[...] Só que eu demorei para perceber quem eram os meus verdadeiros inimigos; e numa guerra, isso pode ser fatal. A verdade é que a minha guerra contra o sistema estava só começando; e dessa vez, ia ser pessoal."
HoHoHoHoHo!!!
Tá de bobeEeiraa!
Agoraaa eu me lembro de onde e adquiri o hábito de falar palavrão de boa
(antes, era um palavrão e um "desculpa, estou tentando parar" - he he).
Ela: Putaa que oo parioooo!!! Cara, por que tu me perguntas sobre a minha vida ou me pedes um relatório diário se não podes fazer NADA para contribuir em minha vida? Por que tu me perguntas essas leviandades, que são reproduzidas por todos de forma programada e não acrescem em nada na nossa amizade? Eu sei que tu não queres mesmo saber como eu estou ou o que eu tenho passado e me enches de perguntas superficiais só para pedir, em seguida, algo do teu interesse, porraa!!! poxa! Vai logo ao assunto e fala o que tu queres!
Sempre entendi quando eu pertencia a um outro grupo social e, por isso, era um pouco discriminada por ser "o outro", o "não-eu". Aqui se abrangem os mais diversos tipos de agrupamentos de humanos: cidades, grupos unidos por um estilo musical, por um interesse profissional, escolas, etc..
Uma pequena diferenciação inicial é até natural, considerando que as pessoas "eu" demoram um pouco para se acostumarem com o "diferente" ou com o "novo", que foge do que estão habituados.
Mas, são todos da mesma espécie (com exceção de um ou outro alienígena com o qual nos confrontamos diariamente): logo, acostumam-se uns com os outros, se cientes de sua natureza humana, de suas parcas condições de sobrevivência e de sua necessidade de união e não dissensão dissenso (eu e minha mania de mudar as palavras pra rimar, hoe hoe).
Diante disso, eu não entendo como alguém pode discriminar o outro por causa da quantidade de melanina que apresenta no corpo.
Sinceramente, eu não entendo por que minha palidez (que representa a minha parca melaninidade) é obstáculo para a aproximação sincera à minha pessoa e por qual motivo, em tal virtude, ouço exclamações como "meus pais não querem que eu fale com você [porque não posso ter amizade com uma branquinha - para não dizer branquela]" e "um dia me falaram que eu iria me apaixonar por uma branca [em tom de 'um dia você será castigado']".
Não, eu não entendo e nem quero entender porque sempre repudiei os limites irracionais do ser humano e de sua supérflua cultura.
Mesmo porque a única diferenciação de cor que entendo é "tome cuidado porque ela está vermelha de raiva", "estou nude de tão pasmo", "minha cor preferida é rosa", "esse esmalte é oliva", "ele ficou roxo de tão engasgado", "está amarelo, coitado... está com hepatite", "está branca de susto? não, sou pálida assim mesmo", etc..
E, ademais, adoro ser humano colorido *-*
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Por vezes, a verdade me machuca... mas continuo ansiando conscientemente estar perto dela: são seus golpes e suas sequelas posteriores que me proporcionam a quebra da fantasia algoz que se emaranha maliciosamente no meu peito e me faz enganar minha própria razão.
Mata a serpente que engana o feminino (coração) com a ilusão do domínio de tudo, dilascera a sutileza que subjaz o masculino (mente) pelos sentimentos e traz ao equilíbrio paradisíaco a integralidade do ser.
Em suma, a verdade mata a cobra e mata o pau mostra o pau.
Na padaria I - Mas comoooo??? Quarenta e cinco centavos por um pão de queijo que é do tamanho do de um ovo de codorna??? Mas nem fodendo a pau brincando!!
Na padaria II - Prêmio de empresa ecologicamente correta? Hmm... e o prêmio de empresa monetariamente correta, não ganharam?
No elevador Todos vestidos de verde e amarelo: - Visto preto porque faço questão de não ser patriota por causa da copa!!!
Na fotocópia - Como vinte centavos por cópia e folha?! Tu 'tás louco?? - Mas... acho posso fazer por quinze centavos... - E por que não fez ainda?!
No mercado - Posso ficar devendo três centavos? (atendente sorri convicta da resposta afirmativa) - Não. - Mas não tenho três centavos para lhe dar de troco... - Se eu não tivesse três centavos para compar algo, tu não me farias desconto, não é? Então, pode me dar cinco centavos que o CDC pemite, minha querida.
Na mensagem pessoal "Não perdi nenhuma chance; algumas delas que me perderam" (by Rashid).
Incluindo animal's revolts
Chooreeeiii largado
domingo, 27 de junho de 2010
Para que tantas teorias baseadas na racionalidade se o ser humano não é completamente racional?
Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação [...] Ficaremos acordados imaginando alguma solução para que esse nosso egoísmo não destrua nosso coração.
Hoje meu feminino continua a queimar sutiã por uma outra dimensão daquela entendida pelos equivocados feministas e pelos equivocados(AS) com o feminismo.
Acordo-me de um sonho em que a humanidade se findava (metafórica e fisicamente), levanto-me em rumo a uma utopia que me move desde a mais tenra idade: salvar a humanidade - por que não?
Queimo o sutiã ao arrumar minha casa, a fazer o café e ao almoçar fora - infelizmente, não tenho tempo para sentar-me à mesa da minha casa ao meio-dia, mas isso é um esforço que vale a pena, já que sou melhor pensando em algum setor da sociedade e trabalhando diretamente em prol de seu desenvolvimento do que pensando em casa em benefício de um grupo restrito de pessoas.
Sou um ser humano melhor assim.
Minhas emanações afetiva não foram prostituídas; ao contrário: tenho uma facilidade em irradiar meu amor, minha amizade, minha subjetividade, minha alteridade tanto para meu trabalho quanto para minha vida social, bem como para meu estudo e para mim mesma. Respeito-me e escolho fazer o que não me limita e me deprime: não sou melhor trabalhando porque houve um movimento sexista para tanto, mas sim porque minha natureza assim pede. E eu respeito.
Assim como minha natureza pede que eu saia de madrugada para ver um amor, como minhas entranhas gozam com um relacionamento de afeto, como meu rosto se ruboriza com uma amizade sincera e um abraço surpresa. Faço surpresa em qualquer hora, escrevo cartinhas e rimas para os chegados e não nego demonstração de carinho. Ao mesmo tempo, sei analisar em que situação é melhor para agir, como planejar estratégia para um possível êxito, como lidar com problemas de quase toda ordem.
Não sou uma máquina! Sou um ser humano que sabe amar a sociedade para querer trabalhar para ela, que ama os próximos para querê-los mais próximos ainda, que ama a si mesmo para ser sincero para optar pelo sim e pelo não sem impor a si mesmo e nem a ninguém um padrão de conduta correto, respectivamente, para si e para o outro. Não me enjaulo dizendo "sou mulher, por isso faço aquilo" ou "busco igualdade com os homens e, por isso, pretendo aquele".
Sou um ser humano que não precisa dessa espécie de limitação. Aliás, nem a aceito: as limitações que me serão possivelmente impostas serão dadas por mim mesma a fim de manter a lucidez; no mais, tenho a consciência necessária para ser livre e poder transitar por qualquer esfera de dedicação que eu quiser: trabalho, casa, rua, social.
Não quero ser igual a ninguém: quero ser eu mesma, descobrindo-me cada vez mais principalmente por não me usurpar ao tipo de pensamento preconceituoso de que "mulher que trabalha não ama", "mulher é mais feliz em casa", "mulher quer ser igual ao homem".
Não quero ser melhor que ninguém: quero ser o melhor que posso ser. É imaturo comparar homem e mulher e esta querer alcançar o homem em determinadas ocasiões. Isso não existe. Cada qual é especial em suas qualidades, é único em seu mundo. Inexiste hierarquia: isso é um equívoco criado por alguns seres humanos para justificar o poder. E do poder não nasce relacionamento, interação humana, porque nele inexiste intersubjetividade, é falsa a alteridade, não há o sentimento de cooperação verdadeira.
Cada individualidade tem seu valor em si; cada um que busque o seu caminho. Sabendo disso, não tenho inveja de ninguém, principalmente porque entendo que cada um tem o seu caminho, igualmente - e no meu estão os frutos de um ser humano que fez suas escolhas e é feliz com isso.
Com esse posicionamento, queimo sutiãs diuturnamente, buscando quebrar paradigmas obsoletos e alternativas que limitam o ser humano.
Queimo sutiã porque, igualmente, ele me liberta e, com certeza, não me afasta, como mulher, dos homens. Pelo contrário: aproxima-me deles não para disputa, mas sim para a união.
Sim, eu escolhi ser alguém: alguém que queima sutiãs, alguém que (se) aproxima, alguém que vincula o caos ao cosmos... escolhi ser eu mesma.
Um sistema de desvinculo: Boi sozinho se lambe melhor.., O próximo, o outro, não é seu irmão, nem seu amante. O outro é um competidor, um inimigo, um obstáculo a ser vencido ou uma coisa a ser usada. O sistema, que não dá de comer, tampouco dá de amar: condena muitos à fome de pão e muitos mais à fome de abraços. [...] A televisão mostra o que acontece? Em nossos países, a televisão mostra o que ela quer que aconteça; e nada acontece se a televisão não mostrar. A televisão, essa última luz que te salva da solidão e da noite, é a realidade. Porque a vida é um espetáculo: para os que se comportam bem, o sistema promete uma boa poltrona. [...] No Sul do mundo, ensina o sistema, a violência e fome não pertencem à história, mas à natureza, e a justiça liberdade foram condenadas a odiar-se entre si (E. Galeano, in O livro dos abraços).
Eles querem nos forçar a amar o que nos não podemos ter
E fazer tu se apaixonar pelo o que não é você
Tu acha que o Nike é vencer? Chega o momento em que
Tu encara o espelho e não consegue mais se ver
Cadê tua alma? Cadê tua fé, guerreiro?
Cadê teus princípios, teu sentimento verdadeiro,
Cadê a mulher, cadê o amor, cadê Qual foi? Cadê os parceiro?
Vagabundo ta topando tudo por dinheiro...
Na ilusão de ser feliz, neguinho aceita os que eles disserem...
É o que o diabo quis e o anjo protetor já não interfere
Abdicaram da raiz, vários irmão se matam em série
Eles alegam: "Nós só tamo dando ao povo o que eles querem"
Cada vez que o ego inflar, tu se sentir o fodão,
Não esquece que o poder não tem haver com sensação
Eles estudam o teu sentimento, exploram tua emoção
Se eles sabem o que tu sente pode prever sua reação...
(Mc Marechal, in Vamos voltar à realidade)
Apresentação verso I:
"Muito do que tá acontecendo não é o que é realmente, tá ligado?
O cara finge que isso aqui não tá acontecendo, que não tem pessoa reunida pra fazer alguma coisa melhor nessa porra
Sem neurose
Nós tamo junto é por um ideal, parcero
Um só caminho..."
domingo, 20 de junho de 2010
Não disputar nada com ninguém.
Na maioria das vezes, um tem o que merece por suas lutas não contra os outros, mas contra si próprios.
[...] Todo dia que a gente acorda cedo acende mais uma luz a gente mantém nossa luz acesa dessa forma: se organizando, trabalhando pro futuro não é questão de RAP é questão de vida, o RAP é o nosso veículo a gente transmite as mensagens através dele nesse ritmo, a batida, poesia, manifestação do espírito mesmo, a alma, e nem todos tem a capacidade de fazer isso... não, cara confundem a luz, se deslumbram, acreditam que é coisa a moda não é possível ser a coisa da moda, não é possível ter esse tipo de intuito prevalecer porque, no fim, o sentimento é sempre o mais importante por mais que as pessoas acreditem em todos os tipos de bens materiais possíveis muitas vezes eles são tristes, tristes mesmo com essas paradas o que vocês conquistaram, interiormente? o que você conquistou, cadê sua luz, cadê sua luz? hora de acordar ao despertar é a luz, famoso dia é de ter exatamente o que a gente costuma dizer, "foco na missão" coração, disciplina, caráter, responsabilidade, muito simples [...] você voltar ao começo de você saber o que te fez estar aqui é como meu irmão fala: é o primeiro degrau você não pode esquecer disso o primeiro degrau pra seguir Um Só Caminho... Muita fé
E aí. Então escuta uma vez aqui que não gosto de me repetir Tu que trata cada uma como qualquer uma, e acha que nada de sua vida chega no ouvido de alguma Pois então, aí tá o teu problema: tua falta de humildade já virou teu lema E tu acha que só porque uma mora longe de ti, não é capaz de sacar tuas piras ridículas por aí? Rá, além de tua prepotência, é tua cegueira que te fecha Paga de gatinho, mas, na real, é tua alma de bandido Bandido escroto, que se faz, dá mau exemplo pra quem tu deveria ensinar Não tá cansado da maldade e da mentira ainda?
