quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Caos "manso" à crítica

Após me considerar um tanto quanto ácida, meu chefe ponderou pela minha prudência e atitude ao me impor perante determinados comportamentos.
Não sei, muitas vezes, como agir - e isso pode me deixar confusa, quando não em silêncio por não saber o que fazer. Mas, em outras ocasiões, especificamente naquelas em que já tenho um posicionamento formado, meu background já me permite agir imediatamente - até que outro pensamento melhor o refute.
Pois bem. As situações abaixo podem não representar nenhuma imposição à minha livre vontade, mas me irritaram sobremaneira. Não pelo questionamento inicial, mas pela sua insistência.


Situação 1 - eu, com uma calça jeans básica, já atrasada para o trabalho:
- Poxa, Grazy, penso que não deverias ir com essa calça...
- Ah, é? Pois olha... respeito a sua opinião, mas eu vou com ela, sim.
- Mas por quê?
- Porque eu quero e não vejo nada demais em ir com ela. Se tu vês algum problema, eu respeito. Eu não vejo nenhum.
- Mas sério mesmo? Vais com ela?
- ¬¬ sim. Deixa que eu cuido do meu layout e do meu armário... eu sei fazer isso há algum tempo, ok?

Situação 2 - eu, com a roupa do treino de kung fu:
- O, Grazielly, coloca a calça mais para cima.
- Por quê?
- Porque fica mais bonito.
- Não, sinto-me confortável assim.
- Ah, mas mais para cima é melhor, tu não achas?
- Não. O que é melhor para ti não é, necessariamente, o melhor para mim.

Situação 3 - eu, que vejo a profissão modelo como qualquer uma:
- Gra, tu nunca tentou ser modelo?
- Huahsuhaushuahsuas! Tá de piada?
- Sério? Já fizeste algum curso, ou book, essas coisas de modelo?
- Não. Respeito toda e qualquer profissão, mas sigo a que tenho dom para isso. Não tenho dom para modeletes.
- Mas por que não tentou? Ou tentou e não deu certo? Por que a minha filha tem uma agência e...
- Nunca tentei e nem tive vontade de tentar. Aliás, com todo o respeito à senhora sua filha, não sou de valorizar (entenda babar) a profissão de modelo. Não vejo uma função social produtiva nela, apenas uma manipulativa de tendências.

Situação 4 - eu, que vejo a profissão de ator como qualquer uma:
- Graaa, por que tu não faz um curso para atuar?
- Porque não me encarno.
- Mas por quê?
- Porque não... aliás, passou a época de eu ter tempinho livre para fazer essas coisas aleatórias que não agreguem à minha profissão.
- Ah, mas isso pode te ajudar na desenvoltura das suas aulas e talz.
- Nãooo, eu já me sinto à vontade o suficiente com os alunos... não preciso de um curso para isso (entenda-se: não preciso fazer caras e bocas para aprender a lidar com seres humanos que têm a aprender comigo).


Situação 5-  eu, com meu celular rosa:
- Hahahahha! Que coisa paty ter celular rosa, Grazy!
- Hmm... por que tu achas isso?
- ... Porque rosa é coisa de guria paty, oras!
- E eu sou paty?
- Não, mas fica sendo, hahaha!
- Hm... e tu achas que eu vou mudar minha personalidade por causa de um celular?
- ... Não...


Olha, pode até ser sem má fé que as pessoas ajam assim, mas eu me canso de me repetir e de me justificar - o que posso fazer só para não ser, de fato, grosseira. Ainda ajo assim porque não sei a razão pela qual as sinto me invadindo de uma forma não convidada. Só por isso.
A eu enxergar que esse tipo de insistência invasiva pode significar um desrespeito. 

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