sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Feliz nascimento

  
Em todo dia, nasça.
A todo momento, (re)nasça.
A cada perda, ressuscite.
Em toda morte, veja vida.






 “O homem é o que é a sua vida. 
Se uma pessoa não trabalha sobre si mesma, não modifica nada dentro de si mesmo;
se não transforma radicalmente sua vida, perde, estupidamente, seu tempo.”
V.M. Samael Aun Weor

Ordenações (a)temporais: desculpas


Não sei pertencer a ninguém; sei pertencer a uma mutabilidade firmada em princípios de evolução, de raízes, de liberdade. Observados de longe, isso forma um todo que destoa de uma harmonia. Mas não: é essa complexidade que se assenta e permite que a fluidez do lúcido pesente seja marcante.

Não sei ser propriedade. 

Não sei me doar; sei me compartilhar. Por isso, consigo me integrar com quem sabe o que é integração e partilha. Se não, torno-me uma farpa, um borro, uma assindética do sistema de apegos demasiados. 

Não sei ter ninguém. Eu sei admirar alguém nele mesmo e, se quiser, nele também em mim. Mas não sei admirar ele só em mim, em um cercado relacional, em uma prisão. Eu não sei.

Não sei suportar uma tentativa de proteção maior do que aquela que me permite sofrer o mal do dia. Não creio que ninguém corporificado seja capaz de evitar meus sofrimentos ou enganos. E nem desejo isso: dores e erros participam do processo vital assim como gozos e vitórias. Não fico confortável com a tentativa de usurpação de parte desse processo.

Não posso concluir, então, o molde deste texto: não posso pedir desculpas pelo que não sei, pois continuo querendo não saber, mas como lutar contra. Do mesmo modo, não posso pedir desculpas pelas ilusões que muitos criaram sobre mim, o que os fez criar quedas e vácuos sentimentais. 

Peço desculpas, portanto, pela minha falta de clareza ou objetividade (bá, mais??) a respeito de como me relaciono. 

Só não posso me desculpar pela cegueira dos outros.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Música de fda III - won't you help to sing these songs of freedom?

 
Emancipate yourselves from mental slavery
None but ourselves can free our mind
Oh, have no fear for atomic energy,
'Cause none of them-a can-a stop-a-the time
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?

Won't you help to sing these songs of freedom?
 

Confusões de fda II



Em duas das lojas que estive, a pergunta a crianças com cerca de 5 anos era a mesma: o que você quer (de presente desta loja)? Uma criança dessa idade tem noção do que realmente quer? E, se tem, que o que quer é realmente bom para si? Os pais relegam suas obrigações a seus próprios filhos. Depois, ainda, questionam porque estes os desobedecem.

***

Alguém pode me dizer por que uma família composta por cinco pessoas anda abraçada numa calçada com três metros de largura, na algazarra que é o centro da cidade no final de ano?

***

Alguém pode me dizer por que uma família composta por seis pessoas anda espaçosamente separada, como que numa manada educada, numa calçada com três metros de largura, na algazarra que é o centro da cidade no final de ano?


***


Malvados.com.br

Consegui comprar o essencial para o Natal (sem adentrar em discussões acerca da data e do consumismo, pois não pretendo fugir do bom senso familiar), ou seja, não perdi dinheiro com nenhuma baboseira que os vendedores pretenderam me empurrar.
Fiquei contente, deixando alguns comerciantes de bico... penso, agora, que isso é estratégia para o consumidor adquirir algo que não lhe é útil: os vendedores fazem bico, psicologicamente acenam para um abalo pessoal, fazendo com que o comprador sinta-se culpado e adquira o produto só por misericórdia.
No fim do dia, os comerciantes contabilizam os bicos e os lucros.

***

Outra técnica de venda: você tem que escolher entre o produto A e o produto B. O segundo é melhor, mas é mais caro.
- Qual o melhor xampu?
- É este... só que é mais caro...
- É esse mesmo que eu vou levar (o que essa metida está achando? Que eu não posso pagar uma porra de um xampu 5 vezes mais caro que um comum?).
- Ah, sim, não vai se arrepender.
Nesse caso, você não é tratado como culpado, mas como insuficiente.
Eu não aguentei. Caí no truque ¬¬
Só espero que o xampu seja bom mesmo ¬¬²


quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Música de fda II


Fiz um dos meus esforços para dormir contigo naquela noite. Chegando em sua casa, você não estava; sua avó me avisara que tinha saído, mas que não tardara.
Esperei, esperei, e acabei caindo no sono.
Acordei-me já pela manhã e você ainda não estava. Arrumei minhas coisas, separei as suas que estavam comigo e bravejei maldições em sua vida para todos que estavam na casa - a casa estava lotada de seus parentes e amigos.
Você chega. Olha-me com insensibilidade. Estava num forfun com amigos e pouco preocupado com o pouco que tínhamos.
Bato em seu peito: como você não se lembra de ter marcado comigo? Por que tu não me valoriza? Por que tu não enxerga o que eu faço por ti?
Personificando a ira, tentei de dar um tapa (incrivelmente, já que não tenho o dom do tapa, só de alguns poucos ataques que treino). Não consegui - em sonho, nunca se consegue bater direito.
Mas, ao sentir meu ch'i dominando meu sangue, desferi outro tapa - desta vez, estrondou tanto que o senti na minha mão direita. Todos nos olharam. Aproveitei para jogar no pedaço de chão à sua frente tudo que era teu que estava comigo. Não me tem nenhuma serventia.
Aliás, todo aquele redor parecia um pântano: lama para todo o lado, sujeira, sombra.
Você, com olhar de indiferença, virou-me as costas e foi embora.
E, naquele momento, eu me despedia do que eu imaginava ser bom. Agradeci.
Acordei com a mão latejando. Eu estava feliz. Livrei-me de algo que não me fazia bem, em um relacionamento que minha pessoa não era valorizada, nem minha luta, nem minha história.


I don’t care if it hurts
I’m tired of lies and all these games
I’ve reached a point in life
Hey, no longer can I be this way
Don’t come crying to me
I too have shed my share of tears
I’m moving on, yes I’m grooving on
Hey, well I’m finally free

Música de fda

if i was u



Gus :*
Tkx pela música ;D

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Surpresas de fda II

Depois de horas de conversa, ela me abraçou, emocionada, e agradeceu: obrigada por se esvaziar de si, por ser capaz de me ver sem julgamentos e, assim, devolver-me a mim mesma... agora posso caminhar sozinha sem medo de mim.

Surpresas de fda

Ele, com seus 18 anos, sentou-me ao meu lado e disse sinceridades, emoções e maturidades que nenhum outro homem (ao menos, recentemente) havia me dito, tocando-me, assim, fisica e espiritualmente. Ele só queria expressar-se, não tinha nenhum objetivo momentâneo.
Sorri em seus olhos, sem ar, sem reação.
Ele me beijou, abraçou-me e despediu-se: até amanhã.

Luto

Por Warat.
Alguém que não era uma estrela longe e fugaz, mas próxima e eterna que nos permite rasgar as concepções petrificadas de nossas instituições e pelejar pelo que há de mais sagrado nessa vida: nós mesmos.

Confusões de fda



Depois de livres e gostosas risadas, ele me disse que não serve para ser só meu amigo. Na hora, tal afirmação me fez sorrir sinceramente - atitude que ele viu e pela qual agradeceu.

Nos outros dias, no entanto, ela reverberou na minha mente, impondo-me uma atitude maior que, simplesmente, sorrir: pediam-me os ecos para que eu me posicionasse ao sim ou ao não.

Passei a questionar se, caso eu o mantiver perto de mim, estarei ratificando os seus termos e transmitindo que a recíproca é verdadeira. Caso eu me afaste, será que eu deixaria claro que só quero sua amizade? E se eu não quiser só amizade? 

Afinal de contas, é honroso para uma mulher que um homem se disponha a lutar por ela e quem demonstre seu desejo - principalmente na contemporaneidade em que muitos procuram, desvairadamente, argumentos nos outros que os digam para não lutar, para desistir (ocasiões em que, particularmente, digo "se é isso que tu queres que eu afirme, eu afirmo: desista mesmo. Não pretendo ter do meu lado ninguém que procura, que nem um cachorro sem dono, convencimentos para desistir do que sente. Convença-se e vá embora, por gentileza").

Não soube como agir. E essa dúvida sobre qual a melhor atitude a ser tomada me instiga: o não é não; e o sim é sim. Se o que ocorre não se define em nenhum dos dois, é o que, então?





Agora eu entendo perfeitamente o que é loserismo
E eu estou muito contente por saber que, perto de mim, inexistem pessoas losers XD~

sábado, 11 de dezembro de 2010



Queridas e queridos,

Em virtude dos compromissos de final de ano (tanto profissionais quanto sociais), ausentar-me-ei um pouco da internet, dando um descanso, assim, às postagens do blog.
Apesar disso, como verificarei meu email com certa frequência (grazyab@gmail.com), manterei contato com quem assim quiser xD~
No mais, agradeço a companhia de todos nesse ano, os comentários, os debates por msn, bem como os contatos e menções carinhosas por email.
Caso eu sobreviva às primeiras páginas zetéticas da dissertação e aos estudos dogmáticos de outros projetos, estaremos juntos novamente, em breve :)



:*

O que disseres que és, assim será(s).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Hey, u



Não que as coisas que você fale sejam usadas contra você.
Você mesmo que se trai ao proferir expressões e sentenças que não se coadunam com suas atitudes.
O outro é apenas coerente e, talvez, um tanto quanto idiota
 por esperar que você HONRE sua palavra.

Own, she was so easy to love


Engraçado sentir falta do que pode(ria ter) acontecer/ido.


I swear now I can't take it, knowing somebody's got my baby
And now you ain't around, baby I can't think
Shoulda put it down, shoulda got that ring
Oh I miss her when will I learn?
Didn't give her all my love, I guess now I got my payback
Now I'm in the club thinkin all about my baby
Hey, she was so easy to love
But wait, I guess that love wasn't enough
I'm goin through it every time that I'm alone
And now i'm missin, wishin she'd pick up the phone
But she made a decision that she wanted to move one
Cuz I was wrong

(Just a Dream - Nelly)

Amor em ato



Não é a vontade de que o outro domine ou assuma todas as posições e gestos. É a necessidade de que o outro, em intensa e similar harmonia, descortine-se e mostre-se em vigor e personalidade.
Assim, enquanto os corpos se desnudam e demonstram sua potência ativa, o ambiente e os comportamentos que se transvestem em oportunidade de firmar o contexto de uma nova criação: a de um corpo perfeito, pautado no equilíbrio de gênero que se encontra na fusão de dois corpos.
Ninguém assume mais do que lhe cabe; o prazer de ser e sentir é partilhado em sintonia.

Baloons


Para quem é oco, pouco importa qual o próximo ao seu redor, pois não precisa se preocupar em manter sua evolução ou em efetivar trocas que lhe agreguem o mais qualitativo: resta estagnado e não tem o que trocar. 
Apenas suga.
Nessa condição, qualquer um que lhe dê atenção lhe serve,  já que é dessa pseudoempatia que se alimenta e perpetua o seu caráter de vácuo, obtendo dos outros características que não é capaz de descobrir por si próprio.
Imita.
Extrai e nada traz.
Irrita e trai. 
Sem nenhum pudor pelo outro, tendo em vista que há tempo não tem pudor de si.
Não sente os outros, apenas a sua própria necessidade de encher-se dos outros.
Se, ao menos, apre(e)ndesse algo nesse processo de encheção, poderia, quiçà, tomar forma humana.
Mas nada lhe imprime, nada lhe emociona de fato, nada lhe traz um verdadeiro aprendizado: está fechado em si mesmo, em seu próprio vazio, perdendo-se em gás de boca e em gás hélio, não enxergando nada além de sua própria tez.
Move-se com o vento ou conforme  a vontade de outrem. Em si, é belo, mas passageiro.
Existe. 
Uma hora, estoura.
E some: aí, então, vê-se a possibilidade de relacionamento com pessoas que não se fazem de balões e nem fazem os outros de balões. Pessoas de verdade.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Surpresaa!

