quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Comentários em blogs I


Brevíssima sobre o amor (tônica ao eros)
Início do texto no comentário em HEY!

Os que amam hoje uma pessoa e amam amanhã uma outra não amam verdadeiramente: apenas se apegam aos que mais que podem suprir-lhes a carência.

Sim. "Amam" aquele ser que lhe dá o que lhes falta... a partir do momento que não é mais novidade, que aparece um melhor ou que sofre uma despedida, tratam logo (e rápido!) de arranjar um outro que o complete - para que não se sinta sozinho... para que não se depare com sua própria mediocridade de não gostar de si mesmo.

Isso, para mim, não é amar: isso é depender, como os noias dependem de drogas, como os baladeiros dependem da night, como os cegos dependem de muletas.

Como necessitar ansiosamente de alguém (frise-se: qualquer alguém)? Precisar namorar, precisar ficar, precisar estar? Mas que treva de "precisar", de "necessitar", de "depender" é essa?

"Ah, não quero ficar sozinho/a...". "Tenho medo da solidão".
Não são nesses momentos em que você tem a oportunidade única de estar consigo mesmo/a, de se conhecer, de se divertir, de se amar?
Como você diz se amar se você nem ao menos se conhece, nem ao menos quer se conhecer? (Essa é uma pergunta direta a alguém que, infelizmente, declarou nem querer saber quem é).

Uma ser que não se conhece, não se ama!
Então, como dizer que ama os outros?

Não se conhece, não sabe o que é melhor para si, não se ama, se apega ao primeiro "vício" que lhe traga prazer, não sabe para onde vai, mina-se, destrói-se, mata-se.

Quem se conhece, ama-se;
Quem se ama, sabe os seus limites;
Quem sabe os seus limites, sabe o que é melhor para si;
Quem sabe o que é melhor para si, passa um final de semana inteiro na praia sem dar satisfação para ninguém - exceto para os que representam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário