segunda-feira, 5 de julho de 2010

Seja tudo em mim


Controversa, razão e emoção, conveniente, crítica, uma mescla de valorações que me humanizam.

Se fosse por mim, continuaria uma controversa egoísta, uma razão fria, uma conveniente apática e uma alienada esquerdista ou uma crítica pela crítica - desumanizada.

Mas, em algum dia, ouvi um mito, uma parábola, um conto de fadas. Tomei conhecimento daquilo que muitos chamam de metafísico, de ficção, de algo além, de bengala, de uma forma de conspurcar a racionalidade.

Conheci também a falta de humildade humana: sabemos o mínimo sobre nossa vida e basta aguardar um outro paradigma científico para que a verdade mude. Nosso observar é tão volúvel e volátil quanto nossa existência.

Diante de nossa liberdade em escolher o que melhor nos convêm, foram-me colocadas à frente a alternativa de não acreditar em nada e a alternativa de acreditar em tudo. Projetei-me ao não acreditar em nada: simplesmente não viveria, nem bem, nem mal. Meus frágeis motivos seriam pequenos demais para minha existência (eita, megalomaníaca). Projetei-me ao acreditar em tudo: utopias, fantasias, projetos, possibilidades, metas, ideais. Minha visão mudou e tornou-se forte, juntamente com meu ânimo.

Descobri, nisso que muito chamam de fantasia, que há um doce no amargo. Há uma saída na emboscada. Há um refrigério no fogo. Um afago no cansaço, uma mão no fracasso.

É um ideal que se torna real. Uma projeção de solução que se torna um respiro, que esquenta a alma e dá esperança.

Sim, tenho um Deus, que, para mim, é o Deus.
É o que me torna forte. É o que molda meu caráter e imprime o bem em mim.
Não é um Deus de religião, de paredes e tetos e fariseus.
É um Deus que sinto e que não se importa nenhum pouco com as críticas destrutivas - assim, ele me ensinou a ligar o fod*-se para o que não acrescenta e para aqueles que são, sim, desentendidos.
Um Deus que me ensinou a reconhecer o que é autoridade sobre a minha vida...


3 comentários: