E ainda continuamos assim.
O que interessa é o conveniente. Tudo que o extrapola, entenda-se como toda a liberdade de expressão, é indiferente.
O conveniente é o padrão de benefícios que são oferecidos pela presença ou distância e, assim, tornam-se invisíveis todas as possibilidades e escolhas advindas da riqueza de ser a plenitude, e não de simplesmente parecer o que querem.
Por consequência, surge a tendência de enquadramento ao conveniente, a limitação da própria essência a tal conveniência. E isso é brutal: um dia, simplesmente, acorda-se e não se acha mais. Sua identificação só existe na conveniência, sua especialidade só remanesce no que for condescendente.
É em estado latente e marginal que se potencializa a vontade de existir mais, dançando, rindo, na observação, na prática. É nessa marginalidade em que se encontra a necessidade de identificação: nossa identidade sedimenta-se no outro... e em qual outro poderá se dar o potencial que, agora, é invisível?
O identificável de agora é limitado: diversão, cheiro, aconchego, suposições que carecem de esperança, interesse passivo. Mas há muito mais disso e diverso que surpreende pela necessidade de espelho: apreciação instantâneo e duradoura, conversas e tempo de qualidade, interesse ativo, esperanças iluminadas e solidárias aos desejos.
Há muito mais já invisível do que conveniente. Há muito mais já perdido do que o que se tenta, às custas da identidade, manter em salvação.
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