Somos surpreendidos deveras; 
às vezes, estamos preparados: na maioria das vezes, não.



O que importa mesmo é o teor que damos às surpresas.

Revista Wiki




Pessoal,

A Revista Wiki, elaborada para um trabalho de término de curso, é projeto experimental confeccionada por universitários e recém-formados.
A primeira edição saiu agora (versões online e impressa) e conta com um texto inédito meu.
Para conferir a versão online, venha aqui.
A revista está linda, muito informativa e com um layout maravilhoso!
Boa leitura :)


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Me diz, o quê realmente te faz feliz?
Sei que nem todos lá no fim do túnel buscam luz
Fica difícil se a escuridão que te conduz
Já vi o oportunismo estar vestido de amizade nos aproveitadores da minha boa vontade
Mas me esquivei, risquei da vida os covardes
Porque quem vive entorno de mentira já está morto de verdade
[...]
E o que diria seu pai te vendo caído, irmão ?
Isso depende do motivo de se estar no chão
Alguns estão lá por nem saberem levantar
Meu rap é a mão que se estende pra te ajudar
Vem, sei que seu corpo tá cansado, samurai
Vão derrubar seu corpo, mas sua alma não cai
Eu sei que alguém acredita em você
Mas e você ? Acredita em você ?





Como diz meu querido Gabriel Storm:
Se for falar mal de mim, me chame! Sei coisas terríveis a meu respeito!

Hoehoehoeohe 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Vidinha de playboy



Rima de merda, infantil, gastou uma faixa do CD
Esqueceu que eu avisei, bucha, não acha que é pra você
A prepotência te limita, ce não entende meu caminho
Eu mexo com verdade e vida e tu vai, mexe o corpinho
Eu vi seu clip, tudo VIP (playboy), Ah, quem ce quer enganar?
A Universal tem que pagar praquelas modelete entrar
Sua corrente brilha (bling), mas uma prova cabal
Da ilusão do seu mundin', igual a ela não é real
De diz ser muito, mas eu vejo sempre o mermo flow
Sem conteúdo, fraco, ruim pra caralho
[...] Essas merdas que tu se sujeita
Lança sua blusinha rosa, maquiagem e sobrancelha feita
Super MC? mó comédia, me copia
Única parte relevante na sua música é minha
"Sua mina ouve meu rap" enquanto a "senhorita" chora
Falou merda, riu forçado? Pela saco, ri agora



O que podemos perceber é que a estrutura social em que estamos situados é fortemente marcada pelas relações que sequestram. É sequestro da subjetividade tudo aquilo que nos priva de nós mesmos. Até mesmo nas pequenas realidades, as mais simples, há sempre o risco de que estejamos abrindo mão de nossos valores em detrimento da vontade de sequestradores que em nada estão comprometidos com nossa realização humana.
É sequestro da subjetividade todo o processo que neutraliza ou impede o ser humano de conhecer-se, passando a assumir uma postura ditada por outros. É sequestro da subjetividade a projeção da vida humana em meta inalcançáveis, costurada à mentalidade de que as pessoas são perfeitas e que há sempre um final feliz reservado, pronto para chover do céu sobre nossas cabeças. Mas é também um sequestro da subjetvidade a projeção da vida humana a partir de metas rasas, em que a mediocridade é a regra a ser considerada e o pessimismo antropológico é a consequência
(Fábio de Melo, in Quem Me Roubou de Mim?).

sábado, 4 de dezembro de 2010

 

Fechar a boca e não expor meus pensamentos
Com receio que eles possam causar constrangimentos

Será que é isso? Não cumprir compromisso, abaixar a cabeça e se manter omisso?
A hipocrisia, a demagogia
Se entregue a orgia, sem ideologia
A maioria fala do amor no singular
Se eu falo de amor é de uma forma impopular
 [...]
Quem pensa incomoda
Não morre pela droga, não vira massa de manobra
.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Histórias e lendas



