Sabe, há um Estado paralelo respirando aqui, uma organização sistematizada com princípios, regras, hierarquia, tributos, juramentos. Um Estado tangencial, com membros e soldados que acreditam na sua fé e rezam, piamente que são devotos a uma causa justa e mais humana. O Estado tem território, tem população, tem supremacia sobre parte do poder que ainda o contém, mas que com ele negocia, que é o poder do Estado instituído.
O Estado paralelo luta contra esse Estado instituído, que, por sua vez, também defende ideais mais justos e acoplados à dignidade da pessoa humana.
Ainda, há um outro Estado convivendo e se retroalimentando dentro do próprio Estado instituído, que é o Estado da Política Socializada, em que as trocas de favores são constantes, onde impera a lei do "deixa baixo" e a resignação à ilusória realidade de que o sistema funciona como um relógio. Mentira: reina, nele, a regra do menor esforço (só para evitar a fadiga).
São conhecedores os membros do Estado paralelo da ineficácia e falácia do Estado instituído e de seu parasita politicante para investir são fortemente contra ele e para ser capaz de dar a própria vida à causa? Ou apenas labutam em causa hedonista e por amor à crítica pela crítica?
A prática instituída que se ilude e acredita no controle da prática real.
Ai daqueles que sabem que o controle social está aquém de sua função.
A teoria que se ilude, pensando que questionar a prática instituída é a solução - sendo que é na real onde estão os problemas.
Há algum tempo, notei o que contagia:
não preciso da constante enceração de ego;
preciso de uma causa maior que minha própria vida.
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