sexta-feira, 30 de abril de 2010

?!


Será mesmo necessária a perda para que surja o reconhecimento da importância de algo, de alguém, de uma circunstância?

Como sofrem as pessoas que sabem valorizar seus momentos e seus queridos quando são negligenciados pelos que não vislumbram a imprescindibilidade do que ocorre noseu exterior com seu próximo.

Os cegos tornam o que poderia ser duradouro em efemeridades - brincam com sua felicidade, desdenham do que mais querem, lutam contra sua própria sanidade.

Em que hora se perdem? Talvez na mensuração de prioridades equivocada, ou na crença de que o outro não se valorize, ou na mentira de que toda pessoa é substituível. Não se sabe, ao certo.

Somente se terá certeza quando padecerem ao vazio do que fazia bem e, agora, faz falta.




E o que leva outros a honrarem suas relações e conservá-las com cuidado (aqueles que não precisaram perder para reconhecer o valor dos momentos e das pessoas)?

Caos masculino VII - Fica bem, benhe




Depois da terceira vez em que deixou ela no vácuo, conversando por e-mail...:

Ele:
Aí... foi mal nao ter te ligado ontem, tá?
É que eu saí da casa do meu irmão bem mal e fui direto pra casa...
meu estava com muita dor nas costas.
Mas quando podemos ter aquela conversa sobre nós?

Ela:
e como vc está agora?
o seu cel tb estava desligado...

Ele:
Estou bem... meu celular foi pro saco.
Ele só funciona quando ele quer, hehe
Saudades de conversar com vc... quando poderemos nos ver?

Ela:
Suas costas ainda doem?
Como seu cel foi pro saco? ¬¬

Ele:
Sei lá... ele não está funcionando direito. Vou ter que comprar outro.
Minhas costas estão melhor, vou ao médico na semana que vem.

Ela:
Entendi.
Então: boa sorte ao novo celular e melhoras pra vc.
Bjos.

Ele:
Mas quando poderemos nos ver? Precisamos conversar.

Ela:
Bem, vou ter uns compromissos nesse final de semana e vai ficar bem complicado a gente conversar.

E assim, sincero, deixa essa conversa pra uma outra hora,já que, na minha opinião, não "precisamos" conversar.
E outra: não quero mais ter que esperar vc fazer alguma coisa e vc não fazer. Para vc pode parecer besteira, mas, para mim, a palavra de uma pessoa conta muito. Se vc não valoriza a sua, não posso fazer nada senão lamentar.
Fica bem.

[FAIL]

Caos feminino V - piada interna


Ela A
holla! que tal?
vai na preview?

Ela B
sim
and how about u?

Ela A
Anch’io penso che vado

Ela B
taa
não entendi
kkkkkkkkkkkkkkkkk

Ela A
aushuahsuhaushaushuahsua

Ela B
nao avacalha tb

Ela A
eu acho que vou tb

Ela B
kkkkk
eeeeeeee
e na outra?

Ela A
preciso confirmar até qdo vão minhas aulas e mimimis

Ela B
Ah tá

Ela A
mas eu acho que eu to pra ir mais na outra do que na preview
questão de prioridade, né:  para os gastos, festa é o último item no meu orçamento  ¬¬
e a preview vai ser qdo?

Ela B
dia 1444

Ela A
nossa
isso existe, rebolation?

Ela B
olha aqui, hola que tal ¬¬

Ela A
HAHAHHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHHA

nhumf

Há controvérsia em pregar a democracia no meio social e ser excessivamente totalitarista na vida particular?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

domingo, 25 de abril de 2010

Amor incondicional

O amor de um pai e a criatividade da juíza federal Anne Karina Costa:

http://daleth.cjf.jus.br/vialegal/materia.asp?CodMateria=1478

O nosso trabalho não é em vão... não pode ser em vão!

"E se...?" por Rashid

"Se a gente fosse o sistema?
Se a casa do hip hop fosse no seu coração e não só em Diadema?
Se o dilema fosse cash?
O carandiru nunca tivesse sido uma prisão e sim uma
Creche?
Ó, e se a gente quisesse vingança?
Nó, e se não fosse as nossas crianças,
A esperança do país?
E se a maioria se apegasse um pouco menos ao espelho e
Mais a raiz? Pra ser feliz!
E se as pessoas perderem esse medo de enxergar além do próprio nariz?
O x da questão se extinguiria,
Mas e se james brown tivesse escolhido tocar bateria?
Como seria? se suas leis adiantassem?
E se os seus carros já voassem?
E o mundo honrasse o compromisso?
E se o bluetooth transmitisse o amor, já que seus olhares não fazem mais isso?"

non sense III

Que tipo de riqueza pretendes compartilhar comigo se qualquer pessoa que te aparece à frente é "digna" para ouvir teus pensamentos?

