sábado, 24 de abril de 2010

à forra

Vieste me perguntando como eu estava, que só queria saber por onde eu andava
Mas percebeste que eu estava longe, estava ocupada.
Na real, estava  longe de você que, por tanto e tão pouco, simplesmente disse não
E trocou o pequeno imenso sentimento que tínhamos por mais um relacionamento em vão.
Deixaste-me carregando sozinha o que eu sentia, sem [com]paixão
Fechaste os olhos, viraste as costas, não consideraste minhas pernas [nem minha coxa tatuada] cansadas
De ir à tua casa, de ir ao teu trabalho, de se espremerem em um carro, de caminhar aos teus braços
Ignoraste minha voz, minhas letras, minhas fontes, meus apelos, minha melancolia.
Fiz-me de sonsa e morta, então - e teu melhor amigo me fez de ligeira e [bem] viva.
Mas de nada adiantou: só lamentaste, como um vacilante covarde
A falta de coragem de me honrar e dizer: te quero mais que imaginaste.
Ao ouvir, agora, apologize, lembro-me de como me senti aquele tempo
Fatídico tempo em que me senti vazia e que me perdi aqui por dentro.
Aprendi, com tudo isso, que o que sinto, o que tenho, o que percebo
É mais importante do que qualquer estímulo que o exterior possa me dar -
afinal de contas, quis-te sem receber nenhum incentivo verdadeiro do teu amar.
Hoje, venho à forra, escrevendo aqui todo esse cuspe que lanço na tua cara
Não com raiva, não com mágoa, mas afirmando que, sim, estou ocupada:
Estou beijando outra pessoa e bem feliz longe da tua empáfia.

6 comentários:

  1. putaquepariu, precisamos falar sobre esse caos específico! diluir os novelos!

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  2. Bah! No peito! Faço minhas as tuas palavras! AMÉM! rs
    Beijos!

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  3. Libertação!!! rsrs. Farei o mesmo, yehhh ;)

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  4. Não posso deixar de citar Friedrich Nietzsche: é necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela!
    Vamos brilhar!!!!!

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  5. Vamos brilhar, mesmo, Juliii!!!

    Libertários, uni-vos :D

    (eita Marx na cabeça ¬¬)

    :*

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