Não se encheu da futilidade que tu carrega na tua cara, desalinha? Não, se acha da vitória, a moral e a gentileza real ignora Procura saciar teu corpo de porco e não enxerga o vazio que em ti mora O pior é vir de papinho aranha, papinho que não cola E crer que a primeira que o ouvir (ou ler) vai cair na armadilha Digno de pena, digno de compaixão Tuas palavras dispensáveis são jogadas no chão E cuspidas, porque não valem nada Tua mulher tu esconde e acha que não dá nada Pode ser, para quem não que ver Mas para as reais, tu tem muito a percorrer. Quem eu sou, que ela foi, quem elas são Tu nunca vais saber porque tua lente não vê o coração Vê só teu interesse que, sim, é mesquinho e melindroso Pequeno demais ao que vale a pena Mas forçoso demais para o que renunciamos à cena Não queremos, pois então, um cara que não sabe mandar a verdade Não precisamos, então, de mais um cara que não sabe o que é FIDELIDADE Exclusividade, lealdade, parceria, como queira Tua preocupação só tá no teu gozo leviano e de nojeira Não, mas nem se agradece Só se pede uma coisa: desce de onde veio e desaparece.
Que não sirva de chapéu em falso para ninguém porque não vou me explicar.
O passado é a aprendizagem que serve para a criação do presente e formação do futuro.
Se o passado é repensado como presente, nada se cria nem forma: o passado só se repete, as situações e emoções só reproduzem o que já fora vivido. Cansa-se, enjoa-se, rotiniza-se a alma. Domesticado pela programação do passado repetitivo e não criativo, não se sente a vida.
Inverno chegando, hibernação, concentração. Assim, a variedade de posts é explicada: despeço-me temporariamente dos posts. Tenho um motivo principal (tempo!!!) e outros acessórios (reconstrução), mas, como não se perfazem em caos, não têm lugar aqui :)))
evolução, sim, renovação, sim
tenho obrigação com a tradição, mas mesmo assim sigo com a mente aberta, mas sempre alerta
ninguém se vende, até que seja feita a oferta
e é nessa hora que os valores vem à tona: joga a isca que funciona e vagabundo se emociona
já vi gente fazer besteira por necessidade, mas não vi ninguém rasgar dinheiro por integridade
não me convence esse discurso vazio
a gente tá no brasil, é outra realidade (é verdade)
se a personalidade manda, só desanda
quem muda a mentalidade pra abraçar a oportunidade
valor não se define por preço
minha prioridade não mudou de endereço
o rap que eu conheço sempre vai resistir
enquanto eu existir, pois foi assim que eu aprendi a fazer
Da primeira vez, assisti até o intervalo, mas saí fora porque não era a minha vida.
Agora, não vou esperar até onde vi: repeteco só com filmes em que eu esteja devidamente inserida no elenco e participando efetivamente da história, sem cortinas, sem desvios, sem mãos escondidas.
O receio ou vergonha ou timidez em saudar com um "bom dia" é, geralmente, proporcional ao receio, à vergonha ou à timidez de seu interlocutor. Quebre esse silêncio matinal.
O medo de se machucar em dizer um "vem" é, geralmente, proporcional ao medo de seu interlocutor de dizer um "sim". Quebre essa frieza emocional.
A vergonha ou o medo de reconhecer um erro (por conta da vaidade) é, geralmente, proporcional à sua oportunidade de aprender e de ser reconhecido como verdadeiro. Quebre essa mentira pessoal.
O medo de dizer não paraos outros é, totalmente, proporcional à omissão de dizer sim para si mesmo. Quebre essa corrente pessoal do mal.
A petulância de apontar o outro como responsável pelos males de sua vida é, geral e diretamente, proporcional à sua falta de responsabilidade para consigo mesmo. Quebre essa corrente coletiva do mal.
