, isto é, ele veio à luz em alguma materniada, ato contínuo, pode ter sido emitida uma certidão de nascimento, que é o primeiro passo para a sua cidadania. Mas, por outro lado, esse tipo como que não existe e não é, uma vez que não nasceu, no sentido de não ser alguém aberto para uma tarefa própria e necessária, a saber, o interesse que se é e que se precisa ser. Para este não se evidencia que ele só é à medidade e somente à medida que ele faz vir a ser o seu poder-ser ou sua possibilidade própria. Ele não 'sabe' esta verdade fundamental: sou filho (obra) da obra que sou! Quam não é no tempo certo - este, a rigor, nem vive, nem morre... " (FOGEL, Gilvan in Conhecer é criar. p. 130-131).

Tenha pressa, tenho pressa!!!


Na transposição do real, faço-me uma alice correndo atrás do coelho que corre mais que o tempo.

domingo, 21 de março de 2010

Quebrando paradigmas - salvar

Salvar...
Livrar do dano causado por outrem ou por si mesmo, mostrar um outro foco, mudar o paradigma, quebrar o conceito.
Defender contra suas próprias barreiras, defender dos mecanismos defensivos e ofensivos que prejudicam a pessoa que os possui.
Curar das feridas que fedem, que causam sofrimento, que crescem para o fundo.

Salvar(-se) de si mesmo.

sábado, 20 de março de 2010

Só por um caos


Só porque ele é largado
Porque sabe do valor da luta
Porque "faz os corres" e faz acontecer
Porque tem tudo de caro: caráter

Só porque ele me olhou no olho
Porque é guerreiro
Porque não teve medo: teve audácia
Porque não tem medo: tem esperança

Só porque ele me enfrentou
Porque ele me considerou
Porque ele me "curtiu"
Porque ele me viu como de fé

Só porque ele é acessível
Porque não tem mecanismos de defesa
Porque fala da realidade
Porque critica os paradigmas da sociedade

Só por isso, eu quero...
Não como propriedade: como intensidade livre e comprometida
Um caos desejado
Um caos despojado
Um caos querido em minha vida.

*.*


"Não pode correr na frente dos mais velhos, não pode bater no amigo, não pode morder o amiguinho, não pode beslicar o amigo, não pode cuspir no amigo, não pode berrar pros outros, não pode chorar sem motivo, não pode xingar, tem que conversar".

Meu sobrinho, de 4 anos, expressando os ensinamentos da professora da escolinha.
Já sabe muito mais que muito marmanjo e mulher criada por aí.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Lanchinho dispensável

Não sei quanto a vocês, mas eu me revolto contra as pessoas que se fazem "lanchinho" de outras.
Já ouviram falar na expressão "pessoa aleatória" ou "pessoa peguete"? São os sinônimos de "pessoas lanchinho".

São as pessoas que se fazem de lanche para as outras - sim, no sentido pejorativo do termo: são passatempo, fazem-se um flerte entre as refeições principais, imputam-se à dispensabilidade.
Em suma: não são o prato principal. São um tanto faz como um tanto fez.

E, por um desígnio de forças que acredito que sejam Deus, são poucas dessas que se deparam à minha frente - poucas se criam, na verdade. Eu deixo germinarem um pouco para ver se a intuição está ou não certa: quando vejo que é erva daninha, arranco o mal pela raiz.

Claro que cada um possui seu livre arbítrio para escolher o que quiser de seus corpos e almas. Mas não dá para aceitar a reciprocidade do dispensável: se você aceita um lanchinho no meio da noite, tenha certeza que será um lanchinho da mesma forma. Via de mão dupla inexorável que traz enjoos pela indigestão.

E quando você investe em um prato, achando que é saudável e lhe trará benesses de toda ordem, e, pelo gosto, verifica que é um puta de um fast food gordurento, de massa intragável e... fútil?! Bah!

Perdeu tempo e ainda se contaminou, não é?
Ou vomita ou defeca - porque, se absorvido pelo organismo, será aquela gosma que implica com seu músculo - aquela reserva que nem para energia serve.
A comunidade internacional - Eduardo Galeano

O frango, o pato, o pavão, o faisão, a codorna e a perdiz foram convocados e viajaram até a cúpula. O cozinheiro do rei lhes deu as boas-vindas:
- Foram chamados – explicou – para que me digam com que molho preferem ser comidos.
Uma das aves se atreveu a dizer:
- Eu não quero ser comida de nenhuma maneira.
E o cozinheiro colocou as coisas no seu lugar:
- Isso está fora de questão.