Naquela altura, ela só tinha um objetivo: alegrá-lo. Contar uma história de afagos, sentimentos e razões mescladas. Queria vê-lo sorrir daquele jeito mais uma vez e só... não pretendia receber resposta. Ela queria dar somente, talvez não literalmente.
Pensou em algo bom e contou-lhe em braille - não com tanto furor quanto queria, não com tanta exposição de detalhes quanto a história lhe sugeriria, mas o seu bom efetivou-se. Ficou feliz com o seu sorriso, satisfeita ao que pretendia.
Terminou a narração e o silêncio, então, invadiu o cômodo... até que sentiu o responder: era ele que puxava sua atenção para si mesma, tornando-a, agora, a protagonista de uma história não escrita. Demonstrava que queria corresponder àquele conto, ou, simplesmente, mostrar-lhe algo novo.
Pensou, remotamente, que poderia ser mais uma lenda urbana. Mas, apesar disso, ela acreditou naquela empolgação narrativa e empregou dedicação naquilo que ele falava e gesticulava - o que lhe causou imensa expectativa acerca de como aqueles fatos terminariam. Era tanto empenho e tanta excitação que a levou a supor que o final (se houvesse um final daquelas palavras maravilhosas, que merecem ser eternizadas) seria proveitoso a ambos, já que dali poderiam tirar muitas conclusões e e expectativas para novas conversas.
Num isntante, ele para e ela respeita a sua pausa... mas era só um suspense. Ele veio com mais circuntâncias, e mais possibilidades, e mais escolhas naquela história.
A excitação beirava à agonia ansiosa do que poderia ser feito quando, mais de repente ainda, ele para... definitivamente, emudecendo-se. As diversas fantasias possíveis existentes na mente dela a fizeram pensar que seria outra pausa, mas não: era um fim, sem nenhuma escolha. Aliás, havia uma escolha: a que ela mesma teria que fazer, sem a presença dele.
Quando exposto o desânimo de ter que escolher algo sem ele porque, afinal, ele que produzira e oportunizara todas aquelas probabilidades, e quando esclarecido que essas histórias são planejadas e criadas por dois, ele simplesmente respondeu, sorrindo, que ela deveria ser feliz ou se contentar em escolher sozinha, mesmo depois de ele ter iniciado todo o enredo e toda a expectativa... mesmo sendo possível a concretização do que ele falava somente, por óbvio, com ele.
Sentiu-se mal e, pela falta de reciprocidade tentada, mas não concretizada por razões que desconhece, sentiu-se abandonada - o que se exauriu estupefatamente com as palavras "boa empreitada".
Não que isso mude, de fato, alguma coisa. O dia nasceu novamente, novas histórias serão contadas, mas aquele momento, bobo talvez, que fora quando ele usurpou a escolha que ela mais queria (ter as possibilidades daquele clima com ele), foi intenso, estranho e bloqueador.
Não ficou feliz por cogitar que teria que seguir só ao menos parte de seu caminho.
E ainda não quer acreditar que, se em alguma outra circunstâncias, escolher ele como parceiro de possibilidades, tenha que se desistir de seus desejos com ele porque ele, com um sorriso nos lábios, deixe-a na mão.
A frustração, então, roubou-lhe o sono.

Se for para criar histórias sozinha, ela fica sozinha.
Se for para criar histórias a dois, ela se une a quem é capaz de criar e corresponder às histórias.
Se for para criar histórias a dois, que elas não virem lendas.











quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Caos "manso" à crítica

Após me considerar um tanto quanto ácida, meu chefe ponderou pela minha prudência e atitude ao me impor perante determinados comportamentos.
Não sei, muitas vezes, como agir - e isso pode me deixar confusa, quando não em silêncio por não saber o que fazer. Mas, em outras ocasiões, especificamente naquelas em que já tenho um posicionamento formado, meu background já me permite agir imediatamente - até que outro pensamento melhor o refute.
Pois bem. As situações abaixo podem não representar nenhuma imposição à minha livre vontade, mas me irritaram sobremaneira. Não pelo questionamento inicial, mas pela sua insistência.


Situação 1 - eu, com uma calça jeans básica, já atrasada para o trabalho:
- Poxa, Grazy, penso que não deverias ir com essa calça...
- Ah, é? Pois olha... respeito a sua opinião, mas eu vou com ela, sim.
- Mas por quê?
- Porque eu quero e não vejo nada demais em ir com ela. Se tu vês algum problema, eu respeito. Eu não vejo nenhum.
- Mas sério mesmo? Vais com ela?
- ¬¬ sim. Deixa que eu cuido do meu layout e do meu armário... eu sei fazer isso há algum tempo, ok?

Situação 2 - eu, com a roupa do treino de kung fu:
- O, Grazielly, coloca a calça mais para cima.
- Por quê?
- Porque fica mais bonito.
- Não, sinto-me confortável assim.
- Ah, mas mais para cima é melhor, tu não achas?
- Não. O que é melhor para ti não é, necessariamente, o melhor para mim.

Situação 3 - eu, que vejo a profissão modelo como qualquer uma:
- Gra, tu nunca tentou ser modelo?
- Huahsuhaushuahsuas! Tá de piada?
- Sério? Já fizeste algum curso, ou book, essas coisas de modelo?
- Não. Respeito toda e qualquer profissão, mas sigo a que tenho dom para isso. Não tenho dom para modeletes.
- Mas por que não tentou? Ou tentou e não deu certo? Por que a minha filha tem uma agência e...
- Nunca tentei e nem tive vontade de tentar. Aliás, com todo o respeito à senhora sua filha, não sou de valorizar (entenda babar) a profissão de modelo. Não vejo uma função social produtiva nela, apenas uma manipulativa de tendências.

Situação 4 - eu, que vejo a profissão de ator como qualquer uma:
- Graaa, por que tu não faz um curso para atuar?
- Porque não me encarno.
- Mas por quê?
- Porque não... aliás, passou a época de eu ter tempinho livre para fazer essas coisas aleatórias que não agreguem à minha profissão.
- Ah, mas isso pode te ajudar na desenvoltura das suas aulas e talz.
- Nãooo, eu já me sinto à vontade o suficiente com os alunos... não preciso de um curso para isso (entenda-se: não preciso fazer caras e bocas para aprender a lidar com seres humanos que têm a aprender comigo).


Situação 5-  eu, com meu celular rosa:
- Hahahahha! Que coisa paty ter celular rosa, Grazy!
- Hmm... por que tu achas isso?
- ... Porque rosa é coisa de guria paty, oras!
- E eu sou paty?
- Não, mas fica sendo, hahaha!
- Hm... e tu achas que eu vou mudar minha personalidade por causa de um celular?
- ... Não...


Olha, pode até ser sem má fé que as pessoas ajam assim, mas eu me canso de me repetir e de me justificar - o que posso fazer só para não ser, de fato, grosseira. Ainda ajo assim porque não sei a razão pela qual as sinto me invadindo de uma forma não convidada. Só por isso.
A eu enxergar que esse tipo de insistência invasiva pode significar um desrespeito. 

