E as coisas aconteceram, não perdi nenhuma chance: algumas delas que me perderam
[...]
Pensa na gente hoje, vê!
Como você chama isso?
Eu chamo de fazer acontecer o compromisso
A luta, vitória, disputa, em memória, conduta, história, não desculpa
Olha, não discuta
Chega de esmola, bituca!
Falta pouco pra nossa glória... então, me escuta:
O contrário me insulta... não éramos nada
E hoje nós somos a história, então vai, desfruta!
Cada um de nós é o melhor em campo, irmão
Cada um é único em campo, portanto, levanta e vai pro jogo
Ou você acha que a oportunidade vai te buscar no banco?
Somos pretos e brancos, os mesmo há tantos anos
Foi difícil sim, mas temos uma voz
E hoje ela fala alto, então, por favor acendam as luzes pra nós
Por mais que as pessoas acreditem em todos os tipos de bens materiais possíveis
Muitas vezes eles são tristes, tristes mesmo com essas parada
O que vocês conquistaram, interiormente?
O que você conquistou, cadê sua luz, cadê sua luz?
Hora de acordar ao despertar... é a luz, famoso dia
É de ter exatamente o que a gente costuma dizer, "foco na missão"
Coração, disciplina, caráter, responsabilidade, muito simples [...]
Você voltar ao começo de você saber, o que te fez estar aqui.
Acendam as Luzes, Mc Rashid
Há tempos venho percebendo que minha identificação se dá com pessoas que lutam, que brilham contra as tendências do "ter" e do "aparentar ser", tão presente na internet atualmente.
Aqui, você aparenta ser muita coisa e, se não se manter sob vigilância, confunde-se.
Confunde-se porque as qualificações que o exaltam aqui dentro são as mesmas que que são pressuposto para sua aceitação. Aqui, você não é igual de fato, igual de direito. Você vive em uma paridade de consumo.
Você está conectado superficialmente com todo mundo, mas não se relaciona verdadeiramente com mais de 5 (!) pessoas - e, ainda, quando se aborrece, apenas fecha a janela, bloqueia a pessoa, exclui alguém de sua rede social. Você não tem intersubjetividade - você não quer se relacionar com ninguém - você quer se relacionar consigo mesmo.
É uma masturbação que não lhe mostra como você é ou ensina sobre si e sobre seu corpo; apenas reafirma o que pensa ser certo e você permanece da sua parca visão restrita por seus limitadíssimos sentidos - que ainda são dominados por mitos culturais de concorrência e lascividade.
Você perde sua liberdade de andar na rua, de viajar, de tocar realmente os outros, em troca da segurança de estar protegido por uma tela, por uma apelido, por uma foto de seu melhor ângulo. Segurança contra o medo de ser rejeitado, contra uma realidade em que não dá para aparentar por muito tempo, pois logo descobrem as falácias que criou para sua aceitação.
Aqui, a ilusão se mantém.
Aqui, a alienação se reforça e se perpetua.
Dentre todos esses códigos binários, encontro-me com raras pessoas que, como eu, lutam pela lucidez frente a tudo isso.
Pessoas que sabem que a cada dia, a cada momento, a cada respirar, são criadores de suas vidas e escolhem, sim, a inércia ou a mudança.
Pessoas vivas, e não zumbis. Que se preocupam.
Não com a porra da roupa da moda ou a música tendencialista do verão - mas se preocupam em melhorar as condições do que ainda insistimos em chamar de vida.
Resistimos, num só caminho.
Aqui, você aparenta ser muita coisa e, se não se manter sob vigilância, confunde-se.
Confunde-se porque as qualificações que o exaltam aqui dentro são as mesmas que que são pressuposto para sua aceitação. Aqui, você não é igual de fato, igual de direito. Você vive em uma paridade de consumo.
Você está conectado superficialmente com todo mundo, mas não se relaciona verdadeiramente com mais de 5 (!) pessoas - e, ainda, quando se aborrece, apenas fecha a janela, bloqueia a pessoa, exclui alguém de sua rede social. Você não tem intersubjetividade - você não quer se relacionar com ninguém - você quer se relacionar consigo mesmo.
É uma masturbação que não lhe mostra como você é ou ensina sobre si e sobre seu corpo; apenas reafirma o que pensa ser certo e você permanece da sua parca visão restrita por seus limitadíssimos sentidos - que ainda são dominados por mitos culturais de concorrência e lascividade.
Você perde sua liberdade de andar na rua, de viajar, de tocar realmente os outros, em troca da segurança de estar protegido por uma tela, por uma apelido, por uma foto de seu melhor ângulo. Segurança contra o medo de ser rejeitado, contra uma realidade em que não dá para aparentar por muito tempo, pois logo descobrem as falácias que criou para sua aceitação.
Aqui, a ilusão se mantém.
Aqui, a alienação se reforça e se perpetua.
Dentre todos esses códigos binários, encontro-me com raras pessoas que, como eu, lutam pela lucidez frente a tudo isso.
Pessoas que sabem que a cada dia, a cada momento, a cada respirar, são criadores de suas vidas e escolhem, sim, a inércia ou a mudança.
Pessoas vivas, e não zumbis. Que se preocupam.
Não com a porra da roupa da moda ou a música tendencialista do verão - mas se preocupam em melhorar as condições do que ainda insistimos em chamar de vida.
Resistimos, num só caminho.
Grazzi, gostei muito das devaneios (reais e) revoltosos!
ResponderExcluirPessoas que sabem que a cada dia, a cada momento, a cada respirar, são criadores de suas vidas e escolhem, sim, a inércia ou a mudança.
Pessoas vivas, e não zumbis. Que se preocupam. [2]
Beijo e boa semana,
Obrigada, Alexandre
ResponderExcluirPessoas vivas, e não zumbis [2].
É isso mesmo ;)
Bjo e boa semana pra ti tb ;)