sábado, 30 de abril de 2011

Conto de fadas



Perguntaram-me se eu tinha assistido ao casamento. Qual casamento? teria sido a minha resposta imediata se eu já não estivesse entupida de tanta informação sobre príncipes, princesas, vestidos, moda, casamentos, conto de fadas e apensos cuspida e ruminada pela mídia.

Não, não assisti: passei a manhã em oficinas de pintura e lataria fazendo o orçamento para consertar o carro.

E, possivelmente, se não tivesse esse compromisso de inopino, teria passado fazendo outras coisas mais reais do que assistir ao casamento.

Também não quero saber do vestido azul marinho, turquesa, mar, céu, nublado e chuva que está bombando nas lojas e nas revistas de moda. Moda é tendência; tendência passa; o que passa assim rápido demais (ainda mais por ser manipulado pelo sistema político-econômico, mas econômico do que político) não deixa frutos; o que não deixa frutos, não deixa aprendizado; o que não deixa aprendizado, não aprimora o crescimento humano. O que eu gosto, eu gosto, como o xadrez - mas não porque está na moda, mas porque eu gosto. Um mínimo de bom senso: se o xadrez estivesse enquadrado () como ridículo e isso representasse minha exclusão social, eu não usaria - afinal de contas, sempre há algum tipo de prostituição troca pela aceitação ou, no mínimo, tolerância.



E eu não gosto de azul marinho, globo, marquesa ou dúbio. Não me cai bem. Fico com cara de doente. E mesmo que ficasse bem, não gosto - me lembra os uniformes escolares da escola pública que estudei no ensino fundamental. Passado. Passado é passado, não se recicla, não se renova, não se torna presente ().

Também não quero namorar, casar, flertar ou o que quer que seja com nenhum príncipe. Muita segurança, provavelmente muito ego, muito mimimis de etiqueta da era das trevas, eu nem ia poder encostar no rapaz, nem abraçá-lo ou beijá-lo, nem vê-lo a qualquer momento - compromisso a ser marcado com uma antecedência dos dermatologistas ou dos oftalmologistas: seis meses e, no caso de alguém desmarcar a consulta, três meses. Não, obrigada. O feeling de um relacionamento pertence ao presente ou a um presente próximo (equivalente a um futuro não distante), não para um futuro longíquo, incerto e eventual. E o belo trato humano é tão simples, é tão sutil, se despido das regras absurdas que muitos insistem em perpetuar.

Participar da realeza? Tudo construção nossa, meus queridos. Tudo invenção humana, convenções sociais, estereótipos hierárquicos. Todos já participamos de uma realeza e a maioria de nós prefere mendigar ou se iludir com a vida dos outros.



Entendo o sonho, a utopia, a fantasia das pessoas. Tudo bem. Não vou julgar ninguém, não (ainda não sou paga para isso, hohoho). Só não me vejo projetando uma vida que não condiz com a minha, pois, enquanto eu estivesse viajando na Europa, minha vida está aqui ardendo por mim, convidando-me para dançar um ritmo único, o meu ritmo, o nosso ritmo, dizendo-me para ajudar a fazer a batida que representa o core, que representa a respiração humana, que desvenda a simplicidade do que é estar vivo em si.

Conto de fadas, vestida de azul marinho e com um príncipe monótono e metido à perfeição (e envenenado pela etiqueta e pelo perfeccionismo)?
Não, não quero.
Conto de fadas* é curto demais para toda a profundidade existencial que sinto e que quero experienciar cada vez mais, juntamente com uma infinita paleta de cores (e sombras e batons e vestidos e tudo que puder) e com o cara que não tenha problemas em ser imperfeito. 

own

*E correr um risco de beijar um sapo que vira um sapo-boi ou um boi?
Não, to fora!

FLASH MOB - Dia Mundial da Dança - 29 de Maio

Tanananammmmmm!!!

O encerramento do Dia Mundial da Dança (29/04), em Joinville/SC, foi incrivelmente espetacular.
Dentre toda a programação feita pelo Instituto de Dança de Joinville, estava a "ação supresa", às 21h, na Rua Visconde de Taunay - também conhecida como Via Gastronômica.