E daí?!


Os seres humanos nascem com uma capacidade incrível de julgamento: bradam certo e errado, apesar de se embasbacarem ao explicar quais são os parâmetros para tal afimativa. E se invocam: são sabedores porque sim! Oras! É evidente!

Sabem, com exímio, (des)valoriza uma atitude, rejeitar ou adotar uma conduta como (im)perfeita (avaliando-a como a correta ou a mais conveniente ou a que mais vai satisfazer a sanha de vingança), cuspir na cara daquele que mais pode ajudar, recriminar aquele que mais precisaria de absolvição. É sim ou não, oito ou oitenta, preto ou branco: dualismo maldito que os afasta da realidade humana - a riqueza de talvez, de tons de amarelo, de cinza, de rosa.

Mas, não: julgamentos, esteriótipos. Se certeiros ou falhos, varia conforme o prisma analisado.

E ela... só eu a vi: e ela não é nada do que proferem acerca de sua existência.
Muitos comentam que ela teve de tudo e que tudo que a ela pertence foi presente do pai, da mãe, da sorte, do destino. Só não veem nela a luta e nenhuma graça de graça.
Já a excluíram como excluída, ignoraram-na como indiferente, desprezaram-na sem sentimento, paradoxalmente.
Só eu vi a reação do que sentiu.
Calafrio.
Choro. Medo
Rebeldia.
Só eu a ouvi quando fora rejeitada por sua própria semente; quando seus próprios criadores a esqueceram de propósito e a deixaram ao léu, ao destino inerte, à vida avalorada.
Corte de laços. Todos.
Só eu a vi passar fome, comer uma maçã e agradecer por aquele momento.
Só eu a vi beber água de banheiro, tremer de frio no chuveiro, querer morrer - só por um dia, um dia inteiro.
O padecer do corpo seguia o da alma e vice-versa.
Só eu a vi se rasgar de sangue por deixar de lado outros que ela considerava amigos - mas que não passavam de parasitas ou matérias amorfas que nada fizeram além de estagná-la.
Revolta pelo engano. O engano próprio - o pior.
Chorei junto quando a(s) pessoa(s) que lhe era(m) amada(s) a abandonou(aram) e ela se viu sem chão, sem céu, sem ar, sem nada.

Aprendeu, então, a respirar um outro ar, a ver um outro horizonte, a cuidar do que realmente possui ou está ao seu lado.
Eu a vi entendendo o mecanismo de defesa das pessoas e a refutá-lo, costurando suas feridas e escrevendo embaixo o motivo da cicatriz.
Aprendeu a beber e comer o necessário, a gastar o que pode, a investir no que lhe traz benefícios.
Coube a ela saber o significa axiologia, a como colorir, agir, (re)mexer.
Soube lidar com rechaços exteriores - e não está preocupada com isso.
Sabe o que importa.

E erra, ainda e para sempre - aquele, o relativo.
Mas não nega a sua natureza: renovação.

terça-feira, 16 de março de 2010

Crie(-se)


"Aquele (isto é, o vivente) que, desde si mesom escuta, quer dizer, obedece a si mesmo, este tem e é em si mesmo o próprio mando, ou seja, este é capaz de, desde si mesmo, dar a si próprio ocupação, tarefa. Em outros termos, dando-se a si mesmo a tarefa, ocupação, este traça ou determina o seu próprio destino, sua própria estória. Este é, portanto, a fonte de temporização de seu próprio 'tempo'. Escutar (obedecer) quer dizer: recolher-se em si, isto é, no interesse e identidade próprios (é isso oque diz o 'si'); é fazer com que tal interesse e tal identidade venham a ser o que são. Escuta é a via pela qual se dá participação vital, ou seja,o o caminho que é o concretizar-se de experiência.

Pois bem, àquele que não pode, que não é capaz de, desde si mesmo, ouvir ou obedecer a si próprio, isto é, aquele que, desde si próprio, não tem e não é uma ação (necessária), uma estória e um destino - a este é preciso mandar, quer dizer, dar direção,dstino, determinação de vida ou definição de horizonte estórico, em definindo e determinando ocupação, tarefa. Enfim, dando que fazer. " (FOGEL, Gilvan. Conhecer é criar: um ensaio a partir de F. Nietzsche).

