sábado, 1 de maio de 2010

Oin *.*


E o que ela dirá se ele é mais sensível do que aparenta, se é mais delicado do que querer ser?

Frieza, indiferença, palavras balbuciadas com morbidez: tudo at(omissão) falho/a.

Nessa percepção única jamais tida anteriormente, tem o ímpeto de prendê-lo carinhosamente e sussurrar: "não precisa ser assim. tua sensibilidade, sabes, é cuidada".

Atrás daquela muralha (in)transponível e sangrenta (não de onde verte sangue, mas de onde são expostos o fluido, de tantas ocasiões em que ela intentou atravessá-la), resta um ser eterno e breve, perspicaz e lento, macio e agudo.

Como uma luz que não cega, mas que ilumina à sua volta, agora ela entende: a um ser tão terno, sensível, e amável, é imprescindível a tutela com a barreira mais dura, dilascerante e e ofuscante que possa existir.

(30.10.08)

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