A ação surpresa consistiu em um FlashMob, que reuniu bailarinos das mais diversas companhias e grupos de dança, com a intenção de provocar as pessoas que estavam na localidade a participar da dança. E assim foi feito:

Agreguei-me ao pessoal do Cultura Urbana, grupo de dança de Joinville/SC que se dedica à Dança de Rua desde 2005 e que é capitaneado por Jackson Pinheiro, o qual, por sua vez, é namorado da minha querida Karla Moura, companheira de todos os dias no Poder Judiciário (exceto os dias de prova e os de reunião na UFSC, hehe), que também é integrante do Cultura Urbana e vai, inclusive, apresentar o único solo feminino de Dança de Rua na Seletiva do Festival de Dança deste ano *-*


Eu e a Karla

Ponto de partida: Hotel Tannenholf. No início, a quantidade dos participantes era miada; mas, aos poucos, o pessoal foi chegando e dando corpo à programação.






A Karla já tinha me passado as instruções básicas do que aconteceria e mais detalhes foram dados por uma das organizadoras:



Separamo-nos alguns da galera e fomos para o primeiro ponto de encontro do Flash Mob:

Artur, dando uma de sério, e as meninas do Cultura Urbana

O carro de som, então, chegou perto e, quando eu vi, eu já estava lá no meio - razão pela qual não tenho vídeos do FlashMob (o que, possivelmente, passará na televisão e logo na internet) e as fotos estarem tão tremidinhas, hehe :D





Em cerca de 40 minutos, percorremos o trajeto Hotel Tannenholf até o semáforo do 62º Batalhão de Infantaria:


Nesse trajeto, além das pessoas que dançavam na calçada, muitas vieram conosco. Vi uma menina do meu lado dizendo para a mãe como era para fazer, garotas que saíram do trabalho e seguiram o movimento, divertindo-se, rapaziada que estava fazendo esquenta nos bares e dançando Macarena. MUITO DIVERTIDO!!!

Mas, para os bailarinos, não acabou por aí: Coquetel na Sociedade Lírica para comemorar o FlashMob. Após caronas, ligações para mães para permissão (algumas das meninas são menores) e guarda-volumes no carro, chegamos e fomos recebidos com colares de havaina (Festa Havaina?) e prendedores de crachás:



Mesa de salgados, de frutas, bebida à vontade e... MÚSICA!!!
Novamente, como já sabem os que me conhecem*, não pude tirar muitas fotos porque, literalmente, me acabei de dançar!


Junta um grupo de bailarinos, não dá outra: já se abre a roda! 





Sertanejo, House, HipHop, Pagode, Funk, FlashBack (um só já estava bom, né? ¬¬): balada perfeita!
Só para ter noção, compara-se um antes e um depois, hehe:



Só faltou tirar foto da galera toda :~
Mas, oportunidade, não vai faltar, já que outros FlashMob's estão sendo programados xD

Agradecimentos à Karlaaa *-* e ao pessoal do Cultura Urbana, superqueridos e divertidos!

Espetáculo de encerramento do Grupo Cultura Urbana no ano de 2010.



* Para quem não me conhece, fui participante de grupos de dança de HipHop e de Axé e Funk.
No HipHop, participei do Chhai (mas não me apresentei pelo grupo - a profissão me chamou antes :P), dancei com o Kohen e ministérios de dança, especialmente junto com o Shock (que participa deste blog também). Cheguei a encabeçar um ministério e dar aulas em uma escola pública. No Axé e Funk, participei do grupo Filhos da Terra (com apresentações no festival, mas somente nos palcos externos). Dei aula das modalidades, também. Tudo isso institucionalizado desde 2000. Antes, dançava na frente do espelho (fazendo minha mãe ter piripaques porque arranhava todo o assoalho, HE HE HE) e fazia apresentações com amigos durante as férias, nas praias. Por ora, quero muito aprender a sambar "junto" :D

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dança, dança, dança /o/ /o/ /o/


HOJE É O DIA MUNDIAL DA DANÇA!!!
UOO UOO, UOO UOOO!!!

Lembrando que, em Joinville, haverá ação surpresa, com a presença do Genealogia do Caos, na Rua Visconde de Taunay, próximo ao Hotel Tannenholf, a partir das 21h!

Isso se não chover, claro ¬¬²³

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Eu ainda me surpreendo...

Aee!!
A partir de hoje, contamos com a participação de uma pessoa que me é muito querida e que fez e faz toda a diferença na minha vida: uma amiga-irmã que ainda não encontrou um apelido para identificar-se (ela é muito famosa e sua participação aqui poderá causar alvoroços, inclusive instabilidade nos índices financeiros!).
Sempre que seu coração palpitar mais forte e sua mãe gesticular com isso, ela nos concederá um texto cheio de graça e autenticidade, assim como ela :D
Então, chega de mimimis e vamos ao primeiro:

Eu ainda me surpreendo...


