quarta-feira, 30 de junho de 2010

Caos colours



Sempre entendi quando eu pertencia a um outro grupo social e, por isso, era um pouco discriminada por ser "o outro", o "não-eu". Aqui se abrangem os mais diversos tipos de agrupamentos de humanos: cidades, grupos unidos por um estilo musical, por um interesse profissional,  escolas, etc..
Uma pequena diferenciação inicial é até natural, considerando que as pessoas "eu" demoram um pouco para se acostumarem com o "diferente" ou com o "novo", que foge do que estão habituados.

Mas, são todos da mesma espécie (com exceção de um ou outro alienígena com o qual nos confrontamos diariamente): logo, acostumam-se uns com os outros, se cientes de sua natureza humana, de suas parcas condições de sobrevivência e de sua necessidade de união e não dissensão dissenso (eu e minha mania de mudar as palavras pra rimar, hoe hoe).

Diante disso, eu não entendo como alguém pode discriminar o outro por causa da quantidade de melanina que apresenta no corpo.
Sinceramente, eu não entendo por que minha palidez (que representa a minha parca melaninidade) é obstáculo para a aproximação sincera à minha pessoa e por qual motivo, em tal virtude, ouço exclamações como "meus pais não querem que eu fale com você [porque não posso ter amizade com uma branquinha - para não dizer branquela]" e "um dia me falaram que eu iria me apaixonar por uma branca [em tom de 'um dia você será castigado']".

Não, eu não entendo e nem quero entender porque sempre repudiei os limites irracionais do ser humano e de sua supérflua cultura.



Mesmo porque a única diferenciação de cor que entendo é "tome cuidado porque ela está vermelha de raiva", "estou nude de tão pasmo", "minha cor preferida é rosa", "esse esmalte é oliva", "ele ficou roxo de tão engasgado", "está amarelo, coitado... está com hepatite", "está branca de susto? não, sou pálida assim mesmo", etc..



E, ademais, adoro ser humano colorido *-*


2 comentários:

  1. Que post delicado e verdadeiro amiga. Tens uma sensibilidade fora do normal...ADORO:)

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  2. Brigada, Ju :~

    O preconceito é triste porque sectariza pessoas que poderiam ser mais plenas se unidas.

    Triste :~

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