domingo, 5 de setembro de 2010

Caos cotidiano II



Ele não espera mais nada da última garota com que se envolveu. Aliás, ele não espera mais nada de nenhuma mulher.

Suas mais sensíveis lembranças mostram que a mulher (qualquer mulher) é capaz de fazer tudo para conseguir o que quer. E, infelizmente, ele ostentativamente fora um indivíduo quase que indiferente para as mulheres que conheceu. Mãe, professoras, colegas, namoradas, amantes, peguetes, todas desconsideram suas expectativas e, simplesmente, ignoraram-no. Abandonaram, não olharam, não conversaram, não se interessaram. Esqueceram, riram, usaram, abandonaram. O ciclo se fecha, sempre.

Em suma: passaram por sua vida os piores exemplares do feminino.

E, hoje, assustou-se: "não conheço nada do que dizem ser o melhor da mulher. Nada. E como desejo conhecê-lo".

Mas, para isso, sabe que deverá expurgar todas as defesas que criou em suas outras experiências.

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