No começo, tudo são flores margaridas, lindas, cuti-cutizinhas, que a gente olha admirado e quase vomita um arco-íris. Contemplando a beleza numa coisinha tão pequenininha, que antes nem dávamos tanta importância, acabamos descobrindo que os pequenos detalhes, como aquela pétala tortinha, queimadinha, fazem, sim, a diferença.

Pois bem, caros e caras leitoras (ninguém vai ler isso aqui ¬¬)... Sinto em lhes dizer: nossos romances são uma margarida! Por quê? Porque nós também murchamos!

Falamos tanto do amor, o amor é isso, o amor é aquilo, e tem aqueles que até de certa formam o ignoram, às vezes por falta de tempo, às vezes por já estarem acostumados com aquele ser que está ao seu lado, assim como ignoram um jardim imenso, lindo, florido...

Você para na fila, no seu ônibus, com o seu carro, ou com sua magrela, mas tem tanta coisa pra fazer, ou você está entretido ouvindo uma música no seu I Phone ou no meu MP 589 que nem olha o jardim ali fora. (Captaram a mensagem né? Hoje eu não tô muito pra explicar).

E quando tudo isso murcha? Sabe como você descobre? Você liga pro seu amor, pro(a) seu(a) neném, pro seu picurrucho (a), depois de alguns minutinhos de conversa, você fala com aquela voz cheia de manha “tá amor, vou desligar, não quero atrapalhar você” e do outro lado ouve-se um seco “TÁ”... PUTAQUEOPARIU!!! Isso é praticamente uma facada no seu abdômen, e cadê aquele “você nunca me atrapalha meu amor”. É MENTIRA, você atrapalha sim! E quando você ligava pra ele (a), o telefone só tocava uma vez, e do outro lado “Oiii, minha (o) lindaaa (o)”.

Agora, o que acontece? O telefone toca... toca... toca... e NADA! Só depois de algumas horas ele (a) te retorna, SE retornar, isso é uma PUTA FALTA DE SACANAGEM! E quando você entrava no msn, Orkut, facebook, doidinhaa (o) pra que ele (a) estivesse on line, sim, ele (a) ainda está on line, mas solta aquela preciosa “só um pouquinho amor, tô jogando“, chama de amor pra dizer que está jogando?!

VAI COM O AMOR PARA CASA DO CARALHO! Fala sério! E quando volta dizendo que pode falar, cadê o santo assunto? SUMIU, assim como aquelas coisas que ele (a) dizia de querer casar, de que você era a mulher/homem da vida dele/dela, você coloca as mãos na cabeça, olha pro chão, estufa o peito e diz AGORA FOODEU!!! "O que aconteceu?”. Foram pequenos detalhes que se perderam, a florzinha linda murchou.

CALMA, NÃO SE DESESPERE, se você acha que a florzinha embora por fora tenha murchado, por falta de cuidado, deixou de colocar água, ela não pegou um solzinho, o vaso já está muito pequeno, mas você sabe que a raiz ainda está forte, e ela ainda tem bastante força pra (sobreviver), não dê a “causa” como perdida não, vá atrás de um espaço melhor, de um lugar com mais sol, com mais água, e podes crer que o tempo faz com a nova mudinha fique ainda mais bonita.

Mas se você acha que sua florzinha secou de vez, um conselho, cara amiga, caro amigo: procure outro jardim, existem flores lindas espalhadas por aí.

Até a próxima ;)



Caos revolts - Batida


Dia de chuva.
Rua de mão única. Duas pistas.
Eu trafegava na pista esquerda, para convergir à esquerda na bifurcação logo à frente.
O cara de moto, um pouco à minha frente, na pista direita.

De repente ele dá pisca.
Penso, pela lógica da via: ele vai convergir junto comigo, mas continuar na pista da direita.
Engano crasso: o intuito dele era convergir numa ruazinha à esquerda, antes da bifurcação.

Sim, você está lendo certo: da pista da direita, ele queria convergir cegamente para a ruazinha, anterior à bifurcação, à esquerda.

E, de fato, foi o que ele tentou fazer!
Resultado: bateu com tudo na lateral direita do meu carro, afundando e arranhando quase toda a sua extensão.
Durante a batida, que agora ecooa dentro de mim em formato slow, freei o mais que pude, fazendo o carro derrapar, quase batendo em outros carros e numa árvore.

Nesses momentos, não choro. Como já me falaram, consigo permanecer o mais fria possível.
Deixei o carro como estava, liguei o pisca-alerta, saí do carro e fui até o motociclista.
Um homem de seus 50 anos. De chinelo. Carregando uma CPU.
A primeira coisa que pergunto:
"Como é que tu me dá uma dessa?", oras, visivelmente o cara parecia querer se matar.
E depois:
"O senhor está bem?"
Ele nem me responde; simplesmente se levanta, levanta a moto e a leva até a calçada.
Enquanto isso, eu olhava a extensão do dano:
"Puta que o pariu!!! Lá vou eu pro martelinho..."
Perguntei de novo se ele estava bem e, novamente, ele me ignorou e apenas olhou para a mão, que sangrava por causa de um arranhão.
"Beleza", pensei, "ele quer dar uma de indiferente, eu que não vou ignorar isso". Fui até o carro, anotei a placa da moto, voltei até a calçada e disse:
"Olha, como a gente pode fazer isso? Eu tenho um compromisso agora e não posso me atrasar e não pretendo chamar a polícia..."
E ele, com a cara mais lavada do mundo:
"Eu não vou pagar nada. Se quiser chamar a polícia, chama. Eu vou dizer que tu que me cortou a frente"

Puta que o pariu! Puta que o pariu!
Acredita nisso?
E eu:
"Ok, vamos fazer um b.o., então".
Naquele momento, estava me fodendo para qualquer compromisso. O cara quer ser um pilantrão e não arcar com as consequências, ótimo! Se não é uma pessoa que se responsabiliza pelos seus atos, há quem o force a fazer isso, além da vida.

Veio polícia, foi feito o b.o.
"Se vocês não entrarem num acordo, vão ter que pegar o b.o. lá não sei onde e pagar R$35 ao cofres públicos", disse o policial.
Poderíamos até compensar os danos, mesmo a responsabilidade sendo dele. Ele quebrou só o espelhinho e arranhou o tanque. Arrumar a moto é barato; eu já tive duas e sei como é.
Mas vi, desde o início, que o cara ficou carrancudo e nem dava brecha para uma conversa.
Eu me limitei a agradecer os policiais.
Nem olhei mais pro cara. Em casos assim, não adianta bater boca ou tentar entrar num consenso.
Fui embora.

Fiz o que tinha que fazer e, voltando para a cara, aquela pontada... agora, sim, eu choro.
Não tanto pelo prejuízo, mas pela canalhice desses filhos da puta que colocam a culpa de seus erros nos outros.
Chorei de raiva... e estou chorando ainda.
E choro de raiva por todos que conheço que dão uma desculpa esfarrapada por não assumirem seus atos.

É muito fácil dizer que os outros que cortam a frente, né?
Diz que a culpa é do sofá, diz que a culpa é da chuva, é da moça no carro, é do pisca, é de Deus, é do caralho a quatro!
Mas a tua incapacidade de ser honesto e tua falta de caráter tu não enxerga!!!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Merece Post I - "Mulheres Poderosas?!"


Carol:
Hoje em dia é muito difícil encontrar pessoas - homens, no nosso caso - que prezem um relacionamento saudável, equilibrado, em que há reciprocidade de sentimento sem a malícia de querer estar no comando, de querer mostrar pros coleguinhas que tem seu parceiro nas mãos... As pessoas parece que têm medo de expressar o que sentem, como se isso fosse fazer seu parceiro rir da sua cara e as esnobar, pelo simples fato de terem "dado moral" a ele demonstrando seu afeto. Ambos sempre têm que se garantir, ser o mais independentes possível e viver de joguinhos e encenações para segurar uma relação.
A insegurança reina no coração destes trouxas.

Grazielly AB:
É, Carol, como minha sábia mãe diz: os homens de hoje em dia correpondem às mulheres de hoje e dia e vice-versa.
A grande maioria das pessoas é insegura - até mesmo nós somos em determinados momentos.
A diferença está no que se faz diante da insegurança: coloca-se o outro como culpado e apodera-se, então, dele; ou abre-se a um questionamento interno, vendo que insegurança está dentro de si, e parte-se para uma solução.
Infelizmente, a insegurança se mantém porque é mais fácil apontar o defeito no outro (e querer manipulá-lo e colocá-lo numa prisão) do que olhar para si próprio.
E ainda há os que olham para si próprio e não fazem nada... (sem comentários ¬¬)
Num relacionamento, como ao que nos referimos, já há a necessidade de que uma pessoa externe comportamento de segurança para a outra, a fim de que sejam confirmadas as afirmações que mantém a relação. Mas, antes disso, cada pessoa precisa estar segura de si, ciente de que merece ser amada e que não precisa ser "poderosa" para dominar o outro: o parceiro deve estar ao seu lado por vontade própria, e não manipulação.
Se a pessoa já é insegura consigo mesma e entra num relacionamento, vai projetar sua insegurança na outra pessoa. Por isso que existem tantos relacionamentos que são um inferno e outros tantos que são só fantasia.

