Sou totalmente contrária aos rituais e dogmas eclesiásticos. Ou se acredita em Deus ou não; se sim, sem regras ilógicas e mitológicas que formam a religião, o que afasta o ser humano dele mesmo e do próprio Deus (conforme o Z).
Com tal posicionamento ontológico e, principalmente, pelas questões jurídicas em que teima se intrometer, sempre discordei com os posicionamentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Ontem, porém, tomei conhecimento do tema da Campanha da Fraternidade e, sinceramente, confesso que é digna de reconhecimento e condiz com o que penso sobre o capitalismo e consumismo.
Apesar de ser, por parte da Igreja Católica, mea hipocrisia a crítica ao dinheiro, vale a essência da intenção. Lá no fundo. Bem no fundo.
Com tal posicionamento ontológico e, principalmente, pelas questões jurídicas em que teima se intrometer, sempre discordei com os posicionamentos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Ontem, porém, tomei conhecimento do tema da Campanha da Fraternidade e, sinceramente, confesso que é digna de reconhecimento e condiz com o que penso sobre o capitalismo e consumismo.
Apesar de ser, por parte da Igreja Católica, mea hipocrisia a crítica ao dinheiro, vale a essência da intenção. Lá no fundo. Bem no fundo.
Quaresma: o dinheiro não é nosso Deus
"(...) Neste ano, a Campanha da Fraternidade nos convida a aprofundar, durante a Quaresma, o tema - “economia e vida”, e o lema - “vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). A situação social e econômica do nosso tempo desafia a nós, cristãos, como a todas as pessoas, a se colocarem seriamente o problema: Se as atividades econômicas pessoais, da sociedade como um todo e as do Estado estão, de fato, a serviço da fraternidade e da vida, ou estão sendo campo de profundas injustiças, de dor e de morte? De fato, essas atividades, muitas vezes, tornam difícil e até sufocam a vida de tantas pessoas, amplas camadas sociais e de inteiros povos, que continuam na pobreza, à margem do desenvolvimento verdadeiro e privados dos bens necessários à vida digna (...).
O lema da Campanha coloca o dedo na ferida: A avareza, que é a busca ávida dos bens desta vida, como se eles fossem o objetivo último do viver humano, leva o homem a passar por cima de tudo para obter e possuir esses bens. É Jesus quem diz: “não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, qualificando o apego avarento às riquezas como uma idolatria, incompatível com o primeiro mandamento da lei de Deus: “Adorarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua inteligência, e somente a Ele servirás”. De fato, se não cuidamos, os bens deste mundo, numa palavra, o dinheiro, podem tomar tanto as nossas atenções, nossos esforços e nosso tempo, que se transformam em verdadeiros “senhores” nossos. Passamos a viver em função deles e tudo por eles sacrificamos; até Deus fica em segundo plano, pois esses tirânicos “senhores” requerem toda nossa dedicação. Podem fazer-nos abandonar os mandamentos de Deus, para seguir as suas exigências e a sua lógica. E aí acontecem os pactos com práticas desonestas e com injustiças nas relações econômicas e com a insensibilidade diante da dignidade e dos direitos do próximo. As conseqüências são a corrupção dos costumes, as injustiças econômicas, comerciais e sociais, a miséria, o sofrimento de muitas pessoas e, finalmente, a morte. Os ídolos exigem holocaustos e vítimas...
A vida econômica da sociedade, que envolve o trabalho, a produção, a distribuição, o consumo e a posse de bens, deveria ser o espaço privilegiado para a construção de verdadeiras relações de solidariedade e fraternidade entre as pessoas, grupos e povos; mas não é o que sempre acontece. A Campanha da Fraternidade nos convida a um sério exercício de conversão da vida pessoal e social, no tocante às atividades e às relações econômicas, para serem mais conformes ao desígnio de Deus sobre o homem e sobre o mundo" (Card. Dom Odilo P. Scherer).
"(...) Neste ano, a Campanha da Fraternidade nos convida a aprofundar, durante a Quaresma, o tema - “economia e vida”, e o lema - “vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). A situação social e econômica do nosso tempo desafia a nós, cristãos, como a todas as pessoas, a se colocarem seriamente o problema: Se as atividades econômicas pessoais, da sociedade como um todo e as do Estado estão, de fato, a serviço da fraternidade e da vida, ou estão sendo campo de profundas injustiças, de dor e de morte? De fato, essas atividades, muitas vezes, tornam difícil e até sufocam a vida de tantas pessoas, amplas camadas sociais e de inteiros povos, que continuam na pobreza, à margem do desenvolvimento verdadeiro e privados dos bens necessários à vida digna (...).
O lema da Campanha coloca o dedo na ferida: A avareza, que é a busca ávida dos bens desta vida, como se eles fossem o objetivo último do viver humano, leva o homem a passar por cima de tudo para obter e possuir esses bens. É Jesus quem diz: “não podeis servir a Deus e ao dinheiro”, qualificando o apego avarento às riquezas como uma idolatria, incompatível com o primeiro mandamento da lei de Deus: “Adorarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com toda a tua inteligência, e somente a Ele servirás”. De fato, se não cuidamos, os bens deste mundo, numa palavra, o dinheiro, podem tomar tanto as nossas atenções, nossos esforços e nosso tempo, que se transformam em verdadeiros “senhores” nossos. Passamos a viver em função deles e tudo por eles sacrificamos; até Deus fica em segundo plano, pois esses tirânicos “senhores” requerem toda nossa dedicação. Podem fazer-nos abandonar os mandamentos de Deus, para seguir as suas exigências e a sua lógica. E aí acontecem os pactos com práticas desonestas e com injustiças nas relações econômicas e com a insensibilidade diante da dignidade e dos direitos do próximo. As conseqüências são a corrupção dos costumes, as injustiças econômicas, comerciais e sociais, a miséria, o sofrimento de muitas pessoas e, finalmente, a morte. Os ídolos exigem holocaustos e vítimas...
A vida econômica da sociedade, que envolve o trabalho, a produção, a distribuição, o consumo e a posse de bens, deveria ser o espaço privilegiado para a construção de verdadeiras relações de solidariedade e fraternidade entre as pessoas, grupos e povos; mas não é o que sempre acontece. A Campanha da Fraternidade nos convida a um sério exercício de conversão da vida pessoal e social, no tocante às atividades e às relações econômicas, para serem mais conformes ao desígnio de Deus sobre o homem e sobre o mundo" (Card. Dom Odilo P. Scherer).
Só uma, pombas!!!
ResponderExcluir