sexta-feira, 30 de março de 2012
Brainstorm
Semana estranha... pessoas surdas e voltadas a si mesmas; pessoas cegas, apontando outras como a escória da humanidade.
Como se esse panorama internético de opinião e publicação irrestrita houvesse transformado cada um de nós em locutores de uma verdade absoluta, que não se mescla nem dialoga com nenhuma outra...
Bem, não precisamos de internet para isso. Utilizamos a ferramenta para potencializar a legitimidade e a divulgação, em forma de veracidade de fachada, do que cremos certo.
Defendo o meu; afinal de contas, o errado, para mim, foi não ser ouvida e não ser vista de forma reiterada e pelas pessoas mais diversificadas o possível - dependendo do ambiente, é melhor ser invisível, mesmo.
Acabo adotando um ponto de vista voltado à consideração de alteridade que é julgada como impossível de se realizar. No fundo, essa posição não é vista nem ouvida, mas sentida.
Algo aconteceu quando uma pessoa, em um ambiente profissional, menosprezou a outra por ter se emocionado ao ver uma família se reencontrar - o filho voltaria à prisão depois do reencontro.
Repliquei: "por que tu dizes para se controlar se tu própria me disseste que a função tirou teu coração? Se és de pedra, deixe os humanos com os humanos".
Não tive correspondência de olhar, apenas uma opinião: "isso é até anti-ético...".
"Isso não é anti-ético; estamos aqui em uma função pública como representantes dos valores da sociedade; e para que maior valor defendido que a família. Imparcialidade não significa desumanidade".
Semana estranha.
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