A tempo:
Crônica falada de Cínthya Verri, que discorre sobre a facilidade da responsabilização dos erros no outro.





Do blog BoucheVille.

Mulheres Poderosas?!


Uma amiga emprestou-me o livro "Por que os homens amam as mulheres poderosas?", de Sherry Argov. É da classificação autoajuda e correlatos.

O empréstimo foi uma forma de agradecimento por ajudá-la a superar uma fase difícil. Ela disse que o livro não serviria para mim, mas que eu riria deveras.

Particularmente, aprecio os livros que tem o objetivo de upar a autoestima de quem quer que seja, mas não entendo os que se utilizam do menosprezo como um modo de ajuda do leitor!

Nesse livro, dividido em "Princípios da Atração", há umas sacadas ótimas como:

"Quando você está com uma mulher que exige que você faça um relatório sobre como foi o seu dia, a sensação é de ter que bater ponto. É uma esfriada instantânea."

Identifiquei-me com essa, dentre outras, porque detesto dar relatório do meu dia (prefiro dizer "foi ótimo e o seu?" ) e sei muito bem o que é alguém querer se fazer de "querido diário" para que eu discorra sobre minha jornada.

Mas há umas pérolas do tipo:

"Deixe-o pensar que ele tem o cntrole. Automativamente, ele fará o que você deseja, pois vai querer sempre que você o veja como um 'rei'";
"Quando você cuida do ego do homem delicadamente, ele não tenta assumir o poder de maneira agressiva";
"Quando você se mostra mais suave e feminina, desperta nele o instinto protetor. Quando se mostra mais agressiva, desperta nele o instinto competidor"

E tantas outras dessas de que se extrai o seguinte: manipulem os homens porque eles são condicionados pelo hábito e seus pensamentos não são inteligentes.

Com exceção de um ou outro de que se sabe que tais comportamentos surtiriam efeito, eu me nego a crer que essa espécie de lição seja regra geral. Oras bolas: tratar o parceiro como se fosse uma ameba moldável, fazê-lo pensar que está "no controle" só para manipulá-lo, transformar-se só para ele pensar A ou B da mulher??

Eu me nego!!

Se for uma ameba moldável, desculpe, mas é ameba e não um homem;
Se o cara quer estar no controle, arranje-lhe um game ou uma televisão e caia fora:
relacionamento é equilíbrio, e não jogo de hierarquia;
Se for para transformar-se, que seja por si mesma
- caso contrário a transformação não é verdadeira.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dia Mundial da Dança - 29 de Maio



Programação especial em diversos lugares de Joinville/SC,
planejada pelo Instituto Festival de Dança de Joinville (Informações 47 3423-1010)


Programação

1. Lançamento do projeto “Casa da Cultura FRJ – espaço de memórias e construção de identidade, construção de identidades”
Local: Casa da Cultura
Horário: 9h

2. “Invasão dos Ritmos” – Dança em diversos locais públicos e horários durante o dia.

3. 7ª Noite Cultural
Local: Teatro Juarez Machado
Horário: 19h30

4. Ação surpresa - com a presença do Genealogia do Caos :D
Local: Rua Visconde de Taunay, próximo ao Hotel Tannenholf
Horário: 21h

A sua projeção não é responsabilidade minha, então não reflita em mim suas ansiedades e apegos porque eu me afasto com isso.

Outrora já fechei minha clínica terapêutica, em que promovia uma análise existencial completa, mas falha: esse exame só pode ser feito pela própria existência, não por outra. Essa análise só é efetiva se feita por quem sente a sua própria necessidade, não por mim - pois tendo a respeitar a liberdade e a não enfiar nenhuma "verdade" goela abaixo.

Depois de uma certa ampliação de consciência, parece que vejo tais projeções como tentáculos tentando me agarrar para que eu me torne a vontade alheia. Agradeço imensamente por ter essa espécie de visão - por mais que as reações me custem muitos relacionamentos temporários, mas só me satisfaço com relações duradouras.

A qualidade temporária é típica do laço em que não se respeitam as existências, já que uma interfere e prejudicial ou maliciosamente na outra. Não adianta negar: não há como se preencher do outro sem a reciprocidade. E, para a reciprocidade, faz-se necessária o seu autopreenchimento.

Não ambicie, portanto, preencher-se de mim relacionalmente se não puder dizer que sabe preencher-se de si próprio.

Quem não sabe brincar com os próprios brinquedos,
vai acabar depredando os brinquedos dos amiguinhos.