A chacota sobre a ignorância do outro é diretamente proporcional à sua falta de respeito e falta de um espelho imparcial. Quebre o espelho que tem em casa, porque não serve para nada.
Sem máscaras, somos bem mesquinhos, simplesinhos, despreziveisinhos - quase nojentos.
[quem quer ter ídolos, deve deles manter distância
[E quem quer eternizar um amor, jamais deve concretizá-lo...]
As coisas sem disfarces raramente valem a pena.
[nunca chegue antes horário combinado]
Mas
Com algumas pinturas, leituras, disfarces, gestos calculados, detalhes não contados e gentileza ritual somos até bem apresentáveis...
[o melhor de nós é o que não somos habitualmente...]
Devidamente preparados para o encontro, dá para nos admirar, sentir empatia e até nos amar
[sobretudo pelo que o outro não viu, mas que supõe ser o melhor em nós...]
[o amor vive de mistérios que supomos guardados no outro]
[o segredo é a prova da sobrevivência do mim em nós]
Manter algumas portas fechadas, histórias guardadas, cantos que só se entra com licença, pistas a se seguir, numa opacidade ética, é o que mantém o interesse dos admirantes
[a plena transparência é ideal político, não receita de felicidade íntima]
Mas
Alguns infernais bem-intencionados pensam que, para serem autênticos, devem
a) falar verdades aviltantes na cara alheia;
b) jamais levar desaforos para casa, despejando toda a sua animalidade "natural" em quem, as vezes apenas por descuido, atrapalhou o seu caminho;
c) não usar pinturas, tinturas, modas e polidez;
d) identificar a pintura, tintura, gafes e disfarces no mundo humano ao seu redor;
e) assumir pública e notoriamente identidades sexuais fixas e definitivas (sair do armário, ou provar que jamais nele entrou);
f) contarem seus fracassos em qualquer ocasião, como se eles fossem mais verdadeiros que seus sucessos.
A autenticidade pura é para macacos: os humanos disfarçam-se, lavam a cara e escovam os dentes
[não traga o meu café na cama que isso aqui não é novela]
[mas fique ao meu lado mais um pouco: e dane-se o café]
Por tudo isso,
Não quero para amigos, para amores, para colegas os que vivem descobrindo meus defeitos, minhas infâmias, meus complexos
[quem revira o lodo nunca vai considerar potável a água]
Pois eles não podem apontar em mim nada que eu já não houvesse descoberto
E que contava com a ritual gentileza dos amores e dos amigos para continuar ignorando.
Assim como concordo com Schopenhauer, quando afirmou:
"Visto que com o aumento da intimidade diminui o respeito, já que as naturezas ordinárias costumam desprezar tudo o que não lhes é difícil obter, então,contrariando a inclinação natural à sciabilidade, temos d nos esforçar por economizar ao máximo possível tal sociabilidade" (A arte de conhecer a mim mesmo).
com Gracián, quando proferiu a sua regra 177:
"Evitar demasiada intimidade no trato" (Oráculo manual y arte de prudencia).
com William Shenstone, quando asseverou que:
"Virtudes, assim como essênicas, perdem sua fragrância quando são expostas. São plantas sensiveis que não suportam o contato demasiado íntimo" (Essays on Men and Manners).
Eis a razão.
Mas há um quê em mim que ainda não segue o bom zelo da razão e quer mesmo é devassar toda intimidade, destruir todas as máscaras e manter somente a "sociabilidade" com os que conhecem a minha lama e não veem problemas em se sujar nela.
"Esse papo de dia dos namorados é nhémnhémnhém consumista e só" serve só para aqueles que não estão enamorados ou nunca amaram de braços abertos.
Os enamorados, mesmo sabendo que o dia fora criado pela maldição do capitalismo, vão se permitir momentos de carinho, de ato de amor, de surpresa, de companhia e de sedução.
Os enamorados, ainda, sabem que tais momentos não são exclusivos dessa data, mas sim que são uma constante no dia-a-dia do relacionamento: querem-se sem barreiras, amam-se sem o pudor ridículo das mentes poluídas e cheias de defesa e envolvem-se com a liberdade de quem confia cegamente no outro e por ele iria (e irá) do céu ao inferno.
