sexta-feira, 12 de março de 2010

Utilidade pública


Depois de cansáveis e longos dias sem telefone e internet, ouvindo constantemente dos atendentes da "Oi" (com sotaque de qualquer região do planeta, menos aqui do sul) o famoso "estaremos abrindo um chamado de serviço para que um técnico possa estar indo à sua residência resolver o problema", decidi (re)agir diferente; e é essa (re)ação, muito eficaz, por sinal (por sinal da neeet, meus amigos, daaa neeeet!!!! \o/) que passo para quem me lê:

1. Após insistir com os atendentes do serviço público de abrangência nacional, descubra qual é a empreiteira que presta os serviços para a concessionária - se um atendente não lhe der a informação (por ser "algo que não poderei estar fornecendo para a/o senhor/a), insista: um ou outro informar-lhe-á;
2. Não telefone para a empreiteira: vá direto à sua sede na sua cidade ou região;
3. Peça para falar com uma pessoa da gerência/administração - no meu caso, foi o Carlão.
4. Parabenize pelos serviços prestados (ah, o que faz um elogio);
5. Explique seu problema e peça, educadamente, para que ele seja solucionado num prazo maior do que o que você espera.
6. Agredeça a promessa de serviço, avisando que, se não for cumprido, no dia seguinte você estará lá novamente.
7. Espere poucas horas, ligue para sua casa e ouça um "alô" bem feliz de quem atender o telefone (no meu caso, minha mãe).
8. Considere a possibilidade de enviar um bolinho de agradecimento ao Carlão - afinal, vai que você precise deles novamente.

Cordialidade sempre é eficiente. Telemarketing, não.

Nessa minha saga pessoal, tomei conhecimento do problema da telefonia, ou melhor, dos trabalhadores que prestam o serviço de assistência a telecomunicações.
Com a compra da BrTelecom, a Oi decidiu promoveu nova licitação para contratar uma nova empreiteira. Aí sai de cena a Koerich Telecom e aparece a RM Telecom, situação que gerou a instabilidade do contrato de trabalho de mais de dois mil trabalhadores.

Mas, conforme anunciado no site da categoria, a articulação para salvaguardar as condições de trabalho dessas pessoas atingiu o resultado esperado e garantiu as relações trabalhistas.

E eu pensando que eram só os consumidores que arcavam com os prejuízos dessa concessionárias...

P.s.: minha mãe, com mais cordialidade e sagacidade ainda, conseguiu pescar algumas informações do técnico que veio à nossa casa: coincidentemente, outros pontos da cidade também sofreram com a ausência de sinal de telefone fixo e de adsl - e não em residência, mas sim nas caixas gerais das ruas inteiras. Conclusão: os sabedores da tecnologia poderiam muito bem ter causado o mal súbito na rede para pressionar a empreiteira ou a concessionária.

(É, acho que vou garantir o bolinho do Carlão...)

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