E quantos não se obedecem, não se criam, não vivem por si e querem impor aos outros comandos irracionais e (in)convenientes, condições parasitárias e fustigantes.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Em continuidade ao "simples"


As pessoas não se entendem; o problema deve ser conceitual.
Como parto de conclusões obtidas pela minha experiência, talvez o problema seja pessoal mesmo.

Aqui, pela semântica, ou alguns não entendem o que falo por minha forma de expressão (mesmo com minha objetividade que quase beira à frieza) ou por deficiência da capacidade interpretativa do meu interlocutor.

Ora, por que se expõe isso?
Porque, na minha acepção, não é não.
Porque o meu silêncio não representa uma cartada para reivindicar aproximação: meu silêncio é suficiente em si mesmo.
Porque amizade, para mim, é amizade - sem mescla de sentimentos ou intentos.
Porque a nebolusidade de uma situação é passageira e eu provoco a resolução do problema: se eu estou inerte, é porque não há nebulosidade no meu ponto de vista.

Não me vinculem a nenhum compromisso que eu não aceite expressamente, porque eu vou decepcionar sua expectativa.

Não me coloque num limite porque eu já fiz le parkour e eu sei muito bem escapar de um cerco.

Não subestime minha pessoa porque eu vou ignorar suas considerações - se você perde tempo subestimando alguém, é porque quer enquadrar esse alguém aos paradigmas que só você crê serem os corretos.

Não me substitua a outra pessoa: a próxima fungibilidade será a sua.

E não me argumente sobre "deixa rolar": minha vida não é um carpe diem. Se a sua é, exclua-me.

domingo, 14 de março de 2010

Até quando você vai fazer isso com você?


Minha inclinação principal não é apresentar as limitações objetivas e discutidas por muitos nas mesas de bar ou nas salas de aula.

Meu objetivo é incitar cada um a encontrar suas limitações pessoais, escondidas em traumas e obscuras pelo cotidiano, mas sentidas intimamente como fator de incapacidade e de desânimo.

Ache-se. Identifique-se. Liberte-se.
Sua vida não depende de ninguém além de você mesmo.
Você pode.
Basta acreditar.

Caos infantil

Nesta manhã de domingo, enquanto a análise tripartida dos enfoques da argumentação jurídica e seus reveses me fundem a mente, acalmo meu ser com sons do youtube e do letras.mus.br.

Lá encontro algo que me remonta à infância: como eu esperei que um menino me cantasse algo parecido, descesse no meu ponto de ônibus só para falar comigo, que, simplesmente, visse o que de bom eu tinha e pretendesse compartilhar isso comigo. Com o tempo, aprendi que a essência não se acha na aparência (plagiando Antoine de Saint-Exupéry : o essencial é invisível aos olhos) e seria impossível alguém se aproximar de mim com interesses "sadios" somente por causa da pela minha "embalagem"*.

Remanesceu, porém, a magia do idealizado que se concretizou (não para mim ¬¬) nesse clipe:



Magia e fantasia: o Usher me liga pro guri!!!
*verbetes entre aspas porque não encontrei palavras melhores... nesse momento, só penso em Alexy, concepção formal, dialética, pragmatismo e razões intesubjetivamente válidas.

