segunda-feira, 9 de maio de 2011

Frio

Cada lágrima que escorre da minha voz
É minha metade
Metade de mim está em tudo que faço
Ofereço a vocês em milhões de pedaços
De rimas, abraços, olhares profundos
Dias e noites sonhos que vão pra outro mundo
Suspiros, amores, luta, suor e beijos
Tenho fé em tudo que desejo
O que eu quero pra mim quero pra todo universo
Mas todas as minhas lágrimas não cabem num verso...




Com cansaço até na alma, tira-se toda a roupa e deixa-se apenas uma pequena peça ou outra.
Cai-se no macio na cama e aconchega-se, agradecendo por ter um lugar onde dormir.
O sono logo vem, mas não demora muito para o acordar assustado no frio da madrugada.
Precisa-se de proteção, de roupa, de agasalho, até de uma meia. Precisa-se de tudo para conter o frio, que, ali, faz mal e projeta uma doença com espirros e nariz trancado.

Confiou-se na sensação imediata de bem-estar, sem a visualização das consequências, as quais, em algum momento, te jogam na cara o que foi esquecido, o que foi deixado para trás, o que foi negligenciado. Tudo por causa do calor momentâneo e do bem-estar. Ao levantar da cama, contudo, os pés sentem o vazio e a frieza do chão, que estremecem todo o ser: esta é a realidade.
 
 

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