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Whatever


Você cai de paraquedas em um contexto experimental e regrado, mutilador e opressor, moralista e indiferente às suas necessidades reais.
Recebe alimento e água, quando muito, e ainda ouve que é muito e que seu coração não pode se inspirar no desejo de querer um amor familiar terno e firme, nem uma afetividade relacional verdadeira entre seus (ím)pares.
Você cede. Associa-se às estratégias, aos jogos, a como o mecanismo social é engrenado na sua própria manutenção. Você sobrevive, simplesmente. Obscurece seus desejos e seus ideais. Você se molda de acordo com as condições que lhe são dadas. E não espere mais nada, pois sofrerá por ser idealista, um neófito à margem da realidade.
Não lute, não resista, é o que você ouve. Aceite tudo sem questionar, permita-se levar pelos manejos desse todo inconsciente que venera a competição e as neuroses individuais.
Não acredite em você, acredite no que lhe dizem e dance instável à música do tendencial.
Não sinta, não resista, não sinta.
Não tenha medo, não chore, não ame, não se importe. Não sinta.
Apenas exista; e no canto mais recolhido possível para que eventuais sussuros oprimidos de sua alma não perturbem a sonoridade monocromática do ritmo enfadonho social - que segue religiosamente o que lhe dizem.
É uma voz invisível que comanda. São laços penetráveis ao seu coração que o empedram.
Mas isso nem importa mais, já que você não viu outro caminho além de se anestiar com insobriedades seculares e máculas físicas.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

4ever alone


As pessoas xingam, fazem bico, irritam-se, gesticulam maldições, pisam forte, saindo em marcha, choram - tudo como crianças, como se fossem indefesas e não pudessem mudar seu ponto de vista e seu destino.
Procuram meios de atacar, de machucar aqueles que entendem como seus algozes -
mas, de fato,  seu pensamento ou seu coração é que lhes faz sofrer. 
Tudo isso porque é mais fácil culpar o outro do que a si mesmo.
Tentam criar uma ferida nos outros e querem enfiar-lhe o dedo para doer, assim como lhes doem o fato de não poderem obter o que tanto fantasiaram.
Deixam escorrer pelos dedos algo que nem imaginam.
E, nessa onda de ataque-defesa (como se a vida fosse o eu contra todos), 
preveem ataques futuros e, quando não somente se protegem desse devaneio, 
atacam ferozmente a pessoa que agiu de forma similar ao que fora imaginado 
e que daria sequência ao ataque contra si. 
Mas era um ato, somente, e não nada que configurasse um ataque.

Ouvi, esses dias, que um leão só ataca quando tem fome ou está ferido de fato.
O ser humano ataca quando está ferido hipoteticamente - o que o faz se afastar dos demais. 

Não é esse o objetivo.


domingo, 28 de novembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Heartless

Ele fica de mimimi com a ex e deixei de comprar uma puta promoção de hotel numa praia paradisíaca por causa disso - o que postergou eternamente, também, o meu pedido de namoro.
Eu, de bicicleta, atropelo uma vozinha que, na verdade, também me atropela - o que deixa meu corpo todo dolorido e ralado com o mortal que eu dei na frente do batalhão (!)
Numa loja, a atendente pergunta como meu corpo é tão lindo e meu cabelereiro me chama de gostosa.
Meu querido sobrinho que eu tanto amo está em casa - o que me impede de estudar porque ele brinca muito "alto".

Eu não sei o que pensar do dia de hoje. Vou omitir-me até entender se ele vai ser prevalentemente bom ou incessantemente mau.



ow could you be so
Cold as the winter wind when it breeze yo
Just remember that you talking to me yo
You need to watch the way you talking to me yo
I mean after all the things that we been through
I mean after all the things we got into
and yo I know some things you things that you aint told me
Ayo I did some things but thats the old me
And now you wanna pay me back
You gon' show me
so you walk round like you don't me
You got them new friends
Well I got homies
But at the end its still so lonely
 
 
 
 
Bem feito, Kanye West, bem feito, seu puto ¬¬ 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Processo