Truques de Maquiagem, Beeeee

Eu não tenho muita frescura para maquiagem, mas vale assistir só pela diversão, heoheohehoehoe
:D



Daqui

xD



Ame a si mesmo, ame imensamente, e nesse mesmo amor, seu orgulho, seu ego e todas essas tolices desaparecerão. E, quando desaparecerem, seu amor começará a alcançar outras pessoas. E não será um relacionamento, mas um compartilhar. Ele não será um relacionamento objeto/sujeito, mas um fundir-se, um unir-se. Ele não será febril, e sim, uma serena paixão. Ele será, ao mesmo tempo, quente e frio. Ele lhe dará o primeiro sabor da paradoxalidade da vida.

Osho - Amor, Liberdade e Solitude

segunda-feira, 25 de abril de 2011

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Às vezes, peguei-me numa torrente de raiva e de arrependimento e questionei-me o quanto pude fazer tanto por ti. Nas muitas vezes em que agia, não tinha certeza se teria a sua correspondência ou se seria surpreendida por algo incrivelmente inesperado. Mesmo diante dessa instabilidade, eu agia porque eu conseguia enxergar uma bondade estupenda dentro de ti, uma bondade que, como tu próprio dizias, só tu consegues ver isso... ninguém mais.

Na maioria das vezes em que eu me voltava para ti e não sentia nenhuma reciprocidade, eu ficava feliz pelo simples fato de poder manifestar meus sentimentos, que estavam tão represados e eram tantos! E ainda pensava que estava expressando minha essência a alguém que precisaria de um exemplo de como é bom ser bom, de como é bom amar, de como é bom viver.

Tu me disseste, em diversas ocasiões, como eu era uma luz para a sua escuridão. E eu sorria, feliz por essa complementariedade.

Mas sempre avisei que não era perfeita, que eu tinha meus momentos de sombra, que eu poderia, em algum dia, conflitar contigo... mas resolvermos o impasse, deveríamos, então, dialogar para chegarmos a um consenso - o que tu adoravas fazer, não para a solução de algo, mas para a ostentação do seu ego retórico.

Sim, aos poucos essa luz que tu falavas que te iluminava para ti mesmo começou e a te iluminar para mim. Percebi seu tal ego e, ainda assim, permanecia na paciência de te dizer que tais comportamentos minariam o nosso relacionamento. E ainda explicava as razões. E ainda mostrava o quanto é possível ser sincero e que eu, por mais raro que seja, consigo entender a maioria da sinceridade sem levar para o lado pessoal. Eu não me sentiria ofendida, de forma alguma.

Tu assentias, como que entendendo. Entendia, mas o abismo já estava cavado.

Tu fizeste de ti um espelho para mim: tudo que eu gostava, tu refletias. Tudo que me agradava era dado por ti. Mesmo nos momentos de não-reciprocidade instantânea, no outro final de semana havia uma correspondência afetiva. Tu me adoravas e estavas sempre me mostrando o que de mim era louvável.

Mas eu não queria me ver: eu queria te ver. E forcei a retirada do espelho.

Eu vi a profundidade de um buraco-negro... não sei se ali já fora uma estrela que, agora, faz o papel de sugar tudo ao seu redor; ou talvez já tenha nascido em escuridão. Não sei. Só sei que eu via, agora, para onde minha energia tinha ido; percebi porque essa luz tão querida por ti nunca era suficiente para nos entendermos: ela não era suficiente diante de sua sombra.

Uma sombra que copiaria as verdades mais convenientes observadas nos outros. Uma sombra que, de tão forte, minaria a luz delicada e a luz densa.

Mas como...? Perguntava-me incessantemente... até que juntei os pedaços desse tempo: quem precisaria de um exemplo de como é bom ser bom, de como é bom amar, de como é bom viver? Quem anularia o seu ser para ser copiar o ser de outrem, fazendo-o entrar numa espiral de ilusão e fantasia? Quem usaria as fraquezas do outro para se vangloriar e ganhar um debate? Quem justificaria seus atos inúteis e os maldosos com um fundo de bem?

Depois de compilar todos esses significados, entendi que fui visitada pelo demônio. E era impossível eu iluminá-lo, não era ele que deveria ser o cerne da relação para mim, mas sim eu mesma. Eu veria, então, como é viver em sombras para, ao sair novamente à luminosidade, enxergar coisas importantes que me passaram despercebidas.

A partir disso, senti uma luz imensa que refinou toda a minha existência e, de repente, explicações jorraram do meu coração. E a mais importante delas foi a que não foi a primeira vez que eu senti a escuridão.