Aqui, a aparência do político não me serve - eu quero é a essência.

sábado, 24 de abril de 2010

à forra

Vieste me perguntando como eu estava, que só queria saber por onde eu andava
Mas percebeste que eu estava longe, estava ocupada.
Na real, estava  longe de você que, por tanto e tão pouco, simplesmente disse não
E trocou o pequeno imenso sentimento que tínhamos por mais um relacionamento em vão.
Deixaste-me carregando sozinha o que eu sentia, sem [com]paixão
Fechaste os olhos, viraste as costas, não consideraste minhas pernas [nem minha coxa tatuada] cansadas
De ir à tua casa, de ir ao teu trabalho, de se espremerem em um carro, de caminhar aos teus braços
Ignoraste minha voz, minhas letras, minhas fontes, meus apelos, minha melancolia.
Fiz-me de sonsa e morta, então - e teu melhor amigo me fez de ligeira e [bem] viva.
Mas de nada adiantou: só lamentaste, como um vacilante covarde
A falta de coragem de me honrar e dizer: te quero mais que imaginaste.
Ao ouvir, agora, apologize, lembro-me de como me senti aquele tempo
Fatídico tempo em que me senti vazia e que me perdi aqui por dentro.
Aprendi, com tudo isso, que o que sinto, o que tenho, o que percebo
É mais importante do que qualquer estímulo que o exterior possa me dar -
afinal de contas, quis-te sem receber nenhum incentivo verdadeiro do teu amar.
Hoje, venho à forra, escrevendo aqui todo esse cuspe que lanço na tua cara
Não com raiva, não com mágoa, mas afirmando que, sim, estou ocupada:
Estou beijando outra pessoa e bem feliz longe da tua empáfia.

There's nothing better than a good lie

no sense II


A qual liberdade almejam, se não sabem nem para que serve?
Querem ser livres, correr, falar, fugir, viver, mas não sabem para onde, o que, por quê e como.
Ignoram suas próprias amarras - as impostas por si e por outrem... guiam-se pautados em razões cujas emoções mostram-se encobertas pelo observador desleixado, mas descobertas pelo que é mais sagaz.

Ambicionam algo que nem sabe para que lhes servirá, assim como alguém que desconhece a real serventia de um carro (transporte!!!) deseja um daqueles que são cobiçados pelo mercado consumeirista. Sabe que será invejado (por muitos, não por todos), sabe que será, quiçá, valorizado (pelos de pouco valor), mas desconhece até onde e como o veículo poderá levar seu corpo e sua mente.

Desconhecem a potencialidade do meio, aonde poderão chegar, o que poderão ser. Só desejam a liberdade para algo aqui perto, um suspirar mais profundo, uma passada mais larguinha - desejos pequenos se comparados ao desconhecido de suas almas.

domingo, 18 de abril de 2010

Voltamos à programação (estratégia) normal...



Morin diferencia as circunstâncias de utilização de programa e de estratégia e vincula os seus conceitos à forma de pensamento científico tradicional e ao pensamento sistêmico (in Introdução ao pensamento sistêmico).

Explana o Autor que a ação supõe complexidade e que, para sequências integradas a um meio ambiente estável, convém utilizar programa e que este não obriga estar vigilante, a inovar. Por outro lado, a estratégia é utilizada em sistemas de acaso, quando a construção do jogo se faz na desconstrução do jogo do adversário ou do ambiente. Como o campo da ação é muito aleatório, ele impõe uma consciência bastante vigilante nos acasos.
A complexidade, portanto, não é uma receita: ela nos mostra que é errôneo o estado de “fechado” aos fenômenos, que se utiliza de programas para a experiência: o pensamento deve permanecer aberto, utilizando-se de estratégia para resolver os problemas.

Mesclo tais definições com algumas observações que já fizera há alguns anos - e mesclo com alegria tendo em vista que essa é uma prova de que minha loucura não é filha única.

Há pessoas programadas; há pessoas estrategistas. Estas, raras; aquelas, aos montes.

As pessoas que agem por meio de programas mentais, condicionamentos linguísticos e corporais, são viciadas em atitudes repetitivas e a previsibilidade de suas respostas varia de óbvia para "eu sabia se prestasse melhor a atenção".

São seres que aceitam facilmente o que lhe é proposto/imposto, que não perguntam, que não questionam. Esbarram no primeiro obstáculo e vociferam: "Deus que quis... devo continuar onde estou", "aquele destino não era o meu", "sou assim mesmo, não vou mudar."

Resignam-se nos muros construídos por terceiros (desconhecem suas próprias limitações), têm como verdade absoluta sua maneira de viver (não percebem nada além das muretas) e são intolerantes aos pontos de vista, às condutas, às culturas que estejam em desconformidade com sua visão unidimensional.

Visão unidimensional determinada pelo programa gravado em sua alma pela repetição de comportamentos, próprios e de outrem, que impingem uma só maneira de agir;  imput e output congnoscíveis pela simples observação e manipuláveis facilmente - dificilmente, contudo, a manipulação dar-se-á além dos limites programados. Se algo exceder o conteúdo interno, o sistema entra em pane, revolta-se, rebela-se, esperneia que nem uma criança e, o pior: faz manha e tenta manipular também, mas para que se restabeleça o estado de conforto.

A segurança só retornará, contudo, se o causador da pane se afastar, permitindo, por consequência, que aquele programa continue em funcionamento, ou se o formatador for benigno ou maléfico para, conhecendo seu código fonte, insistir na manipulação do sistema, respeitando as barreiras de ação.

Nesses termos, vê-se a outra figura: o causador da pane, o formatador. Esse é o estrategista.
É aquele que constrói ou destrói os programas. Sua única imposição visível (considerando que, a cada dia, procura os cercadinhos colocados por outros e os retira, calmamente, ampliando sua visão) é a reflexão cotidiana sobre a complexidade de si e do que pode observar. Atém-se às derivas, às bifurcações, às variáveis, à hipóteses - quase um metodólogo nato.

Sabe notar a mudança sutil da rotina, esforça-se para se manter lúcido aos movimentos fictícios criados pela sociedade, busca renovar sua mente a cada momento e pensa: "eu posso estar pensando equivocadamente - de novo".