sábado, 13 de março de 2010

Intersecção entre os Caos Relativos VI - por t. h. abrahão


Delenda omnes
In Litterae Bellerophontis, por t.h. abrahão

Antigas civilizações já reinaram, prosperaram, construíram suas raízes, conquistaram grandes espaços; depois, ruíram. A civilização egípcia, as cidades-estado gregas, o império macedônico, o mundo romano, o universo medieval, a idade moderna, os países contemporâneos, todos se elevaram da insignificância e nos deixaram herança inconteste. Mas mesmo com a filosofia, o direito, a arquitetura, a astronomia, a história, agora jazem, tais peripécias de civilização, em nossos livros e utensílios arqueológicos, enterradas abaixo do mundo ocidental e sustentando, assim, a nossa época. Por mais fortes e poderosas, nota-se, não venceram o tempo. Como elas um dia o foram, nosso imperium está no auge do progresso, reinante em suas fortalezas ideológicas, capaz de tudo o que está ao seu alcance — ou até para além dele. Conquistamos a lua, escrevemos poesias épicas, inventamos a lâmpada, o carro, a bomba atômica. Agora estamos no topo da consequência da História. Mas por quanto tempo? Da mesma forma que crescemos, destruímo(-no)s; aos poucos assassinamos nossas próprias vidas sem razão, à guisa de intenções medíocres; ao afastarmos nossos medos, ganhamos medos novos; quando resolvemos problemas, outros surgem; solucionando respostas, outras perguntas vêm à tona. Aos poucos aliamos todo o progresso concedido pelos nossos predecessores e juntamo-las às nossas próprias conquistas para solver os mistérios que nos rondam. Mas por quanto tempo? Quando nos extinguirmos, quem nos sucederá? Ontem as civilizações clássicas exigiram o universo; hoje a exigência é nossa — a fome de progresso, de potência, de relevância. Entretanto, amanhã, não saberemos quem exigirá o poder que hoje nos cabe. Talvez sejamos o último respiro da linha do tempo, a última braçada no mar da estória universal. Nossas conquistas foram tantas que agora nos sufocam, nos agridem. Nossas lâmpadas, navios, satélites artificiais, antibióticos, nossos instrumentos e nossos versos não podem mais nos defender da morte, do esquecimento, do fim de algo que não teve razão de início. Por ora, existimos. Até quando? Por quanto tempo atravessaremos desertos, cortaremos as águas dos mares, singrando — e sangrando — pela problemática dos dias? Fica-se a pergunta, faltam-nos respostas plausíveis, sensatas, reais. Fiquemos com a imaginação audaz de nós, que é o meio mais sincero para que entendamos nossa ausência de sentido, a falta de um porquê para o que somos. Escondamo-nos nos versos dos poetas, na lógica científica de nosso tempo, na sensação de destreza dos nossos ancestrais, mas não em nossas considerações medíocres sobre o que não existe consideração, sentido, senso — pois elas não darão mais do que escombros, fósseis, rastros já apagados, quando na realidade precisamos do porém da realidade — para com ela al(can)çar nosso contemporâneo disparate.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Utilidade pública


Depois de cansáveis e longos dias sem telefone e internet, ouvindo constantemente dos atendentes da "Oi" (com sotaque de qualquer região do planeta, menos aqui do sul) o famoso "estaremos abrindo um chamado de serviço para que um técnico possa estar indo à sua residência resolver o problema", decidi (re)agir diferente; e é essa (re)ação, muito eficaz, por sinal (por sinal da neeet, meus amigos, daaa neeeet!!!! \o/) que passo para quem me lê:

1. Após insistir com os atendentes do serviço público de abrangência nacional, descubra qual é a empreiteira que presta os serviços para a concessionária - se um atendente não lhe der a informação (por ser "algo que não poderei estar fornecendo para a/o senhor/a), insista: um ou outro informar-lhe-á;
2. Não telefone para a empreiteira: vá direto à sua sede na sua cidade ou região;
3. Peça para falar com uma pessoa da gerência/administração - no meu caso, foi o Carlão.
4. Parabenize pelos serviços prestados (ah, o que faz um elogio);
5. Explique seu problema e peça, educadamente, para que ele seja solucionado num prazo maior do que o que você espera.
6. Agredeça a promessa de serviço, avisando que, se não for cumprido, no dia seguinte você estará lá novamente.
7. Espere poucas horas, ligue para sua casa e ouça um "alô" bem feliz de quem atender o telefone (no meu caso, minha mãe).
8. Considere a possibilidade de enviar um bolinho de agradecimento ao Carlão - afinal, vai que você precise deles novamente.

Cordialidade sempre é eficiente. Telemarketing, não.

Nessa minha saga pessoal, tomei conhecimento do problema da telefonia, ou melhor, dos trabalhadores que prestam o serviço de assistência a telecomunicações.
Com a compra da BrTelecom, a Oi decidiu promoveu nova licitação para contratar uma nova empreiteira. Aí sai de cena a Koerich Telecom e aparece a RM Telecom, situação que gerou a instabilidade do contrato de trabalho de mais de dois mil trabalhadores.

Mas, conforme anunciado no site da categoria, a articulação para salvaguardar as condições de trabalho dessas pessoas atingiu o resultado esperado e garantiu as relações trabalhistas.

E eu pensando que eram só os consumidores que arcavam com os prejuízos dessa concessionárias...

P.s.: minha mãe, com mais cordialidade e sagacidade ainda, conseguiu pescar algumas informações do técnico que veio à nossa casa: coincidentemente, outros pontos da cidade também sofreram com a ausência de sinal de telefone fixo e de adsl - e não em residência, mas sim nas caixas gerais das ruas inteiras. Conclusão: os sabedores da tecnologia poderiam muito bem ter causado o mal súbito na rede para pressionar a empreiteira ou a concessionária.

