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“O mundo da vida tem sofrido um processo de mercantilização único na história da humanidade”, alertou-me Joaquín Herrera Flores.
Não somos mais uma economia de mercado: somos uma sociedade de mercado, em que a oferta é maior que a procura, e sociedade no mercado: nas prateleiras, valores, regras, pessoas, convenções, sexos, afetos.
Tudo isso porque nos transformamos em objetos; coisificamo-nos. A hegemonia do neoliberalismo, a abertura de todas as barreiras aduaneiras, inclusive as morais, escancaram a sede imposta pelo lucro. Sede ensinada, pois não nos é natural. Sede enxertada pela produção, pela mídia, pela nossa própria baixa estima.
Quem não possui essência interior, luta desmedida e desesperadamente pelas vanglórias externas. E com razão, à atualidade: virtudes da alma são desvalorizadas à medida que se alastram as competições por quem aparece melhor, por quem banca mais, por quem detém mais poder (econômico, que abarca o social, o político, o jurídico) perante os outros.
E, então, guerreamos uns contra os outros. Homo homini lupus, bradaria Hobbes.
E o sentimento de inferioridade surge quando mostramos, uns poucos, pretensões axiológicas reais, profundas, essenciais. Valores esses que, no mercado, são desvalores, ou avalores – não representam algo útil à política majoritária de exclusão.
Nesse (des)compasso, não somos mais o que temos aqui dentro: somos o que consumimos aí fora. Consumimos/somos marcas, tendências, objetos... assim, habituamo-nos a permutar dinheiro por tudo.
Mas fomos além da matéria amorfa... queremos adquirir pessoas e tudo o que elas podem oferecer: amor, respeito, amizade, compreensão.... valores esses desconsiderados que, aqui, importam se produto de compra e venda - método rápido, porque os seres humanos estão ocupados demais buscando a mais valia para perderem tempo em conquistar e criar laços verdadeiros. Confundimo-nos e perdemos o nosso referencial.
Não sabemos mais quem somos, por que lutamos, por que vivemos – a vida se restringe a uma batalha de receita, despesa, briga pelo superávit e decepção pelo déficit.
Perdemo-nos.
Nosso presente jaz, portanto, nos fundos daquele mercado, como um produto levemente batido que não é aproveitável porque não atingiu as metas da perfeição – uma perfeição implantada não pelo que é útil, mas pelo que o sistema dominante dita.
Deixemos isso registrado na fatura de cartão de crédito.
“O mundo da vida tem sofrido um processo de mercantilização único na história da humanidade”, alertou-me Joaquín Herrera Flores.
Não somos mais uma economia de mercado: somos uma sociedade de mercado, em que a oferta é maior que a procura, e sociedade no mercado: nas prateleiras, valores, regras, pessoas, convenções, sexos, afetos.
Tudo isso porque nos transformamos em objetos; coisificamo-nos. A hegemonia do neoliberalismo, a abertura de todas as barreiras aduaneiras, inclusive as morais, escancaram a sede imposta pelo lucro. Sede ensinada, pois não nos é natural. Sede enxertada pela produção, pela mídia, pela nossa própria baixa estima.
Quem não possui essência interior, luta desmedida e desesperadamente pelas vanglórias externas. E com razão, à atualidade: virtudes da alma são desvalorizadas à medida que se alastram as competições por quem aparece melhor, por quem banca mais, por quem detém mais poder (econômico, que abarca o social, o político, o jurídico) perante os outros.
E, então, guerreamos uns contra os outros. Homo homini lupus, bradaria Hobbes.
E o sentimento de inferioridade surge quando mostramos, uns poucos, pretensões axiológicas reais, profundas, essenciais. Valores esses que, no mercado, são desvalores, ou avalores – não representam algo útil à política majoritária de exclusão.
Nesse (des)compasso, não somos mais o que temos aqui dentro: somos o que consumimos aí fora. Consumimos/somos marcas, tendências, objetos... assim, habituamo-nos a permutar dinheiro por tudo.
Mas fomos além da matéria amorfa... queremos adquirir pessoas e tudo o que elas podem oferecer: amor, respeito, amizade, compreensão.... valores esses desconsiderados que, aqui, importam se produto de compra e venda - método rápido, porque os seres humanos estão ocupados demais buscando a mais valia para perderem tempo em conquistar e criar laços verdadeiros. Confundimo-nos e perdemos o nosso referencial.
Não sabemos mais quem somos, por que lutamos, por que vivemos – a vida se restringe a uma batalha de receita, despesa, briga pelo superávit e decepção pelo déficit.
Perdemo-nos.
Nosso presente jaz, portanto, nos fundos daquele mercado, como um produto levemente batido que não é aproveitável porque não atingiu as metas da perfeição – uma perfeição implantada não pelo que é útil, mas pelo que o sistema dominante dita.
Deixemos isso registrado na fatura de cartão de crédito.
estas pessoas já não são humanos, são produtos consumistas de uma era que se finda no seu próprio âmago, não encontrando a resposta certa pelo que realmente procuram inconscientemente...
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