O ontem... o ontem passou, foi chuvoso, foi escuro, cheio de sombras e aterrorizador.
Mas o ontem, memorável por tempos, foi noite de crise.
Por conveniência à sobrevivência diária nesse sistema sobre o qual rimam meus caros rappers, colocamo-nos, nós, os sensíveis, máscaras e escudos para que nossos bravejos contra a violência que mutila nossa humanidade sejam abafados e para que possamos vencer mais um dia nessa autoconspiração letal.
Devo ter feito algo errado (como escollher uma máscara ou não fixar bem o escudo) porque, ontem, eu fui atingida por atos desmensurados e frutos de um contexto fictício. Em verdade, ontem minha insensibilidade frente à organização política da sociedade caiu - logo ela, que é parte principal da manutenção da minha sanidade.
Não sei se por causa de um olhar de reprovação (visto que estou cagando no celite para esse tipo de atitude), não sei se porque vi um homem chorar ao perder seu lar (por causa do contexto econômico e todas as contigências de uma empresa má administrada por outrem) e porque um outro, ao vê-lo implorar "por amor de Deus", deu-lhe os ombros, ou porque ouvi o relato de uma mulher que não pode ter filhos por causa da inércia de uma seguradora de saúda, ou ainda por conta da história de uma criança de 2 anos, molestada pelo pai com a conivência da mãe, ou por causa de insensibilidade de alguns pares frente ao clima de ontem (que, sim, só eu sentia, porque muitos não se protegem: muitos se cegam), já que têm problemas mais importantes para cuidar (como pagar o carro que trocaram ou pensar na roupa para um casamento), quem sabe porque o que é injusto é aplicado como se fosse lei entre os homens (e não é?) e  ninguém pode fazer porra nenhuma nada para isso mudar (não por enquanto).
Pode não ter sido o exterior, pode ter sido pelo interior mesmo...
Este ano está sendo pesado: viagens, estudos de toda ordem, dificuldade de concentração pelo ambiente, responsabilidades não programadas. Ando carregando pesos de toda ordem, uns altamente necessários, outros úteis, bolsas, malas, livros, pessoas, burro de carga. E sei que são com poucas ajudas com que posso contar, já que muitos não me veem quando paro para respirar, ajeitar minhas coisas e reanalisar a bússola. Talvez para me tornar mais forte. Talvez para me tornar (mais?, porra) independente. Ou mais desapegada (o que é visto por muitos como desumano). Ou mais desvinculada de tudo isso, não sei.
Vivi muito objetivamente até então, em virtude do que não parei para sentir muita coisa. E, agora, quando estou me abrindo ao meu subjetivo mais emocional, caio. E bonito: de quatro.
Ontem, lágrimas borraram toda a minha maquiagem feita para o trabalho (só para "melhorar", vê-se, assim, a má qualidade da maquiagem). Mas que um urso panda (com os olhos enegrecidos com o lambuzeiro do lápis, delineador e rímel), meus pedaços separaram-se e retornou-se à questão: para que tudo isso? por quê? tem certeza?
Como em um trabalho de meio e mecânico, senti-me, ontem, a inutilidade personificada. Do que valem todas as ações, todas as leituras, todas as batalhas, as escritas, os tempos perdidos pensando e cogitando o melhor caminho para os outros? Enquanto isso, você é extirpada de seu centro e transformado em mera peça da engrenagem que convalida os comportamentos mais mesquinhos e incongruentes que você já viu. Está ali no meio, na grande roda, girando e dando a mão àqueles que são insensíveis (por natureza) às suas condições de existência e desenvolvimento. O problema é que só eles têm o poder de mudar aquela situação.
Mas eu posso mudar todo o contexto. Só precisava saber como e procurar uma outra resposta, pois estou enjoada do famoso "faça sua parte e pronto"... cansada, mesmo, com pesos reais nos ombros e com o interior abismado e destroçado.
Resolvi olhar para fora como uma forma de exorcizar e diluir tudo isso que aconteceu ontem e tudo que acontecia, ainda, no meu espírito. Resolvi abrir-me... e recebi uma porta fechada com a placa "agora não posso". Provavelmente porque o universo novamente me dizia como deveria ser minha atitude naquele momento: parte de mim queria ficar sozinha, outra parte queria se abrir. Considerando os últimos acontecimentos, preferi abrir-me. E deu no que deu.
Mas isso foi o mínimo de ontem - apesar de que, para alguém, talvez, tenha sido o máximo e gerado consequências inimagináveis. Whatever. Foi o mínimo que coroou o ontem.
Nem um chocolate adiantou. Pensei no vinho ali guardado, mas o que eu menos quero é outra solução paliativa. Creio como errado os comportamentos que, simplesmente, desconsideram os obstáculos e fingem que nada acontece; então, não seria eu a agir dessa forma.
A calada da noite ainda ouvia meu choro quando eu não sei quem me levou. 
E acordei hoje, momento também passado, mas que me trouxe afirmação e interrogação que perduram ao presente. Afirmação e interrogação de luta e de indignação, que, potencialmente eficazes, socam-me a alma, produzem dor e mais lágrimas.
O ontem ainda não terminou. 
O ontem ainda é hoje.

miss*taken



Equivocas-te quando tu dizes "cara, nada nunca é" porque não pensas no caráter do que realmente é ser.
 Perdes-te no dinamismo da vida, do cotidiano, que é um processo no qual tudo depende de ti também.
Agora, se não for para o cotidiano ou a vida de outrem te levar em conta, 
avisa para que isso possa ser resolvido (já que és considerado):
passa-se, se quiseres, a considerar suas ações e suas omissões como indiferentes para mim.







E isso é o mínimo.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

I'm a riot


Engana-se quem pensa que todos os seus conhecidos o conhecem. O rótulo de tal grupo não condiz com os seus atributos.
A pesada maioria de seus conhecidos não o conhecem - no máximo, sabem dos interesses em comum e, por isso, sedimentam-se unidos a ele.
Passando o interesse, desfazem-se os laços naturalmente e, quando isso não acontece, há desavenças irracionais entre ambos para justificar o afastamento.

No fundo, passamos tanto tempo procurando alguém que nos conheça e nos diga quem somos porque temos medo de olhar para nosso abismo - que só anda sem luz porque não colocarmos o brilho dos nossos olhos nele.
E, pelo olhar dos demais, somos influenciados pelas mais diversas opiniões. Considerando o potencial e o efetivo egoísmo humano, tais considerações nos transformam em massinhas moldadas ao alvedrio dos outros - o que pode ser interessante no início, pois somos recompensados por corresponder às suas expectativas; mas, com o tempo, sentimo-nos vazios demais por não termos a própria opinião do que somos para nós mesmos e fracos por depender sempre do olhar alheio.
O pior acontece quando elevamos os pensamentos das pessoas que amamos (?) e esses são comiserações negativas de nossa identidade. Sofremos, então, porque somos maus, porque somos inúteis, porque incomodamos ou porque não somos quem a pessoa queria que fôssemos (por incrível que pareça, o ser humano fareja inconscientemente quem não é verdadeiro consigo mesmo e se afasta).
Mas não somos maus de fato. Não somos inúteis. Não incomodamos.
Só não somos o que a pessoa queria que fôssemos.
É a preferência dela. Como livre, ela tem todo o direito de pensar o que quiser.
E, tal como ela, nós também: a nossa preferência é sermos nós mesmos.
Na maioria das vezes, as pessoas não tecem considerações negativas de nós por maldade: ou elas nos veem de forma cega, ou elas somente estão amando a si próprias ou o que acham que são e deixando de lado aquilo que pode ser discrepante de sua existência, qual seja nossas tendências ou nosso ser em si.

Não seremos condizentes em essência com quase ninguém. E isso não é ruim porque permite com que a sintonia com as raras pessoas que nos são semelhantes ou que, sendo-nos diferentes, nos amam na nossa diversidade, seja muito mais enriquecedora e intensa do que o catálogo de 1.000 amigos virtuais.