Sua estratégia é olhar para cada instante e ali, no calor da situação, no meio da rua, decidir qual a  melhor opção, levando em conta todos os elementos que possam influenciar em seu comportamento e nas consequências deste. E não decide secamente: ele edifica uma decisão.

E tem consciência que sua história não para no "feliz(es) para sempre", visto saber que o script de um conto de fadas serve, apenas, para sedimentar determinadas "verdades humanas" no imaginário infantil. Tão logo possa a pessoa se determinar, no entanto, deve se reintroduzir ao caos (desmistificando suas impressões, distinguindo chiqueirinhos, negando autoridades totalitárias), e, se possível, reestruturar o seu próprio caos de modo que lhe seja mais interessante.

Até é possível, portanto, que o sapo tome conhecimento de sua existência e venha a se transformar em um príncipe. Mas esse é um processo interno, que não se condiciona, necessariamente, ao beijo de uma princesa.


sexta-feira, 16 de abril de 2010

Elas - por Luiz Carlos Prates


"É bom que as mulheres que não se admitem sozinhas não esqueçam que o medo de ficar sozinha acaba provocando submissão. Sem falar que isso transtorna a personalidade da mulher. Será que um bermudão vale tanto assim? A liberdade vale mais."

Ao procurar o vídeo do texto de Luiz Carlos Prates no Jornal do Almoço do dia de hoje (não foi postado ainda), achei esse post (copiado daqui).

Bem pertinente, haja vista a existência de mulheres que são capazes de vender a própria alma por um homem - quem dirá vender uma amizade ou seus princípios.

terça-feira, 13 de abril de 2010

"E com o rabo entre as patas..."


Ando um tanto ríspida nos últimos dias.
Mas não vou a culpa em ninguém, não... ao contrário, como normalmente faço, pego a mea culpa, coloco-a embaixo do braço (ao mesmo tempo em que coloco o rabinho entre as pernas), digo desculpa e adeus.
Agora, não vai ser diferente.

Minha rispidez em determinados momentos é por conta da minha incapacidade de me fazer entender por algumas pessoas. Determinadas pessoas indeterminadas. Tenho falhado em transmitir o que penso e o que sinto de uma forma que a pessoa possa compreender minhas atitudes.

E não é porque não sei o que sinto ou o que penso... ao contrário: costumo me pressionar contra a parede até que eu extraia a razão da minha conduta.
A questão é que não estou conseguindo me expressar da forma com que algumas pessoas possam me entender. O problema não é a ausência de pontos de vista dessas pessoas, que as impede de interpretar corretamente o que expresso; o problema é que eu desconheço a maneira com que essas pessoas enxergam a vida, motivo pelo qual desconheço o seu idioma.

O meu simples não é o simples delas; nem o meu "tudo bem", o meu "gosto de você", o meu "sim", "não".

Sim, isso é complexo. E, desculpem-me alguns, eu penso tudo complexo, eu penso tudo num todo, eu busco sempre a pensar de forma sistemática, integral - é só porque eu gosto de viver de corpo e alma aquilo que imputo conveniente para mim (afinal, tudo no ser humano é interesse, afeto, inclinação).

E também não busco a perfeição - já me refutei tantas vezes que eu sei qual a minha medida (nesta hora).

Ambiciono por clareza, por luz, por pés no chão. Luto contra a insistente sensação de segurança quando eu sei que há mais depois da primeira onda. Sinto-me inútil quando parada, quando sem pensar, quando sem questionar - sinto que me traio, sinto que me corrompo. E eu prometi para o ser que eu era e posso ser que não faria mais isso comigo.

E, agora, frustro-me. Não consigo ler a linguagem de muitos.
Encontrei o padrão, mas não consigo alcançá-los para lhes tocar, fazer-lhes se abrir para o que lhes expresso e para me fazer compreendida.
Não consigo.

Assim, afasto-me para ver o problema de longe, até onde ele vai, quais os setores envolvidos, o que posso fazer - se posso fazer alguma coisa. Afasto-me para entender onde me equivoco. Afasto-me e, por não ter o calor da socialização que outrora tinha, rispido-me.

Já deixei, por vezes, em circunstâncias parecidas, a bomba explodir - pois nada que eu fizesse mudaria a situação. Voltei, recolhi o que sobrou (o que fora resistente para sobrar) e segui.

E a coisa chega a este ponto: não tenho mais nada o que fazer - já tentei de toda as formas entrar no domínio da realidade dessas pessoas, mas não consegui. Vou tomar uma distância e ver se não aparece um outro paradigma que não observei.

Depois, chamem-me para recolher os cacos.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Caos feminino IV - a quadrilha

Para quem não sabe, eu corro.
Quando falo isso, sempre tem aquele palhaço engraçadinho que pergunta: "Corre de quem? Da polícia?". Eu rio aquele sorriso amarelo e respondo: "Hehe, não. Corro da minha taxa alta de triglicerídeos".

Mas a verdade, confesso-lhes: estou habituando meu corpo a empreender grandes fugas e a resistir a várias situações adversas. Por que isso? Bem, para quem consegue ver o caos em que vivemos, a resposta é simples: no dia em que todos (ou a maioria) descobrirem que vivemos numa pura ficção e que todas as normas (jurídicas, sociais, culturais, etc.) que nos sufocam foram criadas por outros seres humanos, iguais a nós, o que nos dá o direito de contestá-las e, quiçá, desrespeitá-las, a luta pela sobrevivência será intensa e eu quero estar preparada.