Sabem usar essa data, então, como só mais uma justificativa para se beijarem mais calorosamente, se abraçarem com menos respeito aos demais, se abençoarem com um amor voluntário, humano e sincero.
E, assim, dão na cara dos recalcados que não sabem como manipular o sistema para promover o real libertário do carinho; cospem naqueles que só veem maldade na fantasia, na esperança, no amor vinculado; escancaram o quanto amam e podem amar e sabem amar.
Quem não sabe amar, que se silencie. Respeite, observe e aprenda com quem sabe.
(porque, se estivesse namorando e amando, provavelmente seria mais um/a bobo/a (com muito orgulho)apaixonado comprando presente para a pessoa amada)
Eu observei seu projeto, você não vê, eu não sou cego.
Eu sou como um cigarro, que a brasa só esfria quando tudo termina.
Suas gravações de cada noite, não passam de um breve destino.
Eu posso prometer uma coisa passageira, apenas uma noite calma que vai passar.
Mas faço com prazer traços longos e demorados, por que não gosto de copiar.
Amei S2
Copiei daqui, com a devida permissão autoral :D Texto e desenho do Vinicíus Oliveira, tatuador em Ctba/PR e uma surpresa da net na minha vida . Você encontra ele aqui: Deviantart Aqui: MySpace Aqui: Twitter E aqui: Flickr
Em outra oportunidade, comentei sobre as mudanças feitas em um setor estatal. Juntamente, inseriu-se um processo seletivo para a vaga de estágio, visto que o hábito no local era a indicação do voluntário mais antigo de outro setor - o que eu penso ser uma "seleção" equivocada, já que, dentre outros motivos, beneficia aqueles que podem ficar longas temporadas sem remuneração e não propicia chance direta aquele que detenha o perfil para a função (que pode ser bem aquele que precisa ser remunerar para manter-se e/ou cursar a faculdade).
Para o processo seletivo, seriam avaliadas a realização de trabalho (prazo de 24h) sobre o que é tratado no setor da vaga e a opinião pessoal sobre "trabalho em equipe". O objetivo não era analisar os candidatos pelo conhecimento em específico, mas pela vontade à pesquisa (necessário ao cargo), ao empenho na realização da tarefa, juntamente com a análise do perfil do estudante (que também se desvendaria no período entre a proposta do trabalho para seleção e o resultado final). Como os candidatos já eram um pouco conhecidos por quem trabalha no setor da vaga, foi possível presenciar todo o tipo de atitude: desdenho ao trabalho de pesquisa, engajamento à bajulação, o famoso QI (Quem Indica).
Pois bem. Hoje foi proferido o resultado.
Quem se apresentou mais moldável ao cargo foi a pessoa menos indicada (com menos tempo no outro setor), a que não bajulou, a que mais se empenhou na pesquisa e, ainda, fez mais do que o esperado, apresentando informações complementares. Além disso, respondeu que trabalho em equipe é como o relacionamento em uma família, em que deve prevalecer as pessoas e não o confronto, abrindo espaço para o diálogo, para o respeito, para a amizade e a confiança - tudo com vistas a um objetivo superior: a satisfação profissional e a realização pessoal.
Após o resultado, soube de um detalhe sobre a pessoa escolhida e emocionei-me: Atualmente, mora sozinha na cidade porque sua família é de um município longínquo, paga aluguel com a ajuda dos pais e, se em um mês não encontrasse um trabalho remunerado, teria que trancar a faculdade porque seu pai está gravemente enfermo e não pode trabalhar temporariamente.
Fiquei humanamente feliz pelo ímpeto inicial de mudança e pela oportunidade de ajudar um guerreiro.
Minha racionalidade não consegue, agora, impedir a chuva dos olhos, nem a pressão no peito, nem o nervoso da nuca. Tento, inutilmente, classificar, sedimentar, argumentar, separar... quem dirá concluir o que acontece!
Sei que amanhã verei isto de longe, mas não importa: este tipo de momento me toma por inteira, como numa susto que acorda para a vida e me abre para uma nova realidade: a ilusão do que eu estava sentindo e pensando.
De fato, já aceito meus erros de forma branda - impor-me o perfeccionismo é me sabotar até implodir - já que nossos sentidos são imperfeitos a ponto de não notarem o que de mais sutil nos revela a essência de uma situação. Aceito a maioria das (des)ilusões, igualmente, porque a perfeição (ou a nossa projeção), igualmente, não está nos outros.