Mas o mais importante é ser fiel a si mesmo






They call me hell
They call me Stacey
They call me her
They call me Jane
That's not my name
That's not my name
That's not my name
That's not my name
They call me quiet girl
But I'm a riot

Grafite decora paredes de casa

Os grafites saem das ruas e as pinturas deixam as telas e vão direto para as paredes das casas. Essas apostas prometem conferir ar original, personalizado e despojado aos ambientes. Uma opção e tanto para quem quer inovar.
Engana-se quem pensa que o colorido desses trabalhos deve ficar restrito aos quartos de jovens. Pode fazer parte de cozinhas, banheiros, salas. Só depende da preferência individual.
Para evitar erros quando o assunto é excesso, é interessante escolher apenas uma parede, como sugeriu o grafiteiro e artista plástico Marcos Costa, da Bahia. Ele ainda acrescentou a importância de investir em móveis clean, porque não entram em conflito com a obra.
Espaços pequenos podem ficar com aspecto ainda menor com cores vibrantes e muitas informações. Mas isso não os impede de fugir da mesmice. A artista plástica Erica Mizutani, que trabalha com pinturas surreais combinadas a algumas aplicações (miçangas, jornais japoneses), indica detalhes menores e poucas tonalidades.
A parede que servir de base para o grafite ou pintura deve estar lisa e bem pintada. Erica lembra que, se estiver muito porosa, o gasto de tinta é maior, por exemplo.
As criações levam em conta o estilo dos artistas e o desejo dos moradores. O preço do m² varia de R$350 a R$500.

 Fonte: Terra






Notícia requentada: já grafitei meu quarto e alguns outros recintos há eras.
E já tenho mais duas encomendas: tudo na faixa.
Hoeheohoe
... Talvez a novidade seja a cobrança pelo serviço okko
¬¬

Exorcizando Nietzsche IV

O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.
Friedrich Nietzsche 


 

N-na-now th-that that don't kill me
Can only make me stronger
I need you to hurry up now
Cause I can't wait much longer
I know I got to be right now
Cause I can't get much wronger
Man, I've been waiting all night now
That's how long I've been on ya
 

Exorcizando Nietzsche III

Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal.
Friedrich Nietzsche
 
 
 
 
 
 Pouco tempo pode ser demais para quem sabe o que quer xD~

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Exorcizando Nietzsche II

O egoísmo é esta lei da perspectiva do sentimento, 
de acordo com a qual as coisas mais próximas são as maiores e as mais pesadas, 
ao passo que todas as que se afastam diminuem de tamanho e de peso.
Friedrich Nietzsche





Por isso, ama-se mais o que lhe é semelhante do que aquilo que lhe é estranho: é uma outra forma de se amar. O outro coaduna-se com o eu em determinados interesses, reforçando as suas essências e fortalecendo o que são.
O segredo da plenitude relacional é conseguir ver todos os demais não como outros, mas sim como eus diferentes.



Saúde!




riariariariariairiairair

Exorcizando Nietzsche I



Odeio as almas estreitas, sem bálsamo e sem veneno, feitas sem nada de bondade e sem nada de maldade.
Friedrich Nietzsche


Na verdade, penso que só existem aquelas que desconhecem ou mascaram a sua outra face, 
fadando-se ao engano de serem unilaterais.

sábado, 20 de novembro de 2010

AMO cérebros!











LL

  
Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão,
continuaremos a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é necessário ser um.
Fernando Pessoa

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Qto[?]

Nem toda prostituição comercializa perna aberta





  




 

Viva por tudo ou morra por nada

Ontem, conversava com alguns amigos sobre a historicidade pessoal e muitas opiniões foram convergentes, inclusive sobre pessoas que ganham TUDO na vida.
É comum ouvirmos reclamações acerca dos "males da vida", da "horropilante tragédia que é a história de alguém", do quão difícil é superar-se. Mas, quando queremos entender a razão de tão trágica a vida de alguém, encontramos algumas poucas dificuldades como conseguir um computador mais evoluído ou uma roupa que custa mais do que os pais podem pagar ou, ainda, como é difícil encontrar um jeito de se dar bem sem precisar se esforçar.
Respeitamos a subjetividade de cada um que assim já nos reclamou, mas não vemos com bons olhos essa inércia perante a vida porque nós mesmos sabemos o que é ter esperança e fé em nós mesmos. E isso não é difícil, já que a única coisa que precisamos fazer é amar quem nós somos e confiar em nós mesmos - você é praticamente obrigado a se amar e a confiar em ti, sob pena de colapso em sua própria existência.
Muitos, no entanto, dizem que se amam. Mas não se amam, pois pouco se conhecem já que preferem se mascarar por trás da internet e não se esconder do que a vida lhes coloca para seu crescimento como HOMEM e como MULHER. 
Nesse compasso, chegamos a uma conclusão: ingratidão. Ingratidão quanto à vida e e quanto à todos aqueles que estão ao redor dessas pessoas e que são constantemente tachadas de "inúteis". São inúteis porque os ingratos não enxergam a sua própria condição e não veem a valia que tais pessoas têm em sua vida, visto que trabalham somente para o contorno do seu umbigo e não são capazes de ver, realmente, um contexto existencial do grupo em que está inserido. Não, não são egocêntricos, são ingratos cegos que não conseguem ver a necessidades dos outros, nem mesmo de seus próprios pais.
E podemos dizer isso porque já fomos ingratos, já fomos cegos, mas lutamos contra essa condição de escravidão de culpar os outros pelas nossas desgraças aparentes. Vimos que a aparência era formada pela nossa ignorância e nossa pequenez em nos considerarmos mais que todos.
Não, não nos escondemos.
E até ponderamos sobre a gravidade de nossas histórias: será que não foi fácil enfrentarmos a nossa realidade? Não, não foi fácil. Somos pessoas que fomos abusadas quando crianças, negligenciadas sobremaneira pelos pais pela vida, esculachadas por "amigos" (porque não éramos da mesma manada) durante a escola, tachadas como out pelos que se enganam com os prazeres supérfluos da vida, que temos que correr atrás, todo dia, para colocar comida na mesa. Passamos fome para poder comprar livros, tirar fotocópias, transportar-nos. Não ganhamos mamadeira de quem era responsável por nós, ao contrário: ouvimos "corra atrás do que é teu e saia daqui" - isso quando tínhamos alguém para nos dizer alguma coisa. E corremos, ao invés de chorarmos pitangas em uma barra de saia ou calça quaisquer.
Assim, unimo-nos para lutar contra situações que tendam a nos paralisar, principalmente contra circunstâncias colocadas por pessoas que param no tempo, sentam no meio-fio e lamentam porque não receberam um doce naquele dia. Unimo-nos e não vamos ceder a pessoas que ambiciam em nos manter parados na estradas. Ou sigam juntos ou, então, continuem nesse comodismo que justifica o uso de qualquer bengala para se manterem inertes e passivos.
Aprendemos, portanto, a viver e não fugimos do descontrole nem dos obstáculos.
Só não aprendemos a ter paciência com quem não quer lutar, com quem se aliena, com quem demonstra claramente que despreza sua vida e suas dádivas com porras quaisquer.


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Cause we are the ones that wanna play,
always wanna go,
but you never wanna stay,
we are the ones that wanna choose,
always wanna play,
but you never wanna lose.



Te vejo errando e isso não é pecado,
Exceto quando faz outra pessoa sangrar
Te vejo sonhando e isso dá medo
Perdido num mundo que não dá pra entrar
Você está saindo da minha vida
E parece que vai demorar

Cansei de chorar feridas que não se fecham, não se
curam, e essa abstinência uma hora vai passar...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Carta aos meus - por Projota


Vejo um tanto de vidas que vem e que vão, pensava que fosse a morte
Até que vejo que as vidas que são em vão: um sobe e desce de alma sem corpo
Com tanto corpo sem alma aqui só vagando sem direção
[...]
Você escolhe um
Bem, Mal, Fraco, Forte, Com Muito pouco, Nada, Tudo, Ser, Não ser, Morrer, Viver
Ou só fazer peso na terra
Deus te deu arma, não te pediu pra ir pra guerra
Deus te deu alma, Você decide o quanto erra
Não importa qual Deus vocês escolher, mas precisa acreditar em algo
Mesmo que seja em só você

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Espírito independente

Cansada


Algo é fato: presente não é o passado
Tudo de hoje é diferente do de ontem
E tudo pode se fazer novo ou se fazer engodo.
O viver de agora é diferente do de outrora
Mas há a ilusão de que tudo permanece na mesma alusão
Não, não restaa mesma sensação, se analisada lucidamente a percepção.
O chão, molhado pela chuva, seca; a flor, ao murchar, despetala
A noite segue o dia e a fome se sacia.
Planos envolvidos em contextos, corações aos arremessos
Nada se mantém, nada se contém -
O que muitos ignoram e se fazem (com)passivos
Lamentando que não viram o interstício.
Não se vê as horas passarem, não se percebe pensamentos mudarem
Perdem-se em obrigações que, de fato, não existem
E acreditam, ingenuamente, que ainda vivem.











cansada ¬¬

domingo, 14 de novembro de 2010

u n your s2

 

Pois você e seu coração
Não deviam se sentir tão distantes
Você pode escolher o que aceitar
Por que você precisa desmoronar e tornar tão difícil?

Identificação e não-identificação



Ultimamente, venho pensando muito sobre o que faz com que eu me identifique com outra pessoa, sem me impor nenhuma resposta. Apenas tento sentir o que emana das relações que possuo. Além da liberdade de expressão e respeito peculiares, descobri no som que ouvi (e vi) no blog do Shock que a resposta está nitidamente na palavra identificação... mas de quê?

Identificação de alma. É, sim, outro verbete que precisa de delimitação para nosso intelecto, mas que não precisa de uma palavra para os sentimentos e a intuição.

Identificação transcendente a toda explicação lógica, com possíveis similaridades com valores, com objetivos de vida (por mais separados que sejam os caminhos), com jeitos e risadas. Identificação com lágrimas que agora correm aqui por causa do sorriso que nasce da alma mesmo: mais uma vez, faço o refino das minhas vontades e vislumbro o que realmente me faz bem.

A responsabilidade pela vida me faz bem, assim como qualquer atitude para criar condições melhores de cada viver. Identifico-me, pela alma, com quem compartilha desse sentimento... e sinto que os gozadores eternos andam em dimensões diferentes da minha caminhada - e eu não quero nem devo parar para trocar qualquer coisa com eles, pois não me patrocinam nenhuma sorte de evolução para minhas vontades escolhidas lucidamente, todo dia.

Gosto da luta, gosto do conflito dialogado, gosto do esforço e da dedicação. Não crio, contudo, obstáculos para que minha vida seja conflituosa, não. Mas não me embaraço diante de uma barreira: se desnecessária, ignoro-a; se necessária, conquisto-a.

Há alguns consideráveis anos já escolho minhas batalhas com vistas ao que me faz bem. Em retorno, o universo me traz, todo dia, pessoas inabaláveis que compartilham essa mesma ideia. Mas não conversamos sobre; apenas sentimos. E ajudamo-nos. É uma parceira silenciosa, constante e enriquecedora. Se não for assim, eu prefiro ficar longe.

Em algumas ocasiões, no entanto, encontro-me com os gozadores, aqueles que fogem de um obstáculo, que não se impõem perante a vida, que não se constróem nem para si mesmos. Apenas se abandonam ao curso do rio ou param à sua margem para um trago. E só. Gozam a vida. Não são mais, nem menos. Mas diferentes de mim. E sei que não vou acrescê-los em nada; e vice-versa. Mostram-se a não-identificação, o meu oposto.

Mas a existência desses últimos não me abala, mas sim me permite a refinação dos meus intentos.
Mostram o que eu não quero para mim. E, por isso, agradeço.