Pois bem.
Estava eu, hoje, em mais um treino de combate run noturno quando tive a (in)feliz ideia de fazer um caminho diferente.
"Se eu virar aquela esquina, posso subir ali, dar a volta por aquela rua e, tchram, teste de resistência de morro cumprido".
Beleza.
Fui subindo feliz a rua, após contornar a esquina. Ultrapassados uns 20 metros, quase no topo do morrinho, eu olho para o meio da rua: numa distância de uns 5 metros, um cachorro de porte médio me encara.
E paro imediatamente. Finjo-me de poste.
Só não dei luz.
Talvez por isso ele não tenha se enganado: começou a latir desvairadamente e a vir devagar ao meu encontro.

"Opa, opa, opa..." - balbuciei e, caminhando de costas, ouço um latino atrás de mim: um outro canino (menor) com vários caninos à mostra. Sim, esse cachorro só tinha caninos: daqueles gigantes e pontudos.

Atravesso a rua apavorada, retornando por onde vim. Quando estou quase a guardar o coração no peito de novo, contornam a esquina mais dois da quadrilha: um preto, maiorzinho (parecia o mafioso) e um branco (parecia um cafetão).
E rosnam vindo chegando perto, com outros mil caninos contra mim.



Enquanto eu penso "fodeu, fodeu, fodeu", de um lado do hemisfério cerebral, do outro lado, eu penso "chuto promeiro o preto, depois o branco... mas se eu atacar primeiro, os outros vão vir para cima, daí fodeu, fodeu, fodeu... vou esperar algum atacar. Malditos muros altos. Agora eu sei para que me serviria o le parkour... deveria ter continuado!!! E a meleca do muay thai que não serve para cachorro!!! Para quem eu berro??".



Penso, então, em correr e minhas pernas atendem o pensamento antes da minha decisão: é o pior. O cafetão e o mafioso correm junto e se aproximam um pouco, rosnando um rosno (?) que vinha dos infernos.

Viro-me para eles. Encaro-os. Seus filhos da putela. Venham, se são machos.
Não, não falei nada. Na verdade, mal respirei.
E não os olhei nos olhos. Dizem que o respeito é tudo nessas horas - eu olhava só para os dentes.
Fui caminhando de costas para a rua de onde vim e encarando: "não demonstra medo, Grazy, não demonstra medo - só respeito, só respeito".

Tornei meu corpo para a frente da direção que tomava, mas olhando para trás, para eles, que continuavam rosnando.
O branco ainda deu um daqueles passinhos à frente em falso só pra ver se eu corria, mas não corri: continuei encarando-os, mantendo o meu passo firme (aposto que se eu corresse, ele olharia para o preto, gargalhando ¬¬).

Olhei para frente e já calculava como subir em algum dos carros que estavam na rua e gritar para o porteiro de um prédio.
Olhei para trás: vi os quatro me filmando.
Tomei uma distância maior e fiz-lhes um gesto despudorado.

E ri.

E pensei.

E concluí:
(a) Não adianta enfrentar o perigo se não está preparado. Nessas horas, a covardia se transforma em razão
da sobrevivência.
(b) Os menores, às vezes, têm coragem só porque contam com os maiores do lado - mas, na verdade, não são grande coisa.
(c) Nunca subestime o tamanho de alguém.
(d) Um passeio inocente de um cachorro pode representar uma estratégia de dominação mundial.
(e) Toda e qualquer corrida pode se tornar, mesmo, um treino de combate.

Cheguei em casa, contei para a mãe, que, aos prantos de rir, falou: "Eu não disse que esses cachorros formam uma quadrilha no bairro?"

E eu achando que eram os gatos que conspiravam... outro paradigma quebrado.

:)))


Menina feliz
Tirou dez com estrelinhas em Geografia:
Fez um trabalho sobre rios poluídos - o Tietê, que era o mais conhecido
Mas a professora havia pedido um trabalho sobre Hidrografia.
Ela só foi se dar conta do equívoco uns três anos depois
Quando percebeu que sua interpretação não era a da maioria.
Mas nunca pensou que estava errada:
apenas supôs que pertencia a uma minoria irreconhecida.

domingo, 11 de abril de 2010

Intersecção entre Caos e TPM



Aeeeee o//


Intersecção entre os Caos Relativos IX - por coincidência de Pedro Demo e Charlie Brown Jr.

"Forja-se no aprender a aprender, no saber pensar, virtudes próprias de um sujeito que está à frente de seu destino, e o faz com autonomia tanto quanto possível" (Pedro Demo in Pesquisa e Construção de Conhecimento. p. 16).

no sense

Quebrando paradigmas II - fé

Que a nossa contestação ao ranço religioso
não nos impeça de alcançar a verdade de determinadas citações sábias.

 

Fé: esperança.
Esperança de que o novo aconteça, com a morte do antigo.
Esperança de que se tenha novidade de vida, em meio às dúvidas e vacilações.
Esperança de que o melhor aconteça.
"A fé sem obras é morta" (Tiago 2.17): ter esperança e não agir, não lutar, não trabalhar, não adianta de nada.

sábado, 10 de abril de 2010

Intersecção entre blogs - Cultura do Controle



Com muita honra e alegria,
um texto para Cultura do Controle.


Obrigada, Sandro Sell.

Caos feminino IV versus caos masculino diminuto


(...)

- Só me respeita, não estou falando para nos afastarmos... deixa eu digerir, deixa eu enfrentar tudo isso. não sei esquecer um problema do nada: se algo consegue me atingir, vou enfrentá-lo e ultrapassá-lo, e não simplesmente ignorá-lo... se eu não me fortalecer nisso, uma hora o machucado volta com força total e toma toda a minha alma, e me enebria e me faz mal. Aprendi a superar e é isso que vou fazer... (sorri).