Mas há uma caixinha de joia em que se escondem as ilusões mais duras (as que são sentidas somente na queda); aquelas em que projetamos intimidade, alteridade, identidade, na expectativa não do que poderíamos ser ou do que alguém fosse para mim, mas na esperança do que eu poderia ser para a outra pessoa, para os outros, e, principalmente, para mim mesma.
Ninguém me sabe, ninguém me protege. Como sempre, por preferência. Torno-me em pedaços.
É a projeção do meu eu do futuro, de como eu gostaria de estar amanhã, assim como a menina de 6 anos brincava de professora imaginando sua futura turma e como a de 11 anos decidiu cursar Direito para dizimar as mazelas do mundo. É a possibilidade de mudança, de crescimento mútuo, de empatia praticada em comum.
Como todas as outras vezes em que essas joias fizeram-se presentes em minha vida, lembro que há outros caminhos e que o que eu imaginei era, mesmo, só imaginação. Uma imaginação gostosa, por sinal, mas como o vento, que existiu, mas não existiu.
Próximo passo da juntada dos cacos é: posso fazer algo para concretizar minha imaginação? Vale o esforço?
Vale. Mas não vejo espaço para agir - e não sou de forçar passagem: espero ser convidada.
Termino, então, quem sabe amanhã, de catar minhas partes no chão, tomo um tempo para reconstrução e, por fim, procuro a direção mais conveniente e prazerosa para a caminhar, ciente de que a minha (re)construção e transformação só depende de mim mesma.
"Todos esfuziam-se no sábado, só pra ter a impressão de que está chegando a algum lugar, produzindo alguma história pra contar que faça todos rirem, pois rir é o consolo de quem não tem o emprego da revista, de quem não é o filho do Fabio Junior, de quem não enconta um par do tamanho dos sonhos. E tem os casos terminais, cujo riso é efeito colateral das geladas derramadas pra vee se o peito enche de qualquer poecaria. Um gole pro santo e ouros tantos pra atravessas os dias de ócio sem gemer. [...] Não confio em gente que não gosta da própria companhia. Seu quarto, sua varanda, seu pensamento, que deveriam ser o lugar pra onde sempre se quer voltar é o primeiro do qual você quer fugir?"
Há algum tempo me recordei de uma musiquinha absurda que as crianças cantavam em minha infância, na presença da professora, quando algum "amiguinho" não sabia algo:
"Não sabe, não sabe, vai ter que aprender! Orelha de burro vai aparecer!"
Quantas crianças cresceram com essa agressão ecoando em suas mentes de tanto que doía voltar para casa com o coraçãozinho por ser tachado de burro, por ter cheirado o giz no quadro, por ter ficado de castigo num canto da sala.
Quantos, atualmente, sentem-se incapazes por conta desse tipo de violência?
Não sabe mas quer aprender? Vai aprender do seu jeito único e especial.
Que o desrespeito ao não-eu se dissipe frente à preciosidade individual do ser humano.
A concordância com a ideias alheias é-lhe bem útil: serve de confirmação para o seu próprio pensamento. Assim, tanto o concordante reafirma o que foi dito quanto o seu egoísmo mais insondável se regozija nas palavras do outro.
Parafraseando uma ideia nietzschiniana de algum lugar, concordo com o bigodão e um bichinho aqui dentro se regozija.
Mas, pelamor, hein? Aquele bigodão ali é uma total dissonância.
Ele sabe muito bem permanecer no silêncio e acompanhado de seu eu - não correr, desvairadamente, atrás de outros eus que preencham alguma espécie de vazio em sua existência. Não há vazios a serem completados: há papel em branco a ser escrito.
Quem quiser acompanhá-lo, que o faça sem defesas, joguinhos esdruxúlos ou lacaiedade.
Ele sabe se defender, mas se despojou de todas as suas defesas, pois eram, da mesma forma e tão intensas quanto, as armas que feriam seu relacionamento - e, em última e intensa instância, a si mesmo de forma desestruturante.
Ele saber jogar, mas não quer porque não vê sentido nas normas (i)lógicas plantadas pela carência do ser humano. Nelas, ele só vê barreiras à concretização de um bem às pessoas.
