sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Viva por tudo ou morra por nada

Ontem, conversava com alguns amigos sobre a historicidade pessoal e muitas opiniões foram convergentes, inclusive sobre pessoas que ganham TUDO na vida.
É comum ouvirmos reclamações acerca dos "males da vida", da "horropilante tragédia que é a história de alguém", do quão difícil é superar-se. Mas, quando queremos entender a razão de tão trágica a vida de alguém, encontramos algumas poucas dificuldades como conseguir um computador mais evoluído ou uma roupa que custa mais do que os pais podem pagar ou, ainda, como é difícil encontrar um jeito de se dar bem sem precisar se esforçar.
Respeitamos a subjetividade de cada um que assim já nos reclamou, mas não vemos com bons olhos essa inércia perante a vida porque nós mesmos sabemos o que é ter esperança e fé em nós mesmos. E isso não é difícil, já que a única coisa que precisamos fazer é amar quem nós somos e confiar em nós mesmos - você é praticamente obrigado a se amar e a confiar em ti, sob pena de colapso em sua própria existência.
Muitos, no entanto, dizem que se amam. Mas não se amam, pois pouco se conhecem já que preferem se mascarar por trás da internet e não se esconder do que a vida lhes coloca para seu crescimento como HOMEM e como MULHER. 
Nesse compasso, chegamos a uma conclusão: ingratidão. Ingratidão quanto à vida e e quanto à todos aqueles que estão ao redor dessas pessoas e que são constantemente tachadas de "inúteis". São inúteis porque os ingratos não enxergam a sua própria condição e não veem a valia que tais pessoas têm em sua vida, visto que trabalham somente para o contorno do seu umbigo e não são capazes de ver, realmente, um contexto existencial do grupo em que está inserido. Não, não são egocêntricos, são ingratos cegos que não conseguem ver a necessidades dos outros, nem mesmo de seus próprios pais.
E podemos dizer isso porque já fomos ingratos, já fomos cegos, mas lutamos contra essa condição de escravidão de culpar os outros pelas nossas desgraças aparentes. Vimos que a aparência era formada pela nossa ignorância e nossa pequenez em nos considerarmos mais que todos.
Não, não nos escondemos.
E até ponderamos sobre a gravidade de nossas histórias: será que não foi fácil enfrentarmos a nossa realidade? Não, não foi fácil. Somos pessoas que fomos abusadas quando crianças, negligenciadas sobremaneira pelos pais pela vida, esculachadas por "amigos" (porque não éramos da mesma manada) durante a escola, tachadas como out pelos que se enganam com os prazeres supérfluos da vida, que temos que correr atrás, todo dia, para colocar comida na mesa. Passamos fome para poder comprar livros, tirar fotocópias, transportar-nos. Não ganhamos mamadeira de quem era responsável por nós, ao contrário: ouvimos "corra atrás do que é teu e saia daqui" - isso quando tínhamos alguém para nos dizer alguma coisa. E corremos, ao invés de chorarmos pitangas em uma barra de saia ou calça quaisquer.
Assim, unimo-nos para lutar contra situações que tendam a nos paralisar, principalmente contra circunstâncias colocadas por pessoas que param no tempo, sentam no meio-fio e lamentam porque não receberam um doce naquele dia. Unimo-nos e não vamos ceder a pessoas que ambiciam em nos manter parados na estradas. Ou sigam juntos ou, então, continuem nesse comodismo que justifica o uso de qualquer bengala para se manterem inertes e passivos.
Aprendemos, portanto, a viver e não fugimos do descontrole nem dos obstáculos.
Só não aprendemos a ter paciência com quem não quer lutar, com quem se aliena, com quem demonstra claramente que despreza sua vida e suas dádivas com porras quaisquer.


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Cause we are the ones that wanna play,
always wanna go,
but you never wanna stay,
we are the ones that wanna choose,
always wanna play,
but you never wanna lose.

2 comentários:

  1. ''VIVA POR NADA OU MORRA POR TUDO''
    viva por ganancia,por dinheiro,por consumismo,por que a sociedade diz que voce tem que ser, e nao tenha nada.... ou Morra por tudo aquilo que voce acredita,tem fé,que exige sacrifício,mas que te da algo que nenhum outro modo pode lhe dar... vamos persistir

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