- Mas... e eu? (rosto fechado)

- Como... tu? (?)

- Como eu fico? Vou ficar mal enquanto você estiver mal...

- Não, por favor. Tu tens a tua vida, tu tens o teus corres, tu tens a tua alegria própria... o teu ânimo não pode depender do meu: se eu estiver mal, então, não vou poder contar contigo porque vais estar mal também? Assim ninguém se fortalece, só se enfraquece (sorri novamente). Podemos nos vincular, podemos nos comprometer, mas o destino é a subida, é o crescimento, é o bem de nós... por isso, se um está mal, creio que o outro deve é ajudar e não desanimar mais ainda...

- Então!!! Estou pedindo para você esquecer o que aconteceu!!!

- Mas assim tu não me ajudas!!!

- Como não?! Estou pedindo para você esquecer um mal; lógico que estou ajudando!

- Não, esse tipo de ajuda não me ajuda em nada, porque eu não sei esquecer - eu sei superar! Se tu mepedes para esquecer, estás indo contra o que sei fazer para melhorar, entendes?

- ...

- Se queres me ajudar, dá apoio para que eu supere o que aconteceu: dá-me ar, dá-me o eu que eu preciso agora. Preciso ir para casa, preciso pensar, refletir... ficar sozinha um pouco neste dia. Respeita-me. E deixo claro que não peço que fiques longe, mas que me entendas o meu comportamento de ficar mais em mim. Não estou me afastando de ti, ok? Não estou indo contra ti; só eu preciso respeitar meu jeito de agir e te peço isso também.

- Ok.

- Conseguiste entender o que eu disse?

- Sim.

- Que bom (sorri). Falamo-nos amanhã, então? (sorri).

- Não sei...

- ... como assim?

- Porque se você está mal, eu vou ficar mal. E não sei se vamos nos falar amanhã por causa disso.





tanta resenha pra nada ¬¬

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Como transpor obstáculos tão humanos?

Eu poderia dizer que é esse teu mal entendido que me provoca, é essa leitura que sabes por complexa que fazes da simplicidade da minha fala, da minha escrita, esse modo de sorrir e lde ogo depois me abraçar quando menciono um pensamento vanguardista que apre(e)ndi.

Eu poderia dizer que é a desnecessidade de alguma explicação tua do que fazes ou sentes, já que conheço tuas respostas pelo padrão de conduta que me representas.

Sim, venho te acompanhando a tempo, analisando teus passos a mim. Aliás, nutro esse teu sentimento racionalmente e (quase) sei o que fazer e o que falar, e com isso fiz com que criássemos um tudo relacional - o que foi possível facilmente porque tua essência é querida, é delicada, é verdadeira e natural... como um diamante não lapidado aos olhos do que tenho conhecido.

Poderia manter tudo isso que temos, mas a minha sistematização complexa (e redundante) das minhas experiências e teorias me inclinam à sentença de que esse tudo é quase nada e, o pior, já fadado ao fracasso. Esse tudo que temos, apesar de ser muito, não se identifica comigo em uma proporção suficiente para que eu me sinta satisfeita com ele.

Desculpa-me... eu não te vi antes disso e tu também não viste a mim.

A verdade (em termos) é que preciso de uma conversa sobre processo dialógico e sobre relatividade consciente exterminada pelo consenso de dois. Meus pulmões ambicionam o mais raro caos de novidade, como meus olhos buscam uma ordem específica e cativante de ser. Quero identificação que represente não a totalidade da minha essência (nem haveria graça se fosse possível), mas que espelhe uma considerada proporção do que me move, do que me instiga, do que me faz sentir viva.

Ah, sim, um beijo e um abraço me proporcionam uma vivacidade - mas momentânea e eternizada em uma memória. A vivacidade que almejo é a dos mitos: a eterna. A inquietação dos questionamentos, dos debates, das trocas que nos fazem seres humanos mais pensantes do que sentimentais.

Não quero parecer fria, pois não sou. Sei ser doce com os meus e amarga com uns tantos outros. Sei de sentimentos e sei de razão - esse caos de que me valho todo dia para despertar e vivenciar cada instante de presença lúcida, a qual sempre luto para ter.

Não me nego a te recolher pela mão e te mostrar as linhas desviantes da ficção em que o mundo vive; porém, e sem querer ser egoísta (mas já exercendo a habilidade humana do eu), também quero ser levada um pouco - e não por estradas já percorridas: por estradas novas que me testem.

Em suma, quero uma identidade que seja majoritária num relacionamento e quero a dualidade do ensino.

Mas como te dizer tudo isso, se é só desse jeito que eu sei dizer e é bem desse jeito que tu não me entendes?

Para que dois ouvidos e só uma boca?

Eu não sei o que ela pensou de mim; eu só sei que pensou errado. E não me refiro ao conteúdo do pensamento e nem do consequente comentário, pois o pensar e o falar expuseram-se com conteúdo inocente e teor protetivo.

Inclino-me à forma do pensamento e à forma do comentário.

Ambos cederam à malícia, tendenciaram à perversidade, impingiram minha imagem de safadeza (a má). Um pensamento em formato de nuvem nebulosa, daquela que traz tempestade devastadora - que não vem lavar: vem para destruir. Um comentário no formato de seta, para atingir, machucar e, se possível, trespassar a certeza, fazendo-a em cacos.

Fizeram-se fagulhas proferidas por uma boca que desconhece a origem do fogo e o seu potencial; logo, não sabe o que faz. Passível de perdão por ignorância, portanto? Não: passível de perdão, compaixão e indiferença por se intrometer em algo que não diz respeito - por mais boa intenção que tenha.







Sabe o que é isso? Os meios, como diria minha sábia mãe ¬¬

Caos feminino III - Rebolation fora de pepoca


Ela A
Ai, guria... vão trocar meu note
tenho que remetê-lo pra bahia
pega a novela baiana
pior que a tua mexicana, que ressarciram o valor
heoheoeheo

Ela B
SERIOOO????

Ela A
uhum =T

Ela B
NAO DÁ PRA IR JUNTO COM O NOTE?

Ela A
UHAUSHAUSHUAHSUAHSUHAUSHUAHSUAHSUA

Ela B
curtir um carnaval fora de pepoca
pepoca

Ela A
aushuahsuhauhsuhausuas

Ela B
ééééépoca

Ela A
pepoca o//
hahahahaha

Ela B
kkkk
tava digitando rápido

Ela A
HAHAHAHAHAH
aham, percebi

Ela B
rebolation

Ela A
bota a mão na cabeça que vai começar, então
heoheoheo
\o/

Ela B
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
palhaçona

Ela A
UHASUHAUSHUAHSUAHUSHAUSA
:D

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Caos masculino VI - adios, conflictos



(Conversa de ponto final, após insistentes pedidos de relatórios diários, palpites inconvenientes, tentativas de restrição de liberdade e imposição de conduta. Em suma, conversa de ponto final de uma condição parasitária, que já causara exaustão nela - é o motivo de sua suave rispidez).

Ele diz:
boa noite minha princesa

Ela diz:
boa noite, fulano

Ele diz:
boa noite

Ela diz:
...
?
boa noite...
¬¬
!

Ele diz:
como vc tahh minha linda? o que tem passado
?

Ela diz:
estou bem
to em floripa ainda
não tem como te passar um relatório de tudo que estou vivendo aqui, hehe
e vc, como está?

Ele diz:
um resumo? não só do que está vivendo ai.. mas de tudo neh
to bem!..:D

Ela diz:
um resumo: está tudo bem, bem  melhor do que eu imaginei
;]
que bom, fulano
ei
tenho q ir

Ele diz:
mas jaaah?

Ela diz:
amanhã é cedão de volta
infelizmente, não vou ter mais tempo pra ficar tanto na net como ficava antes

Ele diz:
mesmo quando voltar?
pq?

Ela diz:
tenho bastante coisa boa pra fazer ;)
volto no findi
ou na outra semana
não sei ainda
fica bem
:***

Ele diz:
calma

Ela diz:
boa noite ^^

Ele diz:
calmaa

Ela diz:
hm?

Ele diz:
td beemm
brigado por informar
ai volta quase td ao normal neh?
beleza..
Ve se vc se cuida MUITO ai

Ela diz:
não, não volta, fulano sicrano da silva

Ele diz:
fico feliz em saber que vai td bem
iixi.
hum....

Ela diz:
tenho muita coisa pra fazer, não vou ficar de bob na net
antes eu ficava um pouco mais no msn pq eu não tava estudando nas férias
agora, vou cuidar de mim, né?
;]
ei

Ele diz:
bele

Ela diz:
deixa eu t agradecer por umas coisas
obrigada por me mostrar que não é sendo propriedade de alguém que a pessoa é feliz
obrigada por me mostrar, na pele, que é dando liberdade pra uma pessoa que vc consegue o amor verdadeiro e consegue conhecer as pessoas de verdade
obrigada por me mostrar, na pele, que sentimentos como saudade, amor e carinho são transmitidos como algo positivo, e não como cobrança
obrigada por me mostrar, de verdade, que o que há de mais importante na vida de uma pessoa é ela mesma e os seus sonhos
sejam eles quais forem
e que nenhuma pessoa pode impedir que eles aconteçam, a menos que vc mesmo quiser
ah
obrigada por me mostrar que, se for pra ter um relacionamento de verdade, será com alguém com quem exista conversa sobre tudo, mas TUDO, inclusive carros, motos, calcinhas, livros e borboletas
que é o que eu vejo como um relacionamento COMPLETO e sem seleção de "temas" para conversas
obrigada por me mostrar tudo isso e me dar a oportunidade de reconhecer tais coisas em outras pessoas :]

Ele diz:
ta brava cmg? ta feliz comigo? o que ta acontecendo? nao entendi o que vc quis me passar exatamente

Ela diz:
bom
eu to feliz por eu ter visto tudo isso em nosso breve contato nesses últimos dias
não falo de vc, especificamente
só estou agradecendo
principalmente porque vc me mostrou o contrário disso que eu falei
como era algo que me incomodou, a princípio, pude achar depressa o que é o certo a ser feito
por isso, agradeço ^^
como falei, estou indo
boa noite, fulano :*

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Conhece-te a ti mesmo


Só quando tu te reconheces para ti mesmo (depois de um lento trabalho de conhecimento), poderás passar aos outros quem tu és.




Ouvi a tia que eu mais admiro me apelidando de guerreira... sem palavras.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Porque Romeu tem que morrer*

"Viver é, sem cessar, morrer e se rejuvenescer. Ou seja, vivemos da morte de nossas células, como uma sociedade vive da morte de seus indivíduos, o que lhe permite rejuvenescer. Mas à forma de rejuvenescer e o processo de rejuvenescimento desanda, se desequilibra e, efetivamente, vive-se de morte, morre-se de vida" (Morin,op. cit., p. 63).


Ele me ajudou por algum tempo, em certas circunstâncias ele me acompanhou. Fez-me rir um pouco, olhar para o céu, não pensar muito... deu-me conta de coisas engraçadas, até. Como o senso comum adotado antes do surgimento da ideia melhor, posso dizer.

Mas surgiu um novo pensamento, um feeling cadente, sequencial e estrondoso: a novidade do pensamento, o quente do sentir, o especial do tocar. Não, não digo que troco o novo pelo antigo, pelo contrário... esse antigo é o novo, mas o antigo presente, o antigo do outro lado.

Aquilo que pensei "como queria que isso durasse" - durou, não paranoicamente, mas no acompanhamento do caminhar - a possível cristalização do passado, então, permanece ali, naquela curva, no degrau, na virada da cabeça.

É com você mesmo, Romeu.

Não me é mais permitido pela minha liberdade que eu pemaneça nessa história que eu já sei o fim - tantos filmes, quantas traduções, todos conhecem esse fim.

Não quero tocar as letras do que já foi escrito: quero escrever, sujar minhas mãos com a tinta da caneta, com o grafite do meu lápis 6B (gosto de escrever macio). Escrever e não digitar: quero fazer a letras e não mantê-las imaculadas na minha tela. Quero me misturar ao papel, pingar meu suor nele - que meu sangue seja limpo em sua evidência. E nada de linhas e parágrafos: nada de limitações. Quero uma cartolina, se possível. Várias, por gentileza.

Quero, sim, a história de luta por amor, por convivência, por união - esse velho, esse passado, esse centro. Mas por que eu preciso seguir os passos da Julieta? Por que raios eu devo me fechar em você e crer que só a vida em nós dois? (Não, Romeu, eu sou monogâmica ¬¬).

Pergunto porque é nítido o respirar de tudo, dos outros, da inocência e da malandragem. Há vida e amor em tudo isso. Por que razão seguir esse roteiro cheio de teia de aranha, cheio de amarra, com carências e tristezas? Se há falhas, que sejam integradas à completude do que é certo; que o acaso seja parceiro; que a essência seja mantida e, ao mesmo tempo, moldada diante das intempéries vivenciais. Quero me abrir ao meu domínio da realidade; não vou me negar de minhas negações. Quero ver até onde posso ir, até onde posso viver, até onde posso sentir a magia que é me ampliar ao mundo.

Então, Romeu: por que eu tenho que morrer?

Que morra você, oras*!








* pelamor, é sentido figurado, hein?!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Intersecção entre os Caos Relativos VIII - por coincidência de Morin e Charlie Brown Jr.



"Com que frequência temos a impressão de ser livres sem o sermos. Mas, ao mesmo tempo, somos capazes de liberdade, como somos capazes de eliminar hipóteses de conduta, de fazer escolhas, de tomar decisões. Somos uma mistura de autonomia, de liberdade, de heteronomia e, eu diria mesmo, de possessão de forças ocultas que não são simplesmente as do inconsciente trazidas à luz pela psicanálise. Eis uma das complexidades propriamente humanas" (MORIN, Edgar in op. cit.).

Complexos, dependentes e autônomos, com possibilidades de escolhas a cada instante... como agora!

Agora!... Agora também!

E agora :}



O que fazes de ti agora decidirá quem serás amanhã.
Achas que estás parado, como quando tu olhas para o céu rapidamente, num dia sem vento: as nuvens parecem estáticas. Mas te demoras mais tempo para apreciá-las e vês o quanto elas se movem, o quanto elas caminham, o quanto ela se mudam, transmutam, transformam-se.
E tu, não vês, olhando para ti num momento ligeiro: estás parado...  Falso: estás a mudar a cada instante, o que eras há 5 minutos atrás não és mais.
Então, imagina-te daqui a 5 anos: onde vais querer estar?
E aí: está na hora de acordar que tu estás mudando ou não? Vais permitir que os outros façam a mudança por ti ou tomarás as rédeas da tua vida?

Podes mudar... agora! :}

Reformule-se


"De fato, a vida social exige que nos comportemos como máquinas triviais. Está claro, não agimos como puros autômatos, buscamos meios não triviais quando constatamos que não podemos alcançar nossos fins. O importante é que surgem momentos de crise, momentos de decisão, onde a máquina se torna não trivial: ela age de uma maneira imprevisível. (...) Qualquer crise é um acréscimo de incertezas. A probabilidade de divisão diminui. As desordens tornam-se ameaçadoras. Os antagonismos inibem as complementariedades, os virtuais confitos se atualizam. Os controles falham ou se quebram. É preciso abandonar os programas, inventar estratégias para sair da crise. Com frequência necessitamos abandonar as soluções que remediavam as antigas crises e buscar soluções" (MORIN, Edgar, in Introdução ao pensamento complexo. p.74).

O que que eu tenho dito? O que que eu tenho dito??



XD~




p.s.: preciso de um revisor urgente.
p.s.': ou preciso aprender a revisar o texto ¬¬

A surpresa do dia


Nada mudou, de fato.
Uma experiência sem mudanças efetivas proporciona algum proveito e é correspondente ao esforço compreendido? E, portanto, vale a pena?

Questionar-se-á isso quando sobrevier mais um tempo de respiro.

domingo, 4 de abril de 2010

Experience

As experiências cotidianas e descrições advindas do ato de observar me dizem o seguinte:
VIVA!!!


Por mais que eu sinta medo do agir, receie a entrega, aterrorize-me com o eventual erro, tema o mal entendido, a experiência de identidade e identicação com a outra pessoa sempre concluirá que, enquanto a experiência foi requerida por ambos, enquanto compartilharam do mesmo domínio da realidade, enquanto sentiram-se um e firmaram um consenso só com o olhar, o fenômeno do viver ali se produziu - em um uníssono, sim, mas um uníssono de dois, de aceitação mútua - um uníssono de liberdade.

Esse conflito é inevitável, o interno e a ação, o externo e a omissão, o caos e a atitude. Um processo dialógico que culmina em vida, absolutamente sem que seja boa ou má, mas que reflete o que somos.
E somos assim.

sábado, 3 de abril de 2010

Caos feminino II - A geladeira

Nenhum profeta é bem recebido em sua terra

Em casa:
- Poxa, mãe, a essa loja ainda não arrumou essa geladeira? Há dois anos 'tá essa palhaçada, porr*!
- Pois é, filha... a loja diz que agora a questão vai ser resolvida pela seguradora da garantia estendida...
- Mas, mãe: no primeiro mês, essa geladeira já deu problema! Durante esse tempo todo, foram mais de dez idas da geladeira à assistência e não foi resolvido. A garantia da loja e da fabricante se estende, mãe. Eu trabalho com isso, pombas, eu entendo! ... Quer que eu vá com a mãe lá na loja para resolver isso?
- 'Tá bom, filha... mas eles vão dizer que 'tá com a seguradora a resolução do problema...
- Mãe, me ouve: isso não importa. Há solidariedade aqui - todos respondem.

E lá vão à loja a mãe e ela, com o Vademecum debaixo do braço, parecendo uma crente dos tribunais:
- Boa tarde, Rosane... você já conhece o problema da geladeira que minha mãe comprou... vc seria a pessoa responsável com quem eu poderia conversar?
- Comigo ou com o gerente.
- Ok. Seguinte: nesses dois anos de idas e vindas, não foi resolvido o vício que a geladeira apresenta. Então, pela faculdade que o CDC... vc sabe o que é, né? É o Código de Defesa de Consumidor, que dá ao consumidor, no caso, minha mãe, a escolha entre o abatimento do peço, a devolução do dinheiro ou  troca do produto. Abatimento não dá porque já está pago o produto. Então, minha mãe quer a devolução do dinheiro ou uma geladeira nova.
- Ah, mas é política da empresa e da seguradora (blablablablablablabla...).
- Ok, Rosane, é política interna, administrativa de vocês, mas não é o que a lei diz. Venho aqui conversar porque é do interesse de vocês que a causa se resolva extrajudicialmente...
- Mas se você acionar, vai ter que acionar só a seguradora.
- Não, senhora! A loja vai ser processada também.
- Mas ... (... mais vários mimimis sobre políticas adminitrativas....).
- Mas isso, Rosane, é o que VOCÊS pensam! Não é o que a lei expressa nem o que os juízes consumeiristas pensam...
-... é melhor vocês irem falar com o gerente.

Com o gerente, ela explana a mesma situação sobre o CDC e mimimis e ele vem com a mesma história da política da empresa...
- Meu senhor, eu trabalho na área, eu sei que falo com propriedade do que estou falando.
- Você poderia baixar um pouco o tom de voz...
- Não, obrigada, estou bem falando assim. Então, como é de interesse dos dois, podemos entrar num acordo?
- A política da empresa é essa,então, com sua gradução (falando com certo desdém), procure o direito de vocês...
- Graduação, pós-graduação e mestrado...
- ... que bom, parabéns!
- Obrigada (e um baita sorrisão cínico). Então, vocês não vão querer resolver a situação administrativamente?
(Nesse momento, o gerente se vira para a mãe dela...)
- Minha senhora, o que exatamente aconteceu?
- Meu senhor, eu lhe fiz uma pergunta!
- Mas deixe sua mãe falar...
- ¬¬²

Pela enésima vez naquela loja, a mãe dela começa a contar a historinha com toda calma e riqueza de detalhes, desconsiderando todo furor legal e jurisprudencial da filha:
- Mãe, não precisa se incomodar falando tudo de novo, não vai adiantar nada. Eles não querem resolver essa situação...
E o gerente:
- Deixe ela falar...
Ela:
- ¬¬²³
E a mãe:
- Então, como eu ia falando, falei pros mocinhos lá da assistência, tadinhos, vão sempre lá em casa e eu ofereço café, porque deve cansar carregar tanto peso e... (... blablabla...)

Sangue fervendo, coração explodindo, pálpelbras do olho direito tremendo, canino superior direito aparecendo, ela profere:
- Obrigada, senhor. Mãe, espero no carro.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Aceita o flow?

Sinto o sangue então ferver, com a voz do proceder
Não esperava a união, mesmo assim vou te dizer:
O teu tom me vem à mente, a batida faz a frente
O teu som não me incomoda: faz meu coração bater

Se bater de frente, sinto as pernas esmorecer
Por mais longe que esteja, o teu flow me faz viver
Nesse instante da levada, entro como tua’aliada
E rendendo essa rima que não é tão figurada

O transcender em ti eu vi em mais de um encontro
Nessa correri’ paralizei o tempo – eu te conto:
Toda tua base e som e flow me quebrantou
Segura o regaço, agora, pois é o que firmou

Tua consciência de toda essa mentalidade
Por mais que te invoquem, tu não cai na falsidade
Aqui é mais que parceria, é harmonia de verdade
Crer no sonho é dom e vai se tornar realidade