Tu, que te sentes tão diferente e te vanglorias por isso, mal sabes que és somente uma parte de um todo que nega a vida - um todo de tantos iguais e dissimulados. Não foi a primeira vez que senti um de vocês; mas foi a primeira vez que os abandonei de uma forma tão suave.

Então, não mais senti raiva, pois isso seria um modo de te deixar ainda perto de mim - assim como foram as vezes em que eu entrei em contato contigo: eu estava com raiva, não de ti, mas de mim.
Percebi, de repente, que a autorraiva é uma autossabotagem e se autossabotar é ser como tu és.

Então, compreendi-me. E não mais me arrependi: independente do destinatário, o que fiz foi manifestação do que eu sou.

Com isso, senti alegria... e te afastei de mim.

sábado, 23 de abril de 2011

Expresse Yourself

Que Barbie ou Xuxa ¬¬
Infância boa para mim é a regada de Madonna e Expresse Yourself



Que Britney Spears ou Patricinha da Beverlly Hills ¬¬
Adolescência boa para mim é a inspirada por Madonna e Don't Tell Me



Que vazio existencial ou apatia ou falta de historicidade ¬¬
Vida boa é a que contou com bons ânimos em sua construção e a que não de satisfaz com estagnação
 
Tell me love isn't true
It's just something that we do
Tell me everything I'm not
But please don't tell me to stop

Caos masculino I*: bonzinho x malvadinha

* pelo mesmo motivo do anterior



Ato I

Ele I:
- Olá, moças! Eu estava pensando se poderíamos jogar com vocês... vai ser um jogo legal... (jogada de cabelo para a direita).
Ela:
- Olha, agradecemos o convite (para não dizer "quanta autoestima a sua em se promover um autoconvite!"), mas viemos aqui para relaxar, para nos divertir entre nós (para não dizer: não estamos a fim de conhecer ninguém, ainda mais com essa petulância toda)... comemorar a nossa semana e a nossa amizade, sabe?  Então, novamente, obrigada, mas preferimos jogar entre nós mesmas.
Ele I:
- Ah, entendo, entendo... mas qualquer coisa, estamos ali na outra mesa. Mas vocês têm certeza? Nós rachamos a conta...
Ela:
- Oooolha, só, senhor gentil. Não temos problemas nenhum com nossa conta bancária e não somos mulheres que "aceitam um convite" (fazendo gesto de aspas com os dedos) por causa de dinheiro. Obrigada, mas não.

Ato II

- Grazy, aqueles caras ali vão pegar a nossa mesa...
- Capaz, chegamos primeiro: só estamos esperando o garçon...
- Mas eles já estão com o taco na mão e encostados na mesa!
O garçon chega, anota na minha comanda o tempo de abertura da mesa de sinuca. Nesse momento, os caras (outros) interpelam a Fulana:
Ele II:
- Hei, vamos jogar!
Fulana:
- Não, obrigada, preferimos jogar entre conhecidos.
Ele II:
- Ah, mas não seja por isso: meu nome é Beltrano, esse é...
Ela:
- Querido, minha amiga está sendo educada. O que ela quis dizer é que não estamos a fim de conhecer ninguém.
Ele II:
- Ah, mas nós só queremos jogar...
Ela:
- Ah, então se é assim, há outra mesa ali, ó. Bom jogo para vocês :D

Ato III
(o pior, protagonizado por um dos amigos do cara do ato I)

Ele III:
- Oie, gatinhaa...
Ela:
- ¬¬, com licença, você está atrapalhando o meu jogo.
Ele III:
- Opa, desculpa... mas vem cá (chegando bem perto): vamos bolar um jogo entre nós e suas amigas...
Ela:
- Não, obrigada, já dissemos para o seu amigo que não.
Ele III:
- Ah, sério?! (sorriso sedutor de bailão de quinta-feira à tarde)
Ela:
- Sim (nessa hora, já estava até cogitando dar ordem de prisão para esse mané por furto de oxigênio, de tão perto que o cara insistia em ficar... afastei-o com a palma da mão bem aberta (tipo nojinho)). Por favor, senhor, não queremos. Obrigada.
E ele, chato pra krai:
- Ah, mas eu sou bonzinho...

WHAT????

Nessa hora, essa frase ecoou dentro de mim e eu comecei a sentir uma graça enorme com a situação:
- Você é bonzinho: e daí?
Acho que o cara não entendeu:
- Sim, eu sou bonzinho (sorriso idem ibidem).
- Eu perguntei o que me interessa se você é bonzinho ou não? Não estou preocupada com isso. Só não queremos jogar com vocês (ou seja, VAZA!).
E o cara se afasta, achando que arrasou.


Sério: o que está acontecendo?


sexta-feira, 22 de abril de 2011



Huhuhu o//

Caos feminino I* - Insensibilidade à flor da pele

* recomeça a contagem porque eu não lembro em qual parou... e estou com preguiça de procurar.



Ela 1:
Oii Grazy

Ela 2:
Oiee, Fulana
Como estás?

Ela 1:
ain
malzinha
:(

Ela 2:
pq???

Ela 1:
o Sicrano foi agora... anteciparam a viagem dele
foi as 11h da manhã

Ela 2:
¬¬
eu vou te dar uns tapas, guria
heoheoheoheohoe

Ela 1:
pq?

Ela 2:
Primeiro, porque vcs não estavam mais juntos há mais de um mês
Depois, vcs terminaram porque o namoro não dava certo (pq ele era imaturo e talz, como vc falava todo dia) - e não por causa dessa viagem, da qual vc já sabia desde o ano passado
Por fim, o cara tá indo viajar pelo futuro dele... tu tem que ficar é feliz

Ela 1:
Ai, eu sei
:P
Mas dá saudade

Ela 2:
Tu tens é que torcer por ele

Ela 1:
Poxa...

Ela 2:
Não é saudade, é apego
Hashaoshaosoa :P

Ela 1:
É, talvez
...
Vou lá fazer o almoço
Beijo

[OFFLINE]



Acho que fui temporariamente bloqueada...
Hoahsoahsoaoshaoshoahso
Desculpe, mas não falo o que os outros querem ouvir se não for da minha vontade.
xD
Não adianta: não fico alisando inconsistências sentimentais e favorecendo o desânimo e o apego -
ainda mais de amiga... dá licença ¬¬

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Hoje eu posso, hein?!

Sou contrária às desuniões e competições entre humanos, especialmente entre homens e mulheres - inclusive, já postei aqui sobre as maravilhas da união dos gêneros.

Não sou de beber álcool. Não sou de me incomodar por besteira. Não sou de seguir a moda. Não sou de xingamentos.

Mas... gosto de funk (os que são menos obscenos, se isso é possível).

Essa minha incoerência impregnou a letra na mente e a batida no corpo (especialmente porque a ouvi quando estava às vias do término de um relacionamento).

Fazer o quê...
Essa historicidade que me denuncia, hehe.





Ah, quem me dera a dança fosse vista como um prazer em si e não como um meio de pegação...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Hoje, eu me enfrentei.
Aquela menininha que, ao ouvir um chamado mais brusco ou ao temer alguma perda, aflorava, sentia nó na garganta, prendia-me em uma casca e cerceava meus sentidos foi desvendada.
Chamei-a forte e disse-lhe que não precisava ter medo: não tem o que perder, não há sofrimento para antecipar. Há somente experiências que dependem da nossa avaliação para se tornarem boas ou ruins.
Abracei-a.
Ela se acalmou e sorriu e pode voltar à leveza feliz que lhe é característica.

Rumei.




E ainda passei no exame de graduação do kung fu, huhuhuhu \o/


Exigir que alguém tenha caráter não significa a exigência de perfeição.
Pessoas perfeitas não existem. Pessoas com caráter, sim, por mais imperfeitas que sejam.

Pessoas sem caráter existem.
E não são imperfeitas: devem ser desfeitas e refeitas novamente.

Ou são mantidas para servir de exemplo de como não ser.


Que toos estejam livres de sociopatas [2].

terça-feira, 19 de abril de 2011



Subitamente, você vem à superfície e consegue respirar.
Consegue ver o sol, o céu, as aves; ouvir a vida e sentir seu calor e seu convite.
É só parar de tentar e subir, efetivamente.



E como é bom enxergar-se de novo...

Que todos estejam livres de sociopatas.

sábado, 16 de abril de 2011



Não se acostume com o que não o faz feliz: revolte-se sempre que necessário.
Shock aka Marcelo Neves

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Wake Up



Sonhei que postava aqui.
Posto como uma forma de tornar os meus tantos outros sonhos bons em realidade
- porque dos sonhos maus, devemos acordar.



Made a wrong turn, once or twice
Dug my way out, blood and fire, bad decisions...
That's alright...
Mistreated, misplaced, missunderstood
Miss know it, it's all good
It didn't slow me down
Mistaken, always second guessing
Look... I'm still around
Pretty, pretty,
Please don't you ever ever feel like you're less than fucking perfect
Pretty pretty please if you ever ever feel like you're nothing you're fucking perfect
... To me