sábado, 17 de julho de 2010

Carta a poucos: breve despedida explicativa


Meus caos não denunciam pessoas; afetam comportamentos.
Não critico a humanidade do ser humano; critico posicionamentos que o afastam de sua riqueza complexa, que alienam, que destroem e magoam.

Meus caos são, na maioria das vezes, indignação de alguma atitude incongruente, ineficaz, arbitrária e/ou impositiva. Indignação contra atitudes. Não contra pessoas.

Ao contrário. Amo pessoas, amo quem me faz os caos, amo os que representam, em sua unidade e diversidade, a espécie humana. Amo porque sou uma delas - e, não fugindo da natureza egoísta (como diria Nietzsche), sou a seu favor porque me interessa. Óbvio. Não repudio seres humanos. Repudio comportamentos (diante da minha conveniência).

Sou grata e feliz por todos que estão comigo, que estiveram, que virão, que nem lembro.

E essa proximidade, devo ressaltar, não é/foi só determinada por mim - já forcei muitas aproximações e desviei do meu curso de experiência útil. Vi que é melhor seguir o meu caminho e, quem aparecer, será mui bem-vindo - quem não, seria mui bem-vindo. Achei mais prudente respeitar cada caminho: o meu e o seu.

Se não estamos por perto, não é porque fui contra ti: é porque tu tens um caminho e eu, outro. E, possivelmente, isso foi percebido em um dos meus caos: alguns posicionamentos fundamentais tomado por ti me fizeram perceber que seguíamos rotas diversas e que o nosso "encontro" deu-se somente em uma intersecção, e não em uma união de retas; deu-se somente em um ponto dimensional da vida de ambos, o que não representa que estamos no mesmo plano. Conclui que estamos em planos diversos: temos planos que não se misturam.

Isso não significa, também, que somos repelidos. Significa, apenas, que tu, do teu mundo, vês o meu. Somos vizinhos, ou seja, não dividimos o mesmo teto. Podemos viver pacificamente e com cordialidade - e assim eu escolho -, até mesmo porque um afastamento não impõe a exclusão de um da vida do outro!

É só isso. Não há motivos para dramas mexicanos.

Mas, assim como foi parcial a conclusão de "mundos diversos", podes escolher outra solução também: despedida definitiva, impingida de qualquer sorte de sentimentos. És livre para isso. Mas te responsabiliza pela tua escolha: como eu aceito o risco de ser ignorada por ti, deves aceitar o risco de ser cumprimentado e abraçado por mim.

5 comentários:

  1. Carta (básica) da Grazy.

    Bah!

    Sou tua fã :)

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  2. dramas mexicanos ?!!
    o0 ...rsrs
    não vou relacionar isso ao meu texto,hahaha

    ;)
    depois falo contigo no msn sobre o desenho... bjo jewel

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  3. "Meus caos não denunciam pessoas; afetam comportamentos.
    Não critico a humanidade do ser humano; critico posicionamentos"...

    Perfeito amiga! Quanto mais eu te leio, mais eu te conheço, mais eu te admiro...

    Bjs no core

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