(É, acho que vou garantir o bolinho do Carlão...)

domingo, 7 de março de 2010

Caos masculino V - A tentativa de subversão


Ele E:
Olá, gatinha... nossa, me apaixonei. Qual é o seu nome mesmo?

Ela:
Oi. Fulana... E o seu é...?

Ele E:
Sicrano... vem cá, tu que és a prima da Beltrana?

Ela:
Sim, sim... ela comentou sobre você...

Ele E:
Mas e aí? Vais fazer o que agora?

Ela:
Vou até o mercado. Por quê?

Ele E:
Que tal convidarmos a sua prima e o noivo dela e irmos naquele barzinho perto da sua casa hoje à noite?

Ela:
Claro, sem problema...

Ele E:
Então, qual o seu nº?

Ela:
238475643. E o seu?

Ele E:
782364543. Posso te ligar mais tarde?

Ela:
Sim, sim

Ele E:
Ou você me liga, né? Vou te ligar pra que se você tem o meu número, né?!

Ela:
?!
Rapaz, o interesse é seu, você que me chamou - você que ligue ou que vá na minha casa, oras... se não quiser ligar ou aparecer, também, fique à vontade. Ou melhor, nem aparece. Tchau.

We Can Do Anything At All



Previsão cumprida (e comprida)!
Cá estou novamente :D

Muitas são as questões que me inquietam após uma semana longe do blog, do computador, de casa e da rotina a qual estava acostumada - ainda não provoquei um encaixe de todos os pensamentos a fim de formar um texto em específico (o qual, provavelmente, tarde a acontecer), mas já posso adiantar algumas peças-chave surgidas nesses dias:

1) Há pessoas que se fazem substituíveis: são apáticas e não lutam por si - são, assim, facilmente esquecidas.

2) Há pessoas que são mentirosas e dissimuladas (ops, isso eu já sei faz tempo ¬¬).

3) A maioria das pessoas que vivem em uma cidade eminentemente industrial apresentam menos amor à vida do que a maioria das pessoas que vivem em uma cidade turística e com forte apelo comercial.

4) O enfrentamento de um medo está diretamente ligado à sua satisfação pessoal.

5) Por falar em medo, ouvi, antes de viajar, algumas pessoas (principalmente homens) falarem que sentem medo de mim - possivelmente por causa dos meus pensamentos, personalidade, modo de viver, etc.. O que me assustou, de uma determinada forma, e fez-me iniciar um processo de questionamento sobre esse medo referido.
Durante minha viagem, ouvi muitas pessoas (tanto homens quanto mulheres) gostando de meus pensamentos e me incentivando a seguir, cada vez mais, neste caminho que escolhi.
Resultado: parei de questionar sobre aquele medo daquelas pessoas e me debrucei a seguir a minha escolha de inquietação acerca de tudo. Não vou perder meu tempo, literalmente, procurando entender quem se espanta comigo: vou investir nas minhas próprias expectativas e caminhar com quem incentiva o meu desenvolvimento.

6) Há um mundo bem melhor além do small world a que eu estava acostumada, onde vivem pessoas que amam, que querem amar, que choram publicamente por um amor, que não tem medo de assumir seu caráter, que se fazem insubstituíveis... há mulheres que não manipulam um relacionamento, há homens que lamentam uma perda, pessoas que cooperam, que vestem a camisa, que vivem de verdade - e eu quase cedendo à imotivação ¬¬

É certo que eu tinha conhecimento desse além: o diferencial está em senti-lo :~

7) Há pessoas que vivem como dito no item anterior e, ainda, dão liberdade aos outros para que possam ser livres e agir como bem lhes aprouver - não fazem do outro uma propriedade, mas sim uma extensão livre de seu próprio ser (quer ser livre? dê a liberdade ao outro).

8) Há homem que pede, quase implora, para ser traído. Há mulher que merece mesmo cair para aprender a se valorizar (ah, isso eu já sabia também ^^).

9) Há um lugar específico para cada dom, para cada pessoa, para cada essência - se ainda não achou: busque! Não vai se arrepender e não tema subir mais um degrau.

10) O esforço para alcançar a sua meta não vale só a pena: vale toda a sua vida.

11) Pessoas que falham com você e não reconhecem devidamente o erro não merecem seu tempo.

12) O mundo gira por conta dos interesses: cabe a cada um escolher qual o interesse que o fará se mover. Se escolher interesses baixos, rastejará; se escolher interesses altos, voará.

13) Qualquer vontade, se não essencial, passaaaaaaa \o/