terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Garoto

Sua leveza é doce,
Um doce alvo e suave
que provo aos poucos
No cuidado de que não acabe.
Poderia querer mais
Mas seu gosto, por ora
Satisfaz o que desejo:
Tê-lo por perto
Tê-lo descoberto
Guardado no peito
Aberto para mim...
Sua risada grande
Seu sorriso querido
Seu olhar terno
Sua cruz em negrito.
Tenho-o por amigo
Como irmão, colega
Até onde me permitir
Terá a minha entrega
Porque tem minha gratidão,
já que me trouxe em um dia de não
a possibilidade de um sim
a chance de um enfim
a demonstração de um outro fim.
Aguça mais minha veia pensante
Faz-me clara, firme, certeza pulsante
Torna-me mais meiga em meio à violência
Mostra-me a completude, antes em dormência
Guardarei como da família
Vinculado por laço de sangue
Que não se perde no tempo nem no espaço
que não some como um infame.
Mas estou em proteção num forte mágico
Pois a linha do que é e do que quero é frágil:
Não posso ir além – alcançar o que meu paladar quer
Mas posso ficar aquém – experimentando o que me der
[o que eu puder.

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