Ele sabe servir a quem merece; neste caso, para demonstrar o quão baixo é ver de forma servil os que se dedicam a alguém.
Ele conhece. Pouco, mas conhece quem são os de afinidade.
E ele espera que se (a)cheguem. (é só dar um sinal :D )
Se não se achegar, não havia tanta afinidade assim.
A incerteza do que é certo, a insegurança do convencionado e a fugacidade dos acontecimentos abre a cena para a existência do nada: nada faz sentido, nada promove real prazer, nada é eterno.
Lidar com o plasma da vida é assim, é perigoso: quem muito é lúcido precisa de um motivo para se levantar e para se vestir agradavelmente, uma razão suficiente para enfrentar seu dia e para relacionar-se. O ânimo para sua agir perante a vida deve ser tão intenso que tenda ao infinito e possa trazer o engano de que sempre será fundamento para aquela existência.
Mas questionar tanto tudo impõe sempre o "será...?".
Ele não deu mais sinal de vida. Não mostrou um mínimo de interesse por ela. Sempre achou que ela estaria a sua disposição (por que alguns homens sempre pensam isso de alguma mulheres??). Não viu que poderia ser uma atitude sua que poderia mudar a situação (hm... não, não, não mudaria em nada).
Ela, simplesmente, continuou a viver sua vida. E continuou a não entender atitudes de indecisos.
Ele Oi
Ela Oi, tudo bem?
Ele: Como está? Bom, de certa forma está, mas nem todas E você?
Ela To bem O que você tem?
Ele Ah, nada demais
Ela Então tá :)
Ele Cheguei a pensar o porque de eu ter a impressão que devo algo a ti
Ela Não, tu não me deves nada :) [mode cute ON]
Ele Não falo nada em relação do relacionamento em si, mas desse sentimento
Ela Só se for por ti Por mim, não tem nada [mode "be free" ON]
Ele Sim entendo Não sei o que acontece , mas tem coisas que estão acontecendo na minha vida que nem mesmo eu entendo
Ela Ouukey Vc não precisa me explicar nada Nem sei pq vc tá falando isso, hehe [mode "be free" ON - agora com eco]
Ele Claro Pq seria ?
Ela Oras Desculpa, mas vou saber eu? [mode "grr" coming...]
Ele Hahahhaa Não sei
Ela ... Nem sei pq vc tá falando tudo isso
Ele Tudo bem Bom, vou indo !!
Ela ???? O q raios tu quer comigo? Vem falando essas coisas nada a ver e dps se despede?? Como assim? Dava pra agir de uma forma mais compreensível ou tá difícil? [MODE "GRR" COMPLETE - ON²²²²]
Ele Compreensível como ?
Ela Pqp... Tu me chama, começa a falar um monte de coisa que eu não entendo Que raios Pra que isso??? É pra chamar atenção, é?
Ele Não! Não era pra chamar atenção. Lógico, que eu não faria uma coisa dessas, mas pensei algo e vi que estava errado.
Ela ... ¬¬ Pensou o q?
Ele No que você acha que poderia ser?
Ela Seu moço, eu não leio pensamento Dava pra vc ser direto, por favor?
Ele Entre eu e você! No que acontece quando nossas vidas se aproximam
Ela ... E o q acontece?
Ele Pooo!!!Ta parecendo uma psicóloga!!
Ela Dava pra falar? por favor?
Ele Não é normal, não é comum, é como uma luz que aparece qdo nos aproximamos É algo relacionado ao sentimento.É isso mesmo Não sei se nossa comunicação vai ser compreensível.
Ela Não sei mesmo, pq eu não to sentindo isso Além do mais, aproveito para falar que nosso relacionamento e sentimento deve se limitar à amizade [FAIL]
Ele Então, tudo bem!!
Ela :)
Ele Assim, quem sabe eu fique tranquilo já que era um problema que eu mesmo estava criando. Como se os outros não fossem .rs
Ela Como assim? Que problema vc tava criando?
Ele Não sei!! Não conseguiria explicar
Ela Vc tava achando que eu iria te cobrar alguma coisa por termos ficado aquela época juntos, como um compromisso... isso era um peso pra vc?