segunda-feira, 3 de maio de 2010

Volto logo

[Expediente interno.]




Se eu não tenho pressa?
Não: eu tenho urgência!
Urgência de sentir na pele o existencial questionado,
a doce essência no paladar já seco,
o cheiro colorido de tudo que conheço.
Não tenho pressa: tenho fome emergencial
Tenho uma sede de suprimir meu fôlego
Uma angústia de querer o que é eterno
Uma ânsia de pertencer ao que é terno - e nele me aconchegar.
Tudo que padeço, tudo que (des)faleço
Cumpre a função de me tornar nova ao que eu direi que é o começo
Transformo-me, transmuto-me e digo:
quero viver o que lateja em meu peito.
Quero dilascerar o que preciso aqui dentro,
com saga,
com aperto,
com afinco,
erros e acertos.
É o caminho em que posso me perder, sem medo
Já que é o traçado planejado aqui dentro
e confirmado pela razão no mesmo momento.
Urgência de sugar,
Emergência de libertar.
Urro de colorir e de perfumar.
Loucura em tocar.
Agora!


[Ainda em expediente interno.]

3 comentários:

  1. Volta logo mesmo, heim Grazi! hihi

    beijoquinhas e boa semana ;)

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  2. Nossa! Cabeça fervendo hein Grazi...

    Volta logo! Bjim

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  3. Queixo caído!
    Já disse: és uma sublime costureira de palavras.
    Lindo escrito.

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