quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Isso ainda vai durar muito tempo?




Apegamo-nos demais às diferenças...

É claro que, numa sociedade pluralista, o conflito entre as diversidades é inevitável e fértil, desde que conduzida por uma discussão sóbria e a um resultado proveitoso a todos.
A tensão é evidente e é positivo que não seja velada.

A problemática, no entanto, encerra-se no ego: um quer ter mais razão que o outro. Assim, inexiste uma dialética real; o que há são eternas teses e antíteses, acarretando estagnação e apartações.

Finda-se, por consequência, a ignorar as semelhanças, que é o que nos une, o que nos faz iguais, o que nos proporciona desenvoltura e desenvolvimento humano.

Do que adianta apontarmos a cor diferente, o olhar estranho, as vestes incomuns, as crenças contrárias ou contraditórias?

A cor é diferente porque não estamos habituados à sua imagem; o olhar, estranho, já que só conhecemos um jeito de ver; as vestes, de outra cultura, não nos é familiar; crenças que não se coadunam com nossa formação, com nossa perspectiva de vida.

São ângulos diversos de um mesmo horizonte.
O sol brilha para todos indistintamente.
O vento acaricia , da mesma forma.

Humanos com as mesmas necessidades vitais guerreando para vencer teorias, para inflar egos, para se elevar em detrimento da derrota dogmática de outrem.

É uma guerra fútil se não for embasada na união que fará a diferença quando precisarmos, realmente, guerrear para conquistarmos os bens essenciais para nossa sobrevivência.

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