* pelo mesmo motivo do anterior
Ato I
Ele I:
- Olá, moças! Eu estava pensando se poderíamos jogar com vocês... vai ser um jogo legal... (jogada de cabelo para a direita).
Ela:
- Olha, agradecemos o convite (para não dizer "quanta autoestima a sua em se promover um autoconvite!"), mas viemos aqui para relaxar, para nos divertir entre nós (para não dizer: não estamos a fim de conhecer ninguém, ainda mais com essa petulância toda)... comemorar a nossa semana e a nossa amizade, sabe? Então, novamente, obrigada, mas preferimos jogar entre nós mesmas.
Ele I:
- Ah, entendo, entendo... mas qualquer coisa, estamos ali na outra mesa. Mas vocês têm certeza? Nós rachamos a conta...
Ela:
- Oooolha, só, senhor gentil. Não temos problemas nenhum com nossa conta bancária e não somos mulheres que "aceitam um convite" (fazendo gesto de aspas com os dedos) por causa de dinheiro. Obrigada, mas não.
Ato II
- Grazy, aqueles caras ali vão pegar a nossa mesa...
- Capaz, chegamos primeiro: só estamos esperando o garçon...
- Mas eles já estão com o taco na mão e encostados na mesa!
O garçon chega, anota na minha comanda o tempo de abertura da mesa de sinuca. Nesse momento, os caras (outros) interpelam a Fulana:
Ele II:
- Hei, vamos jogar!
Fulana:
- Não, obrigada, preferimos jogar entre conhecidos.
Ele II:
- Ah, mas não seja por isso: meu nome é Beltrano, esse é...
Ela:
- Querido, minha amiga está sendo educada. O que ela quis dizer é que não estamos a fim de conhecer ninguém.
Ele II:
- Ah, mas nós só queremos jogar...
Ela:
- Ah, então se é assim, há outra mesa ali, ó. Bom jogo para vocês :D
Ato III
(o pior, protagonizado por um dos amigos do cara do ato I)
Ele III:
- Oie, gatinhaa...
Ela:
- ¬¬, com licença, você está atrapalhando o meu jogo.
Ele III:
- Opa, desculpa... mas vem cá (chegando bem perto): vamos bolar um jogo entre nós e suas amigas...
Ela:
- Não, obrigada, já dissemos para o seu amigo que não.
Ele III:
- Ah, sério?! (sorriso sedutor de bailão de quinta-feira à tarde)
Ela:
- Sim (nessa hora, já estava até cogitando dar ordem de prisão para esse mané por furto de oxigênio, de tão perto que o cara insistia em ficar... afastei-o com a palma da mão bem aberta (tipo nojinho)). Por favor, senhor, não queremos. Obrigada.
E ele, chato pra krai:
- Ah, mas eu sou bonzinho...
Nessa hora, essa frase ecoou dentro de mim e eu comecei a sentir uma graça enorme com a situação:
- Você é bonzinho: e daí?
Acho que o cara não entendeu:
- Sim, eu sou bonzinho (sorriso idem ibidem).
- Eu perguntei o que me interessa se você é bonzinho ou não? Não estou preocupada com isso. Só não queremos jogar com vocês (ou seja, VAZA!).
E o cara se afasta, achando que arrasou.
Sério: o que está acontecendo?
Eu na verdade fiquei um pouco revoltado sim... Acho estranho o fato do cara poder chegar e toda mulher pensar que ele quer sair pra fazer sexo... Acho até errado pensar que a pessoa dispensa o cara por se achar a ultima coca do deserto, e pensar que pode conseguir coisa melhor... Não sabe se o cara pode te fazer a pessoa mais feliz do mundo por uma noite ou pelo resto da vida... ok então...
ResponderExcluirFaçamos uma experiencia, então. Proxima vez que sair com sua amiga, leve um papelzinho dizendo, FAVOR NÃO INCOMODAR.