Cheguei cheirosa em casa: Lucky
Priscila espreiou 3 vezes, psi psi psi, no meu braço tatuado. Ela disse que merecia ficar cheiroso porque era muito lindo. Agradeci e sorri bem feliz.
Naquele momento, havia gentilezas de quem olha no olho e está ali com a pessoa. Não foi mais de 10 minutos de interação, mas não vou esquecer Priscila. Ela me olhou e me sorriu. Sabe, de verdade? Antes mesmo de saber meu nome "eu sou a Grazy". "Grazy, prazer".
Lucky era o nome do meu pitbull. Tive que doar antes de me mudar. Várias situações. Mas ele ficou numa casa boa, garanti isso.
Ele era brabão como eu naquela época. Forte, metido a se achar. Um pouco demais para mim, que queria mais interação. Mais olhar, que hoje tenho da Lindinha. Nem sempre as coisas são como a gente quer.
Ultimamente, tenho aprendido a lidar muito com frustrações. Sei meus limites. Aprendi a vê-los depois de muito meltdown. Ansiedade. Daquelas brabas, sabe? Questão de saúde mental. Precisei dizer não a muita coisa. Mas sempre cedendo em algo. Mas não mais.
Com limites, as interações diminuem. E muito. Os olhares. A atenção cuidadosa. O "deixa eu te deixar cheirosa" também.
Mas hoje eu tive um pouco disso.
Lucky.
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